247 - O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou nesta segunda-feira (4) que o Senado Federal é "corresponsável" pela prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita após a decisão do magistrado que acusou o ex-presidente de descumprir medidas impostas no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado.
De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, Moraes considerou que Bolsonaro violou a proibição de uso das redes sociais, mesmo por terceiros, ao participar de uma chamada de vídeo feita pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) durante manifestações realizadas no domingo (3). A medida levou o ministro a determinar a conversão das medidas cautelares já existentes em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
<h3>Críticas ao STF e apelo por impeachment</h3>
Para Eduardo Girão, a decisão do ministro Alexandre de Moraes está relacionada à repercussão dos atos de apoio a Bolsonaro. “Vejo uma relação muito clara com o sucesso das manifestações populares”, disse. Ele acrescentou que a medida judicial seria uma forma de “punir por algo assim que não se sustenta”, e comparou o caso ao do senador Marcos do Val (Podemos-ES), que também enfrentou medidas judiciais.
Girão afirmou ainda que a responsabilidade não é apenas do Supremo. “O Senado é corresponsável por isso tudo. Tem as digitais do Senado pela omissão dele. E o pedido ontem [domingo] foi muito claro com relação a impeachment do Moraes”, declarou, em referência às manifestações que cobraram o afastamento do ministro.
Segundo o senador, “o Senado tem o dever [de abrir o processo de impeachment], se não não há razão de existir”. Ele classificou a ausência de reação como “uma desmoralização”, ao mencionar que há diversos pedidos de impeachment arquivados. “Ele [Moraes] que é o campeão”, completou.
<h3>Menção a suposta denúncia no Parlamento Europeu</h3>
Girão também comentou informações que circulam sobre uma possível denúncia contra Alexandre de Moraes no Parlamento Europeu, supostamente sendo preparada por Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para o senador, a medida do STF pode ter sido uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção do caso.

Luis Mauro Filho

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Brasil

Girão diz que prisão de Bolsonaro tem “digitais do Senado” e é retaliação ao “sucesso das manifestações”

247 - O senador Eduardo Girão, candidato à Prefeitura de Fortaleza pelo partido Novo, foi retirado do debate promovido pela TV Otimista nesta terça-feira (17) após uma ordem judicial, <a href="https://g1.globo.com/ce/ceara/eleicoes/2024/noticia/2024/09/17/candidato-a-prefeitura-de-fortaleza-eduardo-girao-e-retirado-no-meio-de-debate-por-ordem-da-justica.ghtml">informa o G1</a>. Girão chegou a participar do primeiro bloco do programa, mas precisou sair durante o intervalo.
A decisão ocorreu por conta de uma regra eleitoral que estabelece que as emissoras de rádio e TV são obrigadas a convidar para debate todos os candidatos filiados a partidos com representação mínima no Congresso Nacional, o que não é o caso do Novo. Para cumprir a medida, é necessário que a legenda tenha, pelo menos, cinco parlamentares. Mesmo assim, Girão foi convidado para o debate da TV Otimista.
Os também candidatos à Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão (PT) e George Lima (Solidariedade) entraram com ações pedindo a exclusão de Girão do debate por conta da regra. O pedido de Leitão foi recusado, mas o de Lima foi aceito. A decisão da Justiça Eleitoral foi comunicada aos candidatos no intervalo do programa.
Eduardo Girão classificou o caso como ”censura” e atacou seus adversários. "Quem é que tem medo do que a gente vai falar? Que amarras são essas que o PT, junto com o Solidariedade e o Psol, estão desde o início impondo pra que não me queiram nesse debate. Eu fico surpreso com isso no meio do debate, é um desrespeito com as pessoas que estão assistindo. A gente se prepara estuda, temos muito assunto para debater", disse.

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Candidato à Prefeitura de Fortaleza, Eduardo Girão é retirado de debate após ordem judicial

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