247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, <a href="https://brazilstockguide.com/2025/08/29/acelen-biofuel-rd-hub-bndes/">segundo o portal</a> Brazil Stock Guide, a inauguração do Acelen Agripark, em Montes Claros (MG). O centro tecnológico, financiado com R$ 257,9 milhões pelo programa BNDES Mais Inovação, tem como objetivo impulsionar pesquisas e desenvolvimento de combustíveis sustentáveis a partir da macaúba, uma planta nativa de elevado potencial energético.
Na cerimônia realizada nesta sexta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a liderança do Brasil em energias renováveis. “Hoje é um dia especial para mim, a concretização de um sonho que se tornou realidade. O Brasil será o campeão mundial nessa transição energética”, afirmou Lula, ao ressaltar o papel histórico do país na produção de etanol e biodiesel.
<h3>Um marco para a transição energética</h3>
O Acelen Agripark é considerado o maior centro agroindustrial do mundo dedicado à macaúba. Ele será responsável por pesquisas que vão desde o mapeamento genético da planta até processos de clonagem e melhoramento, fundamentais para a futura biorrefinaria de combustíveis da Acelen, prevista para São Francisco do Conde, na Bahia.
Na fase inicial de operação, a unidade deve gerar 200 empregos diretos. Além disso, o projeto como um todo prevê investimentos da ordem de US$ 2,7 bilhões, com capacidade para produzir até 1 bilhão de litros anuais de combustível verde, além de impactar mais de 90 mil empregos em diferentes elos da cadeia produtiva.
<h3>BNDES mira no “combustível do futuro”</h3>
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância estratégica do projeto para o país e para o setor de transportes. “Às vésperas da COP30, o Brasil avança na descarbonização da aviação e do setor de transportes pesados com apoio do BNDES. Somos o maior financiador de energia renovável do mundo e de ônibus elétricos na América Latina: são R$ 3,8 bilhões para aquisição de 1.701 veículos”, declarou.
Essa é a primeira vez que o banco direciona recursos para o desenvolvimento do SAF (Sustainable Aviation Fuel, ou Combustível Sustentável de Aviação), considerado o “combustível do futuro” pelo setor.
<h3>Inovação tecnológica com macaúba</h3>
Com capacidade para germinar 1,7 milhão de sementes por mês e produzir 10,5 milhões de mudas de macaúba por ano, o Agripark já registra avanços. No início de 2023, a equipe agroindustrial da Acelen realizou a primeira extração industrial de óleo da planta, utilizando tecnologia inédita.
“O Brasil é pioneiro em integrar décadas de conhecimento acumulado sobre a macaúba com tecnologias capazes de garantir escala global”, explicou Luiz de Mendonça, CEO da Acelen Renováveis. Segundo ele, o projeto reúne universidades, centros de pesquisa e instituições internacionais para desenvolver soluções que vão da rastreabilidade à certificação.
<h3>Inclusão produtiva no campo</h3>
Durante o evento, também foi lançado o programa Acelen Valoriza, voltado à inclusão de agricultores familiares na cadeia produtiva. A estratégia prevê que 20% do combustível sustentável seja originado da agricultura familiar, beneficiando diretamente mais de 10 mil famílias.
Maria Eunice Soares de Machado Costa, conhecida como dona Nice, foi homenageada ao representar os agricultores de Montes Claros. “Me dedico ao cultivo da macaúba há mais de 20 anos”, lembrou ela, ao assinar a parceria com a Acelen. A agricultora é referência na cooperativa local e participou da retomada de atividades após a pandemia.
Em maio deste ano, a empresa inaugurou sua primeira fazenda-modelo de mudas de macaúba, em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, com 198 hectares cultivados e cerca de 90 mil mudas plantadas. A previsão é que a produção em escala de combustíveis a partir da macaúba tenha início em 2030.

Luis Mauro Filho

Lula e CEO da Acelen entregam placa em homenagem a dona Nice

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Brasil

Com financiamento do BNDES, centro tecnológico da Acelen para produzir combustíveis sustentáveis é inaugurado

Reuters - A Petrobras iniciou o processo de contratação para construir a sua primeira planta dedicada à produção de BioQAV e de diesel renovável, na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão (SP), informou a companhia em comunicado nesta quarta-feira.
O projeto prevê capacidade de processamento de cerca de 950 mil toneladas por ano de matérias-primas de origem vegetal e gordura animal, gerando uma capacidade de produção de até 16 mil bpd de renováveis, incluindo BioQAV e diesel renovável.
Os contratos devem ser assinados no segundo semestre de 2026 e as obras iniciadas no fim do mesmo ano, afirmou a companhia. Devem ser gerados, aproximadamente, três mil postos de trabalho para a execução das obras.
A companhia detalhou que o projeto foi dividido em cinco pacotes de contratação, sendo que a licitação do primeiro já está aberta e refere-se à unidade de pré-tratamento, responsável pela retirada das impurezas da matéria-prima para posterior conversão nos produtos BioQAV e diesel 100% renovável.
A projeção é que sejam instalados tanques para armazenamento de derivados e de matérias-primas como óleo de soja e sebo bovino provenientes, principalmente, das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
"A planta dedicada para a produção de combustíveis renováveis na RPBC e a oferta de novos produtos ao mercado serão um marco no desenvolvimento sustentável a que estamos nos propondo", disse no comunicado a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi.

Paulo Emilio

Fachada de prédio da Petrobras no Rio de Janeiro 04/2025

Economia

Petrobras inicia contratação para 1ª planta de BioQAV e diesel renovável em São Paulo

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