DOHA/WASHINGTON, 20 de maio (Reuters) - Elon Musk, que gastou quase US$ 300 milhões para apoiar a campanha presidencial de Donald Trump e outros republicanos no ano passado, disse na terça-feira que planeja cortar significativamente seus gastos políticos.
"Vou fazer muito menos no futuro", disse <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Musk+">Musk </a>em um fórum econômico no Catar. "Acho que já fiz o suficiente."
Musk também disse que estava comprometido em permanecer como CEO da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Tesla+">Tesla </a>por mais cinco anos, com o objetivo de abordar preocupações sobre o equilíbrio entre seu papel na montadora e seu envolvimento no governo Trump, onde ele supervisionou um grande esforço de corte de custos em toda a burocracia federal.
Seu papel como um dos mais importantes apoiadores de Trump — reforçado por sua propriedade do site de mídia social X — provocou protestos contra a Tesla, reduzindo suas vendas e o preço de suas ações.
Se Musk, a pessoa mais rica do mundo, levar adiante seu plano de reduzir os gastos políticos, isso poderá custar a Trump e ao Partido Republicano seu maior doador.
No entanto, o bilionário não fechou totalmente a porta para gastos com política no futuro.
"Se eu vir um motivo para fazer gastos políticos no futuro, farei isso", disse Musk.
Uma fonte da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Casa+Branca">Casa Branca</a> minimizou a decisão de Musk, afirmando que ele permanece "totalmente comprometido" com Trump e seu partido. A fonte afirmou que o apoio a Musk continuará por meio de diversos canais, incluindo como consultor, por meio de contribuições financeiras e influência informal em redes de doadores.
A fonte disse que a Casa Branca vê a redução de cargos de Musk como uma resposta razoável aos crescentes ataques políticos, acrescentando que o presidente apoia a decisão de Musk de repensar o quão visível ele quer ser como apoiador.
<h3>PODEROSO CONSELHEIRO DA CASA BRANCA</h3>
O principal grupo de gastos políticos de Musk, o America PAC, não quis comentar.
No ano passado, Musk canalizou centenas de milhões de dólares para super PACs alinhados aos republicanos, financiando operações de campo de batalha e campanhas de mídia que ajudaram a amplificar a mensagem de Trump.
Ele também gastou mais de US$ 20 milhões nesta primavera para apoiar o candidato conservador na disputa pela Suprema Corte de Wisconsin, ajudando a transformá-la na disputa judicial mais cara da história dos EUA. Mas o candidato liberal venceu com folga em uma eleição vista como um referendo antecipado sobre o segundo mandato de Trump.
A retirada de Musk pode forçar os republicanos a recorrerem mais aos megadoadores tradicionais e aumentarem a arrecadação de fundos de base antes das eleições legislativas do ano que vem.
"Será que isso poderia ter algum impacto? Talvez, mas pode não ter, porque há muitos outros lugares para arrecadar dinheiro", disse Ron Bonjean, um veterano estrategista republicano em Washington. "Musk facilitou. Mas agora que Trump é presidente, ele é o principal arrecadador de fundos."
Após a posse de Trump em janeiro, Musk rapidamente emergiu como uma força poderosa na Casa Branca.
Ele liderou o chamado Departamento de Eficiência Governamental, que buscou eliminar dezenas de milhares de empregos e cancelar bilhões de dólares em contratos e subsídios, incluindo a grande maioria da ajuda externa dos EUA, de maneira muitas vezes caótica .
Mas suas visões políticas desencadearam ondas de protestos contra a Tesla nos EUA e na Europa, levando a uma queda nas vendas. Alguns investidores também se preocupam com a falta de tempo que ele tem dedicado à Tesla.
Buscando aliviar essas preocupações, Musk disse aos investidores no mês passado que reduziria seu tempo na DOGE para um ou dois dias por semana a partir de maio.
As opiniões públicas sobre Musk nos Estados Unidos estão fortemente divididas por partidos, com a maioria dos republicanos afirmando ter uma visão favorável do magnata da tecnologia e uma parcela esmagadora de democratas afirmando o oposto, de acordo com pesquisas Reuters/Ipsos. No geral, 58% dos entrevistados em uma pesquisa realizada em 12 e 13 de maio disseram ter uma visão desfavorável de Musk, em comparação com 39% que tinham uma visão favorável.
Uma pessoa com conhecimento dos esforços de Musk no governo Trump o descreveu à Reuters em abril como "exausto e exasperado", especialmente pelas reações negativas contra suas empresas.
<h3>AÇÕES DA TESLA EM QUEDA ESTE ANO</h3>
Na terça-feira, Musk disse que ter "controle razoável" da Tesla era o fator mais importante para permanecer como CEO.
Ele disse no ano passado que se sentia desconfortável em desenvolver a Tesla como líder em IA e robótica sem ter 25% do controle dos votos.
As ações da Tesla subiram brevemente 3,3% após os comentários, mas depois reduziram os ganhos e foram negociadas em alta de cerca de 1%. As ações caíram cerca de 20% desde a posse de Trump, após uma alta inicial devido ao otimismo de que o governo abriria caminho regulatório para a implantação de robotaxis, que Musk considera o principal impulsionador do valor de mercado da Tesla.
No início deste mês, a presidente da Tesla, Robyn Denholm, negou uma reportagem do Wall Street Journal que dizia que os membros do conselho haviam entrado em contato com diversas empresas de recrutamento de executivos para encontrar um substituto para Musk.
Musk disse no evento que a Tesla já havia melhorado as vendas e que a demanda estava forte em outras regiões além da Europa.
Reportagem de Andrew Mills e Federico Maccioni em Doha, Akash Sriram e Aditya Soni em Bengaluru, Nandita Bose e Jason Lange em Washington e Alexandra Ulmer em São Francisco; Texto de Joseph Ax, Elwely Elwelly e Michael Georgy; Edição de Hugh Lawson, Shinjini Ganguli, Ross Colvin e Deepa Babington

Luis Mauro Filho

O bilionário do setor de tecnologia Elon Musk


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Mundo

Musk, mega-doador do Partido Republicano, diz que passará a cortar gastos políticos

247 - Empresários brasileiros têm utilizado doações milionárias para consolidar maiorias em Câmaras Municipais pelo país. Segundo <a href="https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/12/empresarios-fazem-superdoacoes-e-elegem-bancadas-de-vereadores-pelo-pais.shtml">levantamento dos jornalistas Nicola Pamplona e Vitor Antonio no jornal Folha de S. Paulo</a>, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo menos onze cidades elegeram "bancadas próprias" financiadas por grandes doadores nas eleições de 2024.
Um dos destaques é o paulista Rubens Ometto, dono do conglomerado Cosan. Ele direcionou recursos para eleger cinco dos nove vereadores de São José da Laje (AL), cidade de 24 mil habitantes, além de financiar a prefeita Vanessa (MDB), que recebeu R$ 114 mil de sua campanha. Em Igreja Nova (AL), Ometto também apoiou candidatos do MDB e PSB, consolidando influência na região. Apesar de não ter operações diretas nesses municípios, a presença de usinas de açúcar e etanol é um fator de interesse.
Outro exemplo é Erasmo Batistella, dono da Be8, que ajudou a eleger 14 dos 21 vereadores de Passo Fundo (RS), onde sua empresa possui uma unidade industrial e planos de expansão no setor de biocombustíveis. Já no ramo imobiliário, Alex Veríssimo Mendes financiou sete vereadores em Santos (SP), enquanto Rogério Chor apoiou oito candidatos no Rio de Janeiro (RJ). Ambos destacaram que as doações seguem a legislação vigente e são declaradas publicamente.
Empresários como Odílio Balbinotti Filho, do agronegócio, também demonstram o peso das doações. Ele destinou R$ 3,7 milhões a candidatos em Rondonópolis (MT), elegendo o prefeito Cláudio Ferreira de Souza (PL) e quatro vereadores. Em declaração, ele afirmou que as doações respeitam a legislação.
As "superdoações" são legais no Brasil desde 2015, quando foi proibido o financiamento empresarial de campanhas. No entanto, estão limitadas a 10% do rendimento declarado à Receita Federal, permitindo contribuições de grande monta. Em 2024, 25 pessoas doaram mais de R$ 1 milhão, totalizando R$ 71,2 milhões entre as 20 maiores contribuições.

Guilherme Paladino

Brasil

Com 'superdoações', empresários elegem bancadas de vereadores no Brasil

247 - As doações eleitorais de pessoas físicas nas eleições deste ano já ultrapassaram R$ 1 bilhão, com o montante alcançando R$ 1.028.972.795,10, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgados neste sábado (19). A tendência é que esse número cresça ainda mais, uma vez que ainda falta pouco mais de uma semana para o segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro. Em 51 cidades brasileiras, os eleitores retornarão às urnas para escolher os novos prefeitos.
Segundo o <a href="https://www.metropoles.com/brasil/doacoes-eleitorais-ultrapassam-r-1-bilhao-veja-os-maiores-doadores">Metrópoles</a>, apesar do volume de recursos até agora, o valor ainda ainda fica abaixo das quantias arrecadadas nas eleições municipais de 2020 e 2016, que foram de R$ 1,1 bilhão e R$ 1,3 bilhão, respectivamente. Isso evidencia uma certa diminuição no ritmo de contribuições, refletindo talvez as incertezas políticas e econômicas do momento.
Entre os principais doadores deste ano estão empresários, agropecuaristas e políticos influentes. O destaque vai para Rubens Ometto Silveira Mello, presidente da Cosan e já conhecido por sua generosidade nas campanhas eleitorais, que lidera a lista com uma doação de R$ 18.440.781,20. Ometto foi também o maior doador nas eleições de 2020.
Confira abaixo a lista dos 10 maiores doadores e os valores correspondentes:
Rubens Ometto Silveira Mello: R$ 18.440.781,20
José Ricardo Rezek: R$ 5.198.783,32
Odilio Balbinotti Filho: R$ 3.937.900,00
Alcebiades de Queiroz Barata Filho: R$ 2.450.037,80
Wilson de Almeida Júnior: R$ 1.907.000,00
Ricardo Valadares Gontijo: R$ 1.633.000,00
Abigail Silva Suarez: R$ 1.544.920,00
Beatriz Nazareth Teixeira de Souza: R$ 1.515.000,00
Ricardo Fernandes de Araújo: R$ 1.399.000,00
Tasso Ribeiro Jereissati: R$ 1.350.000,00

Doações eleitorais de pessoas físicas superam R$ 1 bilhão, diz TSE

247 - Maurício Toledo Jacob, ex-prefeito da cidade de Mantena, em Minas Gerais, e um dos principais doadores da campanha de Pablo Marçal, enfrenta problemas com a Justiça por irregularidades durante sua gestão. Jacob doou R$ 50 mil à campanha do ex-coach, o que o coloca entre os cinco maiores financiadores do candidato. Contudo, seu histórico como gestor público está marcado por problemas legais, que incluem a rejeição de contas e processos por má administração.
Em outubro do ano passado, de acordo com reportagem do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2024/09/doador-de-marcal-teve-contas-irregulares-como-prefeito-e-foi-processado-por-usurpar-bens-da-uniao.ghtml">O Globo</a>, o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) determinou que o ex-prefeito e uma empresa de engenharia devolvessem aos cofres públicos o valor de R$ 650 mil. A decisão foi motivada pela falta de comprovação da aplicação dos recursos destinados à melhoria de vias públicas na cidade de Mantena, durante o mandato de Jacob. O conselheiro Cláudio Terrão, relator do caso, destacou a ausência de justificativas adequadas para o uso dos fundos, e o colegiado do tribunal acompanhou essa posição de forma unânime.
Ainda de acordo com a reportagem, além da condenação no TCE-MG, Maurício Toledo Jacob também responde a processos por usurpação de bens da União.

Sudeste

Ex-prefeito e doador de campanha de Pablo Marçal é condenado por má gestão de recursos públicos

247 - O empresário bilionário Salo Davi Seibel, que anteriormente financiou campanhas de Jair Bolsonaro e Ricardo Salles, mudou seu foco de contribuições políticas e agora é doador do PSB, partido da deputada Tabata Amaral. De acordo com informações do jornalista <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/bilionario-que-financiou-bolsonaro-e-salles-agora-doa-ao-psb-de-tabata">Igor Gadelha</a>, do Metrópoles, em 17 de junho, Seibel doou R$ 25 mil ao PSB, conforme consta na prestação de contas da sigla apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em 2022, Seibel doou R$ 50 mil para a campanha de reeleição de Bolsonaro. No mesmo ano, ele também destinou R$ 50 mil para a campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo e R$ 15 mil para o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS).
Ainda de acordo com a reportagem, Seibel, um dos controladores do grupo Ligna, passa a integrar a lista de doadores do PSB ao lado de nomes como o apresentador Luciano Huck e o fundador da Natura, Guilherme Leal. Ainda figuram a lista nomes como Armínio Fraga, da Gávea Investimentos; Luís Stuhlberger, da Verde Asset; e o ex-presidente do Banco Central e do BNDES, Persio Arida.
A reportagem acrescenta, ainda, que as doações ao PSB em 2024 coincidem com a pré-candidatura da deputada Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo. De janeiro a julho, a sigla já arrecadou R$ 595 mil em doações, de acordo com dados do TSE.

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