247 - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu na terça-feira (22), em Manaus, a centralidade da educação ambiental na formulação de políticas públicas eficazes diante da emergência climática. A declaração foi feita durante a conferência de abertura do VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa.&nbsp;
Segundo Marina, a natureza ensina que a insistência é um caminho necessário para transformar a relação da humanidade com o planeta. “Educação ambiental é persistência e insistência. É essa insistência que a natureza nos ensina que deve ir para as políticas públicas”, declarou.
Ao discursar para um público de cerca de 1,6 mil pessoas de dez países — entre representantes de governos, universidades, organizações da sociedade civil e comunidades tradicionais —, Marina Silva ressaltou que as ações ambientais não podem mais ser adiadas. “Que todos os países e os educadores ambientais que estão aqui possam ser inundados pelo sentido de urgência e a persistência de fazermos agora, porque o futuro nada mais é do que um pretexto para que a gente possa fazer as coisas hoje”, afirmou.
A ministra também alertou sobre a gravidade do cenário climático atual. “Chegou o tempo de olharmos para o problema da mudança do clima, porque ela é o armagedon ambiental que nós estamos vivendo”, disse.
Educação como base para transformação - A secretária nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente, Rita Mesquita, também participou do evento e destacou a necessidade de sensibilizar a população sobre a importância da conexão com a natureza. “Precisamos fazer com que as pessoas se aproximem da natureza, e isso significa encantar, despertar a curiosidade e o interesse e, principalmente, compreender a nossa responsabilidade em relação a ela”, pontuou.
Rita defendeu que a transformação da relação entre seres humanos e o meio ambiente passa, necessariamente, pela educação. “Pautar e discutir a centralidade da educação ambiental em todos os currículos, esferas e camadas é fundamental”, afirmou, classificando a educação como o “alicerce” dessa mudança.
Evento integra agenda da COP30 - A conferência de abertura teve mediação da socióloga Sese Site, diretora de Juventude da Guiné Equatorial, e do biólogo Pedro Martins, secretário-geral da Associação Portuguesa de Educação Ambiental (Aspea).
O congresso, que ocorre até sexta-feira (25) em Manaus, é organizado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ministério da Educação (MEC), Rede Lusófona de Educação Ambiental (Redeluso) e o governo do Amazonas. A edição de 2025 integra a agenda preparatória da 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), que será realizada em novembro, em Belém do Pará.
Com o tema “Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver”, o encontro retoma a tradição iniciada em 2007, com a primeira edição em Santiago de Compostela, na Espanha. Desde então, o congresso passou por diferentes cidades e países lusófonos, incluindo Cuiabá (2013), Torreira, em Portugal (2015), Ilha do Príncipe, em São Tomé e Príncipe (2017), Arquipélago dos Bijagós, na Guiné-Bissau (2019), Mindelo, em Cabo Verde (2021), e Maputo, em Moçambique (2023).

Guilherme Levorato

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Brasil Sustentável

Marina Silva defende educação ambiental como resposta à crise climática durante congresso em Manaus

247 - Quando se trata de sustentabilidade, cada árvore tem um papel fundamental para a conservação ambiental. Imagine o impacto de 1.170 mudas de árvores que, juntas, podem absorver até 23,4 quilos de CO₂ ao ano, ajudando na recuperação de ecossistemas e no enfrentamento das mudanças climáticas.
Este é o legado do “Projeto Respira”, que faz parte do movimento WOW! da multinacional holandesa de nutrição animal com atuação no Brasil, De Heus, que acaba de ser concluído com um resultado impressionante e a promessa de contribuir para um futuro mais verde. A cada ano, o projeto aborda sempre temas específicos por meio de ações coletivas de grande impacto. Em 2024, com foco no elemento ar, o Projeto Respira promoveu o cultivo de mudas em viveiros construídos nas seis unidades fabris da companhia, localizadas nos estados de São Paulo, Paraná e Goiás, bem como a conscientização ambiental dos colaboradores engajados em todas as etapas e das comunidades através de visitas escolares que foram abertas ao longo do ano, conectando educação e sustentabilidade. A ação foi inspirada na missão de reflorestamento da Black Jaguar Foundation, que também conta com o apoio da empresa e tem como objetivo restaurar o maior corredor natural do mundo.
Mobilizando colaboradores, comunidades e escolas, o projeto atuou em diferentes frentes, englobando a construção dos viveiros com o suporte dos colaboradores, a entrega e o cultivo de mudas, a realização de atividades educativas em parceria com escolas locais e o plantio das mudas distribuídas aos colaboradores e visitantes, a fim de ampliar o impacto e incentivar a reflexão sobre a responsabilidade coletiva na preservação do meio ambiente. Além disso, a iniciativa possibilitou demonstrar como as práticas sustentáveis podem ser integradas em operações industriais.
De acordo com Rosane De Carli, Gerente de Qualidade e líder do projeto Respira, o objetivo da ação foi sensibilizar e educar as pessoas sobre a importância do cuidado ao meio ambiente, respeito à natureza e à comunidade em que vivem. “Ao envolver colaboradores, comunidades e escolas locais, a De Heus não apenas reforça o seu compromisso com a responsabilidade ambiental e social, mas também com a proteção dos ecossistemas e de recursos naturais valiosos – em especial, nos locais onde opera”, reforçou a profissional.
Edmilson Ribeiro, Diretor de Capital Humano e Relações Jurídicas da De Heus, comentou sobre a inspiração e o impacto do projeto: "O movimento WOW! 2024 permitiu que nossos colaboradores vivenciassem o cuidado com uma muda desde o início através do Projeto Respira. Agora, eles também estão plantando esse legado em nossos arredores, promovendo a melhoria da qualidade do ar e preparando o planeta para o futuro que pertence às próximas gerações”, destacou o executivo.
Como Gerente de Sustentabilidade da De Heus, Guilherme Cerqueira abordou a relevância da iniciativa para a empresa e como ações sustentáveis refletem diretamente no presente e no futuro. "O Projeto Respira reafirma o nosso compromisso com o meio ambiente ao integrar a sustentabilidade às nossas operações industriais de forma tangível e mensurável. Ações corporativas de reflorestamento não apenas mitigam impactos ambientais, como também promovem a conscientização e o engajamento dos colaboradores e as comunidades envolvidas. Este projeto reforça que a gestão ambiental eficaz exige ações contínuas e planejadas, alinhando inovação e responsabilidade.”
Parte do projeto consistiu na construção de réplicas dos viveiros de Santana do Araguaia, no Pará, que abrigam o coração do projeto de reflorestamento da Black Jaguar Foundation. Estas réplicas foram instaladas nas unidades fabris da De Heus criando espaços para o cultivo de mudas e promovendo a conscientização sobre a responsabilidade ambiental. Durante o manejo e cuidado com as mudas, as condições climáticas e ambientais foram rigorosamente controladas, incluindo o uso de rega controlada para garantir o crescimento saudável das mudas, evitando tanto a escassez quanto o excesso de água, para que possam chegar ao estágio adulto e contribuir para o legado do projeto.
Ao longo do ano, mais de 330 alunos de escolas e instituições locais visitaram as unidades fabris da De Heus. Eles conheceram as instalações, os viveiros e foram orientados sobre a importância da preservação ambiental. Já os colaboradores da De Heus se dedicaram ao cultivo das mudas, acompanhando seu desenvolvimento desde o início. O encerramento do projeto foi marcado por um plantio simbólico nas fábricas para celebrar o compromisso de todos com a preservação ambiental. A companhia também distribuiu muitas mudas, com o objetivo de estimular os colaboradores a plantarem-nas em suas casas ou em locais sugeridos nas cidades onde a empresa atua, como praças, parques, áreas degradadas e vulneráveis, propriedades rurais e outros, com a responsabilidade de garantir que atinjam a fase adulta, permitindo que desempenhem um papel essencial na captura de CO₂ e na contribuição para um ambiente mais equilibrado e sustentável.
Desde sua criação, o movimento WOW! da De Heus tem se expandido e se consolidado como uma ação de alto impacto em toda a organização e para as comunidades das cidades em que a empresa atua, com forte ênfase na educação, visando a construção de um futuro melhor para as próximas gerações.

Redação Brasil 247

Plantio de mais de mil mudas de árvores em SP, PR e GO deve contribuir para capturar até 23,4 toneladas de CO₂ do ar ao ano

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