247 - Em reunião realizada na última quinta-feira (15), o primeiro-ministro chinês Li Qiang destacou a importância de consolidar a estabilidade econômica doméstica como alicerce para o desenvolvimento sustentável da China. A declaração foi feita durante encontro do Conselho de Estado, presidido pelo vice-premiê Ding Xuexiang, informa a agência noticiosa Xinhua.
Li Qiang, que também integra o Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), apontou que a China deve seguir firme em uma estratégia de crescimento de alta qualidade, mesmo diante das incertezas do cenário internacional. Segundo o premiê, é essencial que o país "coordene o aumento da demanda doméstica com o aprofundamento da reforma estrutural do lado da oferta", além de fortalecer os vínculos entre o mercado interno e o comércio global.
Entre as prioridades definidas pelo líder chinês, estão o estímulo à alocação eficiente de recursos, a integração entre inovação científica e industrial, e o fortalecimento das cadeias produtivas e de abastecimento nacionais, com foco em autossuficiência e resiliência. “Devemos manter um equilíbrio dinâmico entre oferta e demanda”, afirmou Li, sinalizando que a estabilidade macroeconômica será perseguida com medidas bem planejadas e foco na segurança estratégica.
O premiê também sublinhou a importância de apoiar as empresas exportadoras, incentivar o consumo doméstico e ampliar o investimento produtivo. "Precisamos estabilizar o emprego, estimular o consumo e garantir tanto o desenvolvimento quanto a segurança do país", declarou, em linha com os princípios que têm guiado a política econômica chinesa nos últimos anos, marcada por uma ênfase crescente na inovação, modernização industrial e redução das vulnerabilidades externas.
Li Qiang ainda pediu ação coordenada entre departamentos governamentais e administrações regionais, reforçando que “todos os departamentos e regiões devem fortalecer a formulação e a implementação de suas políticas, aprimorar a coordenação e a cooperação, e estimular plenamente a vitalidade do mercado e a criatividade social”.
A reunião reforça o compromisso do governo chinês com uma estratégia de desenvolvimento que combina estabilidade interna com capacidade de resposta aos desafios externos, num momento em que o país busca se posicionar como liderança econômica global em meio a tensões geopolíticas e instabilidades econômicas internacionais. Com foco na inovação e na autonomia produtiva, a China aposta em um modelo que alia planejamento estratégico de longo prazo e dinamismo do mercado interno.

José Reinaldo

Primeiro-ministro chinês Li Qiang apresenta o relatório de trabalho do Congresso Nacional do Povo

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Mundo

Primeiro-ministro chinês defende estabilidade e inovação como pilares do crescimento econômico

Por Guilherme Paladino, de Pequim, para o 247 - Enquanto analistas ocidentais previam que as tarifas impostas pelos Estados Unidos poderiam frear o dinamismo da economia chinesa, novos dados oficiais sobre o feriado prolongado de 1º de Maio de 2025 — o tradicional Dia Internacional dos Trabalhadores — podem servir como um contraponto a tal entendimento. Por cinco dias, de 1º a 5 de maio, a China viveu um "boom" de movimentação econômica, consumo em massa e turismo interno, com indicadores que demonstram um pulso ainda forte da segunda maior economia do mundo. De acordo com as estatísticas disponibilizadas por órgãos oficiais e noticiadas pela agência Xinhua ao longo dos últimos dias, o período movimentou 314 milhões de viagens internas, um crescimento de 6,4% em relação ao mesmo feriado do ano passado. A receita gerada por esse turismo chegou a 180,3 bilhões de yuans (cerca de 25 bilhões de dólares), 8% acima de 2024. A demanda foi tamanha que, em diversas rotas de alta velocidade, os bilhetes esgotaram com semanas de antecedência. A reportagem do 247 tentou comprar passagens de trem-bala entre Pequim e até mesmo cidades não tão cobiçadas durante o período, como Chengdu (capital da província de Sichuan), e não foi possível, mesmo uma semana antes do feriado. No total, o sistema de transportes da China contabilizou 1,47 bilhão de viagens, somando rodovias, ferrovias, aviação civil e transporte aquaviário — todos em alta. A Região Administrativa Especial de Macao, por exemplo, registrou 849 mil visitantes ao longo do feriado, crescimento de 40,7%. O dia 2 de maio foi o mais movimentado, com quase 222 mil entradas. A taxa de ocupação da rede hoteleira chegou a 94,1%. <h2>Turismo internacional em retomada</h2> A circulação internacional também teve desempenho relevante. A Administração Nacional de Imigração da China registrou 10,9 milhões de entradas e saídas do país durante o feriado, uma alta de 28,7% na comparação anual. A entrada de mais de 380 mil estrangeiros com isenção de visto representou um salto de 72,7%. Segundo o Banco Popular da China, o valor total de pagamentos realizados por estrangeiros aumentou 128% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto o número de transações cresceu 244,86%. Os dados sugerem impacto direto das recentes flexibilizações nas políticas de entrada no país.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250507150556_ee7e74ec23fe670545eed83a46bc4815611c55bb6e6d5ef3d864a34ff4699e7f.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20250507150556_ee7e74ec23fe670545eed83a46bc4815611c55bb6e6d5ef3d864a34ff4699e7f" data-rendition-name="original" width="1280" height="853" loading="lazy" alt="Foto aérea feita por drone em 3 de maio de 2025 mostra turistas visitando Shaoxing, conhecida por ser a cidade natal de Lu Xun, na província de Zhejiang, leste da China.4o"><figcaption>Foto aérea feita por drone em 3 de maio de 2025 mostra turistas visitando Shaoxing, conhecida por ser a cidade natal de Lu Xun, na província de Zhejiang, leste da China.4o(Photo: Zhang Hui/Xinhua)Zhang Hui/Xinhua</figcaption></figure>  <h2>Consumo interno diversificado</h2> No varejo e no setor de serviços, a movimentação também foi significativa. De acordo com a Administração Tributária Estatal, o faturamento das empresas voltadas ao consumo cresceu 15,2%. Entre os destaques estiveram eletrodomésticos — com vendas de refrigeradores e lavadoras subindo 169,8%, TVs (153,1%) e smartphones (118%). O setor de entretenimento comercial apresentou mais de 33 mil apresentações em todo o país durante os cinco dias, totalizando 2,16 bilhões de yuans em receita. Os festivais musicais com mais de 5 mil pessoas geraram 1,21 bilhão, enquanto apresentações artísticas em locais turísticos somaram 685 milhões de yuans em bilheteria, com público estimado em 5,58 milhões de pessoas. A visitação a museus registrou 60,49 milhões de entradas — 17% a mais que no ano anterior — e o movimento em áreas noturnas de lazer e cultura ultrapassou 76 milhões de visitantes. <h2>Novas tendências e inovação</h2> Cidades como Suzhou e Qingcheng Mountain investiram em tecnologias emergentes para otimizar a experiência turística. Houve o uso de inteligência artificial para controle de fluxo e aplicação de robôs e drones em serviços de apoio ao visitante. O chamado "turismo de bem-estar", que une saúde, lazer e medicina tradicional, também se destacou, com aumento no número de visitantes em locais como Mogan Mountain (Zhejiang) e Bama (Guangxi). A tendência se alinha ao plano nacional “Saúde China 2030”, e o setor teve mais de 173 mil novos registros comerciais apenas no primeiro trimestre do ano. Felizmente para o Partido Comunista da China (PCCh), tais dados - assim como ocorreu durante o Festival de Primavera - trazem uma boa notícia diante das recentes turbulências geopolíticas: a China mantém um mercado interno forte e uma retomada gradual do setor de turismo internacional. Embora o impacto total das medidas norte-americanas deva ser avaliado a médio prazo, os dados recentes indicam que o consumo interno segue como um importante motor da economia local, auxiliado por políticas de estímulo ao turismo, infraestrutura de transporte robusta e aposta em inovação.

Guilherme Paladino

Passageiros desembarcam na Estação Ferroviária de Harbin, em Harbin, província de Heilongjiang, nordeste da China, em 5 de maio de 2025. No último dia do feriado do Dia do Trabalho, foi registrado um pico de viagens de retorno em todo o país.

Sul Global

Trens esgotados e cidades cheias: tarifas não impedem boom turístico e comercial na China em feriado prolongado

247 – O investimento estrangeiro direto (IED) na China registrou um aumento de 13,2% em março de 2025, marcando uma reversão na tendência de queda observada no primeiro trimestre do ano. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (18) pelo Ministério do Comércio do país, conforme noticiado pela agência estatal Xinhua.
Segundo o comunicado oficial, o total de investimento estrangeiro utilizado de forma efetiva no território continental chinês durante o mês de março superou significativamente os resultados dos meses anteriores. No acumulado de janeiro a março, no entanto, o fluxo total de IED ainda representa uma retração de 10,8% em comparação ao mesmo período de 2024, totalizando 269,2 bilhões de yuans (aproximadamente 37,35 bilhões de dólares).
Ao todo, 12.603 novas empresas com participação estrangeira foram estabelecidas no país durante o primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 4,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
<h3>Setores de alta tecnologia lideram retomada</h3>
Os dados mostram que os investimentos direcionados aos setores de alta tecnologia foram particularmente robustos. O setor de serviços de e-commerce registrou um salto de 100,5%, seguido pela indústria biofarmacêutica (63,8%), a fabricação de equipamentos aeroespaciais (42,5%) e a produção de instrumentos médicos (12,4%).
A utilização efetiva de IED nos setores de manufatura e serviços totalizou 71,51 bilhões de yuans e 193,33 bilhões de yuans, respectivamente, ao longo do trimestre.
<h3>Diversificação geográfica dos investimentos</h3>
O relatório também destaca mudanças relevantes na origem dos recursos. Os investimentos provenientes de países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) cresceram 56,2%, enquanto os aportes da União Europeia aumentaram 11,7%.
Entre os países com maior incremento de investimentos na China estão a Suíça (76,8%), o Reino Unido (60,5%), o Japão (29,1%) e a Coreia do Sul (12,9%).
<h3>Sinal de confiança</h3>
O desempenho de março pode sinalizar um restabelecimento da confiança internacional na economia chinesa, após um início de ano conturbado por incertezas econômicas globais e tensões comerciais. O crescimento nos setores de alta tecnologia também reflete a continuidade da estratégia chinesa de avançar na cadeia de valor e atrair capitais para segmentos inovadores e estratégicos.
O resultado é particularmente relevante no contexto geopolítico atual, em que a China busca reforçar laços econômicos com parceiros asiáticos e europeus, ao mesmo tempo em que enfrenta desafios impostos pela nova postura protecionista dos Estados Unidos sob o segundo mandato do presidente Donald Trump.

Redação Brasil 247

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Investimento estrangeiro na China cresce 13,2% em março e indica retomada econômica

247 - Em meio a um ambiente internacional marcado por incertezas e tensões comerciais, a economia da China voltou a demonstrar força e dinamismo. Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas da China, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 5,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento também foi de 1,2% na comparação com o trimestre anterior, superando com folga as projeções dos analistas. O tema foi abordado em editorial do jornal Global Times.
A notícia, repercutida por grandes veículos internacionais, tem sido vista como um “começo promissor” para a segunda maior economia do mundo. A CNN destacou que “a China registrou um crescimento econômico inesperadamente forte”, apontando que o resultado superou a previsão de 5,1% e sinaliza um momento de otimismo. Já a Reuters atribuiu o bom desempenho a “sólido consumo e produção industrial”, enquanto a Newsweek destacou que analistas acreditam que a China “seria capaz de resistir a uma guerra comercial iminente melhor do que Washington suspeita”.
O desempenho da economia chinesa neste início de ano está diretamente ligado à implementação eficaz de um conjunto de políticas macroeconômicas. Medidas como reduções de impostos, emissão de títulos especiais, modernização industrial e programas de incentivo ao consumo doméstico ajudaram a revitalizar o mercado interno. Além disso, a inovação tecnológica desponta como uma das principais alavancas do crescimento. No primeiro trimestre, a produção de veículos de nova energia cresceu 45,4%, enquanto a fabricação de pilhas de recarga aumentou 26,3%.
A aceleração desses setores evidencia o esforço do governo chinês em promover o desenvolvimento de alta qualidade. “Mesmo com um ambiente externo mais complexo e severo, os fundamentos positivos da economia chinesa permanecem inalterados”, afirma o relatório oficial. Com investimentos contínuos em tecnologias emergentes, como inteligência artificial e computação quântica, a China tem fortalecido sua base produtiva e gerado confiança no mercado.
Outro ponto de destaque é o avanço do consumo. As vendas no varejo de bens de consumo cresceram 4,6% no trimestre, superando o desempenho anual de 2024. Fenômenos culturais e econômicos, como a chamada “economia de férias” e o “Guochao” – uma tendência que valoriza produtos com identidade chinesa – têm impulsionado novas formas de consumo. A China também vem promovendo a diversificação do comércio exterior. As exportações para os países da Iniciativa Cinturão e Rota aumentaram 7,2%, o que contribui para reduzir a dependência de mercados tradicionais.
Com um PIB per capita ultrapassando os US$ 13 mil, o país avança para uma nova etapa de modernização, centrada no bem-estar da população. O crescimento da renda disponível per capita entre os moradores das áreas rurais, que chegou a 6,5%, superando o dos residentes urbanos, é prova do êxito da estratégia de revitalização rural. As famílias têm destinado mais recursos para educação, cultura, saúde e entretenimento, apontando para uma sociedade que busca padrões de vida mais elevados.
Esse progresso reflete o compromisso do país com uma filosofia de desenvolvimento centrada nas pessoas. “Focar em fazer bem as suas próprias coisas”, destaca o documento, tornou-se uma diretriz estratégica diante de um mundo cada vez mais instável. Nesse sentido, o sistema de seguridade social continua a ser aprimorado, garantindo maior proteção à população.
A realização de grandes eventos, como a China International Consumer Products Expo e a tradicional Feira de Cantão, reforça o papel da China como polo de atração global. Ambos os eventos reuniram milhares de empresas e visitantes, refletindo a vitalidade e o apelo do mercado chinês.
Mais do que apenas números, os resultados do primeiro trimestre simbolizam a confiança renovada de um país que busca consolidar sua posição em um cenário econômico global em transformação. A trajetória da China revela não apenas uma economia em expansão, mas também um projeto nacional ancorado na estabilidade institucional, na inovação e na inclusão social.
Ao adotar uma estratégia de desenvolvimento que combina modernização tecnológica, valorização da demanda interna e cooperação internacional, a China sinaliza que está preparada para enfrentar os desafios da economia global — e fazer deles uma nova etapa de ascensão. Como conclui o relatório: “O bom começo do primeiro trimestre não é apenas resultado de esforços políticos, mas um reflexo inevitável das vantagens institucionais e da vitalidade do mercado chinês”.

China surpreende o mundo com crescimento econômico acima do esperado no primeiro trimestre, diz editorial do Global Times

247 – A China estabeleceu uma meta de crescimento de cerca de 5% para seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, mantendo o mesmo patamar do ano anterior e reforçando a confiança de seus formuladores de políticas na estabilidade da segunda maior economia do mundo. O objetivo foi divulgado no Relatório de Trabalho do Governo, apresentado nesta quarta-feira pelo primeiro-ministro Li Qiang ao Congresso Nacional do Povo (CNP), que iniciou sua sessão anual. As informações foram <a href="https://www.globaltimes.cn/page/202503/1329505.shtml">publicadas pelo Global Times</a>.
O documento também detalhou outras metas econômicas relevantes. O déficit fiscal em relação ao PIB foi fixado em 4%, enquanto a taxa de desemprego urbano deve permanecer em torno de 5,5%. A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI), tem como meta um patamar de 2%. Para estimular a economia, o governo chinês anunciou a emissão de 1,3 trilhão de yuans (cerca de US$ 182 bilhões) em títulos especiais do tesouro de longo prazo, um aumento de 300 bilhões de yuans em relação a 2024. Além disso, serão emitidos 4,4 trilhões de yuans (aproximadamente US$ 613 bilhões) em títulos especiais para governos locais, representando um acréscimo de 500 bilhões de yuans em relação ao ano passado.
"Ao propor essas metas, consideramos a dinâmica econômica nacional e internacional, bem como fatores relevantes, equilibrando o que é necessário e o que é viável", destacou o Relatório. "A meta de cerca de 5% está alinhada com nossos objetivos de desenvolvimento de médio e longo prazo e sublinha nossa determinação em enfrentar desafios e buscar avanços."
<h3>Confiança na economia chinesa</h3>
Em 2024, a economia chinesa cresceu exatamente 5%, ultrapassando pela primeira vez a marca de 130 trilhões de yuans (US$ 17,82 trilhões). O economista Justin Yifu Lin, membro do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e reitor do Instituto de Nova Economia Estrutural da Universidade de Pequim, afirmou ao Global Times que, apesar das incertezas globais, a China manterá seu papel como motor do crescimento mundial.
"O mundo está repleto de incertezas, mas uma certeza é o crescimento econômico estável e dinâmico da China. Em 2025, esperamos um crescimento de pelo menos 5%, o que continuará garantindo a contribuição chinesa de mais de 30% à expansão global. Isso é uma boa notícia não apenas para a China, mas para o mundo inteiro", afirmou Lin, que já ocupou o cargo de economista-chefe do Banco Mundial.
Ele destacou que a China tem condições de manter esse ritmo de crescimento até 2035. "Nossa confiança vem da capacidade de aproveitar plenamente espaços de política monetária e fiscal, combinados com iniciativas industriais que promovem a digitalização, a inteligência artificial e o desenvolvimento verde, garantindo um crescimento econômico de alta qualidade."
<h3>Medidas para 2025</h3>
O Relatório de Trabalho também delineou políticas para o ano, incluindo uma abordagem fiscal mais proativa e uma política monetária moderadamente expansionista. "Aprimoraremos e desenvolveremos novos instrumentos de política monetária estrutural para apoiar o setor imobiliário, o mercado de ações, a inovação científica e tecnológica, o desenvolvimento verde, o consumo e as micro e pequenas empresas", destacou o documento.
O economista Yu Miaojie, presidente da Universidade de Liaoning e deputado do CNP, ressaltou que, apesar dos desafios externos, a meta de crescimento é viável e estratégica. "Alcançar essa meta não será fácil diante do cenário global, mas a China ainda possui vantagens comparativas significativas e contará com uma série de políticas macroeconômicas para garantir esse crescimento", disse ele ao Global Times.
Entre as principais áreas de investimento para 2025, está o incentivo ao consumo e ao investimento produtivo. O governo chinês planeja lançar iniciativas específicas, além de emitir 300 bilhões de yuans em títulos especiais para programas de renovação de bens de consumo. Para ampliar investimentos efetivos, o orçamento central destinará 735 bilhões de yuans para investimento público.
Outro foco será o desenvolvimento de indústrias emergentes, incluindo biotecnologia, computação quântica, inteligência artificial integrada e tecnologia 6G. "Estabeleceremos mecanismos para aumentar o financiamento dessas indústrias do futuro", diz o Relatório.
<h3>Expectativas internacionais</h3>
A meta de crescimento anunciada pelo governo chinês superou projeções feitas por algumas organizações internacionais. Em dezembro, o Banco Mundial revisou sua previsão para o crescimento da China em 2025 de 4,1% para 4,5%. Por outro lado, instituições financeiras estrangeiras como o Standard Chartered previam uma meta em torno de 5%, em linha com as expectativas regionais.
Com um plano de desenvolvimento bem definido e medidas para impulsionar o crescimento, Pequim segue reforçando sua posição como uma das principais locomotivas da economia global, mantendo estabilidade interna e contribuindo para a expansão econômica mundial.

China instala sessão da Assembleia Nacional Popular e estabelece meta de crescimento do PIB em torno de 5% para 2025

China projeta crescimento de 5% em 2025 e reforça confiança na economia

247 – O Congresso Nacional da China de 2025 está no centro das atenções globais, com analistas e especialistas destacando a importância do evento para o futuro econômico e político do país. A agência de notícias Xinhua, em <a href="https://h.xinhuaxmt.com/vh512/share/12432623?d=134fec0&amp;channel=weixin&amp;time=1741086324850">reportagem publicada nesta terça-feira</a>, reuniu diversas avaliações sobre o atual estágio de desenvolvimento chinês e seu impacto no mundo. Entre os destaques, o editor-chefe do Brasil 247 e da TV 247, Leonardo Attuch, ressaltou que a modernização ao estilo chinês permite equilibrar crescimento econômico, estabilidade social, inovação e desenvolvimento sustentável, oferecendo uma alternativa viável para países em busca de um modelo abrangente de crescimento.
O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 5% em 2024, e a economia do país continua a demonstrar resiliência diante dos desafios globais. "Quando a economia global enfrenta desafios, a China é um pilar de estabilidade", afirmou Sattar Sharif, diretor da Agência de Notícias do Iraque, acrescentando que a economia chinesa desempenha um papel fundamental como estabilizadora e propulsora do crescimento global.
Sandile Swana, especialista econômico da África do Sul, destacou que "o crescimento do PIB da China em 2024 atingiu a meta estabelecida no relatório do governo do ano passado". Segundo ele, a manutenção do ritmo de crescimento, mesmo em um cenário de riscos e incertezas, é um indicador da força do modelo econômico chinês. O professor Foo Xiangwen, da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, destacou que a China alcançou avanços significativos em inteligência artificial, cidades inteligentes e economia digital. "Espero que este Congresso Nacional apresente mais medidas para impulsionar o progresso tecnológico e a inovação na China, o que poderá gerar novos motores de crescimento econômico para o mundo", afirmou.
“Na China, para o mundo"
A abertura econômica da China também é um aspecto fundamental observado pelos analistas. Luigi Gambardella, presidente da Associação Digital China-Europa, destacou a abordagem chinesa em relação à inteligência artificial e à cooperação internacional. "A China compartilha oportunidades com o mundo por meio da abertura", disse, referindo-se à importância da inclusão e colaboração globais promovidas pelo país.
Michael Schumann, presidente da Associação Alemã de Comércio e Desenvolvimento Econômico, observou que diversas empresas alemãs estão transferindo suas cadeias produtivas para a China, adotando o modelo "Na China, para o mundo". Segundo ele, isso demonstra o compromisso chinês com a cooperação e a inclusão econômica internacional.
A modernização chinesa também é vista como uma referência para outros países. "A modernização chinesa apresenta uma nova perspectiva para o desenvolvimento mundial", afirmou Iraki, professor da Universidade de Nairóbi, no Quênia. Segundo ele, a experiência chinesa mostra que os países do Sul Global podem traçar seus próprios caminhos de crescimento sem depender do modelo ocidental tradicional.
O editor-chefe da TV 247, Leonardo Attuch, reforçou essa perspectiva, enfatizando que a modernização chinesa possibilita "a coordenação entre desenvolvimento econômico, estabilidade social e a realização do desenvolvimento sustentável e da inovação, oferecendo uma opção viável de caminho para os países que buscam um desenvolvimento abrangente".
Com uma trajetória marcada pela expansão econômica e avanços tecnológicos, a China segue consolidando sua posição como uma das principais potências econômicas globais. O Congresso Nacional de 2025 deve trazer novos direcionamentos para o futuro do país, influenciando não apenas a China, mas também o cenário econômico global.

Duas sessões definem as prioridades da economia chinesa

Analistas internacionais refletem sobre o atual estágio de desenvolvimento da China

PEQUIM (Reuters) - A China dará maior ênfase ao estímulo do consumo e ao aumento do apoio ao seu programa de subsídios para o comércio de bens de consumo, de acordo com uma reunião de gabinete organizada pelo primeiro-ministro Li Qiang, informou a emissora nacional de televisão nesta segunda-feira.
A China atenderá melhor às necessidades de consumo de moradia e promoverá um crescimento razoável da renda salarial, de acordo com a China Central Television (CCTV).
A reunião do gabinete também disse que o país adotará medidas mais práticas e eficazes para estabilizar o investimento estrangeiro.

China se compromete a aumentar consumo e promover crescimento salarial "razoável"

Reuters - A China anunciou uma ampla gama de medidas nesta terça-feira para estimular a economia, estabilizar o setor imobiliário e restaurar a confiança do mercado. As ações e os títulos saltaram após o anúncio.
Veja a seguir as principais medidas anunciadas em coletiva de imprensa pelo presidente do Banco do Povo da China, Pan Gongsheng, junto do ministro da Administração Nacional de Regulamentação Financeira, Li Yunze, e o presidente da Comissão de Regulamentação de Valores Mobiliários da China, Wu Qing:
CORTE NA TAXA DE COMPULSÓRIO - O banco central da China reduzirá a taxa de compulsório dos bancos em 50 pontos-base no futuro próximo, liberando cerca de 1 trilhão de iuanes (142,21 bilhões de dólares) para novos empréstimos.
Dependendo da situação de liquidez do mercado no final deste ano, a taxa poderá ser reduzida ainda mais, de 0,25 a 0,5 ponto percentual, disse Pan.
CORTE DE TAXAS - O Banco do Povo da China reduzirá a taxa de recompra reversa de sete dias em 0,2 ponto percentual, para 1,5%.
Pan espera que a medida guie a taxa do instrumento de empréstimo de médio prazo (MLF) para uma queda de 0,3 ponto percentual, e reduza taxa primária de empréstimos (LPR) e a taxa de depósito em 0,2 a 0,25 ponto percentual. Pan não especificou quando as medidas entrarão em vigor.
REDUÇÃO NAS TAXAS DE HIPOTECA DE MORADIAS USADAS - O banco central da China orientará os bancos comerciais a reduzir as taxas de hipoteca de moradia usadas em 0,5 ponto percentual, em média, a fim de proporcionar algum alívio às famílias.
REDUÇÃO DA TAXA DE ENTRADA - A China reduzirá a taxa mínima de entrada para compradores de segunda residência a 15% em todo o país, em vez dos atuais 25%.
REATIVAÇÃO DO MERCADO DE AÇÕES - O órgão regulador de valores mobiliários da China emitirá orientações para a entrada de fundos de médio e longo prazos no mercado e medidas para promover fusões, aquisições e reorganizações.
A instituição apoiará ainda mais o fundo estatal chinês Central Huijin Investment na compra de ações e na expansão do escopo de investimentos.
FINANCIAMENTO PARA COMPRA DE AÇÕES - O Banco do Povo da China também introduziu duas novas ferramentas para impulsionar o mercado de capitais.
A primeira - um programa de swap com um tamanho inicial de 500 bilhões de iuanes - permite que fundos, seguradoras e corretoras tenham acesso mais fácil a financiamento para comprar ações.
A segunda oferece até 300 bilhões de iuanes em empréstimos baratos do banco central a bancos comerciais para ajudá-los a financiar a compra e recompra de ações de empresas listadas.

Presidente do Banco do Povo da China, Pan Gongsheng  
24/09/2024. REUTERS/Tingshu Wang

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