Agência Brasil – A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 9 de maio o julgamento da ação penal na qual a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti são réus pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrido em 2023.
O julgamento será realizado no plenário virtual do colegiado entre os dias 9 e 16 de maio. Durante a análise do caso, os ministros vão decidir se a deputada e o hacker serão condenados ou absolvidos.
Conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), &nbsp;Zambelli foi a autora intelectual da invasão para emissão de um mandato falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. O hacker é réu confesso.&nbsp;
Durante a tramitação do processo, Carla Zambelli negou as acusações de ter atuado como mandante da invasão e ter solicitado o hackeamento a Walter Delgatti.
O hacker reafirmou as acusações contra a parlamentar e confirmou que a invasão foi solicitada por ela.

Redação Brasil 247

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Brasília

STF marca julgamento de Zambelli e Delgatti por invadir sistema do CNJ

247 - Nesta terça-feira (21), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia a análise da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti. Ambos são acusados de invadir sistemas do Poder Judiciário, incluindo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A denúncia é um instrumento formal utilizado pelo Ministério Público para solicitar a abertura de um processo penal. Esse procedimento pode resultar na condenação ou absolvição dos acusados. A sessão desta terça-feira é crucial, pois os cinco ministros da Primeira Turma decidirão se a denúncia possui os elementos necessários para avançar e se transformar em uma ação penal, explica o <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/05/21/stf-pode-tornar-nesta-terca-carla-zambelli-e-hacker-reus-por-invasao-a-sistemas-do-judiciario.ghtml">g1</a>.
Se a denúncia for aceita, Zambelli e Delgatti passarão a responder ao processo como réus no Supremo Tribunal Federal. Vale ressaltar que, dessa decisão, cabe recurso dentro do próprio tribunal. Neste estágio, os ministros avaliam se a acusação da PGR cumpre os requisitos legais e processuais, e se apresenta justa causa – ou seja, se há indícios suficientes para que o processo continue.
Importante destacar que, nesta fase, não se discute o mérito da questão. A análise sobre a existência de crime e a eventual responsabilidade dos acusados ocorrerá em um julgamento posterior, após a fase de instrução processual, que envolve coleta de provas, depoimentos e interrogatórios.
Durante a sessão, as partes envolvidas terão 15 minutos para apresentar seus argumentos. Em seguida, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, deverá proferir seu voto. Os demais membros da Turma, incluindo a ministra Cármen Lúcia e os ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino, também votarão.

Brasil

STF decide nesta terça se torna Zambelli e hacker Delgatti réus por invasão ao sistema do CNJ

247 - Segundo <a href="https://www.brasil247.com/brasil/pgr-denuncia-zambelli-e-hacker-delgatti-por-invasao-aos-sistemas-no-cnj">denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR)</a>, o hacker Walter Delgatti incluiu um falso alvará no sistema da Justiça para soltar um preso ligado à facção criminosa Comando Vermelho. O preso em questão, Sandro Silva Rabelo, mais conhecido como Sandro Louco, foi condenado a mais de 200 anos de prisão por crimes que incluem homicídio, latrocínio, sequestro, porte de arma, roubo e organização criminosa, informa Arthur Stabile, do <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/julia-duailibi/post/2024/04/24/hacker-delgatti-criou-falso-alvara-para-soltar-integrante-de-faccao-condenado-a-mais-de-200-anos.ghtml">g1</a>.
De acordo com a PGR, Delgatti invadiu o Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU) para incluir o documento falso que autorizava a libertação de Sandro Louco, que está preso em Mato Grosso e é considerado pela polícia local como um dos líderes do Comando Vermelho. O Tribunal de Justiça do Mato Grosso confirmou que Sandro Louco permanece preso, mas não detalhou se o alvará chegou a constar no sistema ou em qual momento foi percebido que se tratava de um documento falso. Além disso, Delgatti também inseriu alvarás falsos para a soltura de três presos no Distrito Federal.&nbsp;
"Os alvarás de soltura, portanto, foram elaborados a partir de invasão ao sistema do CNJ. Não obstante terem sido gerados no âmbito do sistema competente, o conteúdo é falso, já que não houve o prévio regular procedimento interno, nem a assinatura real da autoridade competente", diz a PGR, em denúncia contra Delgatti.

Além de ataque a Moraes, Delgatti inseriu em sistema da Justiça alvará de soltura para criminoso do Comando Vermelho e mais três

247 - Internautas demonstraram apoio à decisão da Procuradoria-geral da República de apresentar uma denúncia contra a deputada federal bolsonarista Carla Zambeli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto.
Em uma de suas redes sociais, as críticas à parlamentar bolsonarista chegaram à seção Assuntos do Momento. "Em termos de catarse, o dia da prisão da Carla Zambelli só perderá para a prisão do Jair Bolsonaro...", escreveu uma pessoa.
Outro internauta reforçou que a deputada " é apontada como mandante do crime de invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça que aconteceu em novembro de 2022".
Um perfil escreveu: "a PGR apontou em denúncia ao STF que a Carla Zambelli utilizou o hacker de Araraquara para tentar falsificar um mandado de soltura e tirar da cadeia o líder do Comando Vermelho no Mato Grosso. Pq será que o bolsonarismo está tentando salvar as lideranças do CV? Surgiu aí uma aliança?".
Outra conta nas redes sociais fez a seguinte postagem: "são listados 10 crimes na denúncia O hacker teria inserido a mando de Zambelli um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, além de outros documentos falsos".

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Mídia

Perfis nas redes sociais detonam Carla Zambelli após ser denunciada pela PGR

247 - O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou uma denúncia contra a deputada federal bolsonarista Carla Zambeli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto no contexto da investigação da invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Zambeli foi denunciada como mandante do crime, informa Julia Duailibi, do <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/julia-duailibi/post/2024/04/23/pgr-denuncia-zambelli.ghtml">g1</a>.
"A denúncia é pela prática de 10 crimes: 7 crimes do artigo 154-A e par. 2 do CP (invasão de dispositivo informático); 3 crimes do artigo 299 do CP (falsidade ideológica), por terem inserido documentos ideologicamente falsos no sistema informático", diz a reportagem,
Segundo a Polícia Federal, a invasão do site do CNJ ocorreu em novembro de 2022. Em 4 de janeiro de 2023, Delgatti inseriu documentos falsos no sistema do órgão, como um mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, assinado pelo próprio magistrado.
De acordo com o hacker, Zambeli redigiu o falso mandado - a parlamentar nega. Também foi inserido no sistema um mandado falso de quebra de sigilo das contas bancárias do ministro.

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