247 – O cientista político Steven Levitsky, professor de Harvard e coautor do best-seller “Como as democracias morrem”, afirmou que, atualmente, o Brasil tem um sistema democrático mais sólido que o dos Estados Unidos. Em entrevista à <a href="https://www.bbc.com/portuguese/articles/cz6gqxe745jo">BBC News Brasil</a>, concedida nesta segunda-feira (21), ele destacou a atuação das instituições brasileiras frente às ameaças recentes à democracia.
Segundo Levitsky, a resposta do Brasil aos ataques institucionais durante e após as eleições de 2022 foi mais firme e coordenada do que a dos EUA diante da tentativa de invasão ao Capitólio em 2021. Segundo o autor, o Supremo Tribunal Federal (STF) teve um papel decisivo na defesa da democracia durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
"Com relação ao processo contra Bolsonaro, pelo que posso perceber, o tribunal parece estar no seu devido lugar. Este é o trabalho do tribunal: julgar Bolsonaro e puni-lo, se ele for de fato considerado culpado”, afirmou.
Apesar dos elogios, o cientista político fez uma ressalva: passado o momento de crise, o STF deve recuar e evitar interferir na formulação de políticas públicas. "Sempre que há um órgão não eleito formulando políticas, está-se em um território perigoso em uma democracia", diz.
Levitsky também criticou o presidente americano Donald Trump por impor tarifas a exportações brasileiras e sancionar o ministro Alexandre de Moraes, da Corte. Segundo o professor, a postura atual dos EUA é marcada por arrogância e desinformação, classificando as ações do governo norte-americano como intimidação e bullying.
“Não se trata de uma política séria, mas de um país muito grande, rico e poderoso, fazendo política externa de uma república das bananas”, disse. Para Levitsky, o governo brasileiro virou alvo por não demonstrar submissão ao poder americano.
"De nações que não são potências nucleares, que não são a Rússia ou a China, Trump espera subserviência. E governos como o Brasil, que não se curvam, têm mais chances de se tornarem alvos”, afirmou.

Bianca Penteado

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Mundo

"Hoje, o Brasil é um sistema mais democrático do que os Estados Unidos", diz autor de 'Como as democracias morrem'

247 - O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández publicou uma mensagen de solidariedade a Donald Trump (Partido Republicano) depois que o ex-presidente dos Estados Unidos foi alvo de uma suposta tentativa de assassinato na Pensilvânia. 
"Aqueles de nós que acreditam na coexistência democrática condenam sempre a violência. As democracias do mundo devem reagir às pessoas violentas e devem garantir a coexistência no quadro do Estado de direito. Minha sincera solidariedade ao ex-presidente Donald Trump, vítima deste ataque brutal", escreveu Fernández na rede social X. 
Na América Latina, os presidentes <a href="https://www.brasil247.com/poder/lula-atentado-contra-donald-trump-deve-ser-repudiado-por-todos-os-defensores-da-democracia">Luiz Inácio Lula da Silva</a> (Brasil), <a href="https://www.brasil247.com/americalatina/nicolas-maduro-em-nome-da-venezuela-quero-rejeitar-o-atentado-contra-donald-trump">Nicolás Maduro</a> (Venezuela), <a href="https://www.brasil247.com/americalatina/milei-expressamos-profunda-condenacao-a-tentativa-de-assassinato-de-trump">Javier Milei </a>(Argentina), <a href="https://www.brasil247.com/americalatina/gustavo-petro-sobre-o-caso-trump-qualquer-ataque-a-democracia-deve-ser-condenado">Gustavo Petro</a> (Colômbia) e <a href="https://www.brasil247.com/americalatina/boric-repudia-suposto-atentado-contra-donald-trump-violencia-e-ameaca-a-democracias-e-enfraquece-a-nossa-vida-em-conjunto">Gabriel Boric</a> (Chile) expressaram solidariedade a Trump.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Los que creemos en la convivencia democrática, siempre condenamos la violencia. Las democracias del mundo deben reaccionar ante los violentos y deben garantizar la convivencia en el marco del Estado de Derecho. Mi sincera solidaridad con el ex presidente Donald Trump víctima… <a href="https://t.co/DDXTA8ZnHa">pic.twitter.com/DDXTA8ZnHa</a>— Alberto Fernández (@alferdez) <a href="https://twitter.com/alferdez/status/1812290885058498995?ref_src=twsrc%5Etfw">July 14, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

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Alberto Fernández ao comentar o caso Trump: 'democracias do mundo devem reagir'

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