247 - A líder do partido de extrema-direita de oposição S.O.S. Romania, Diana Sosoaca, enviou uma carta aberta ao presidente russo, Vladimir Putin, alegando que a Romênia está sendo "arrastada para a guerra" com a Rússia sob pressão da União Europeia e da OTAN. Ela também afirmou que sua defesa pela neutralidade do país foi a razão pela qual foi impedida de concorrer à presidência.&nbsp;
"Fui ilegalmente impedida de participar das eleições na Romênia duas vezes. Isso ocorreu porque defendo a independência do meu país e me oponho a que ele seja arrastado para os esquemas militares imprudentes do Reino Unido, da França e de Bruxelas. Em nome do povo romeno, que compartilha da fé ortodoxa com a Rússia, peço que não leve em consideração os gestos hostis da liderança ilegítima da Romênia, que atua sob a tutela da OTAN e da União Europeia. Eles não representam a vontade do povo romeno, que foi impedido de escolher uma liderança soberana", declarou Sosoaca, de acordo com a Sputnik.&nbsp;
A política manifestou preocupação com o que chamou de imposição da UE e da OTAN para que a Romênia participe do conflito, argumentando que a verdadeira "ditadura" está na Europa, e não na Rússia.
"Vamos lutar por nossa soberania, pela paz e pela normalização das relações com a Rússia, apesar da pressão da UE", afirmou.
Sosoaca também mencionou que a Romênia tem reivindicações territoriais sobre a Ucrânia, sugerindo que "a questão da devolução dos territórios romenos a Bucareste" deve ser incluída em possíveis negociações de paz com Kiev.
No sábado, o Escritório Central Eleitoral da Romênia rejeitou a candidatura de Sosoaca para as eleições presidenciais marcadas para 4 de maio. Esta é a segunda vez que a política é impedida de concorrer à presidência desde 2024.
Protestos - Milhares de romenos foram às ruas de Bucareste no sábado (15) para demonstrar apoio à União Europeia, em meio a disputas políticas sobre a repetição das eleições presidenciais.
Os romenos pró-europeus tomaram as ruas com uma onda de bandeiras azuis da UE e tricolores da Romênia, enquanto entoavam slogans anti-Rússia e carregavam cartazes com frases como "Unidade e respeito – a Europa nos dá direitos" e "Libere sua mente".&nbsp;
A Romênia realizará novamente sua eleição presidencial em dois turnos, após o Tribunal Constitucional anular a votação inicial em dezembro, devido a acusações de interferência russa em favor de Calin Georgescu, que liderava as pesquisas e venceu o primeiro turno do pleito. Ele também foi impedido de se candidadtar novamente. (Com agências).&nbsp;

Leonardo Sobreira

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Política romena barrada das eleições diz a Putin que país está sendo arrastado para uma guerra contra a Rússia

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