<p><b>247 - </b>Durante a 65ª Cúpula do Mercosul, realizada nesta sexta-feira (6) em Montevidéu, no Uruguai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o papel do bloco como um modelo de integração econômica alinhada à responsabilidade ambiental. Em discurso, Lula defendeu a liderança do Mercosul na transição energética e no enfrentamento das mudanças climáticas. "Nosso bloco tem uma oportunidade histórica de liderar a transição energética e enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas", afirmou.</p>
<p>O portal oficial do governo destacou as propostas do presidente, que incluem o lançamento de um programa de cooperação para agricultura de baixo carbono e a promoção de exportações agrícolas sustentáveis, batizado de "Mercosul Verde". Segundo Lula, a iniciativa visa fortalecer a posição do bloco como protagonista em práticas ambientais responsáveis.</p>
<h3><b>Compromisso climático</b></h3>
<p>Lula ressaltou que o Brasil já apresentou uma nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), ampliando o compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa. "Assumimos a meta ambiciosa para 2035 de reduzir emissões de 59 a 67% em relação a 2005", declarou. Ele convidou os países do Mercosul e da União Europeia a apresentarem metas igualmente ambiciosas antes da COP30, que será sediada em Belém do Pará, na Amazônia brasileira, em 2025.</p>
<p>“Com isso, nossa responsabilidade aumenta. Convido os países do Mercosul e Associados e a União Europeia a apresentarem NDCs ambiciosas e a participarem ativamente nos esforços que levarão ao pleno êxito da COP30”, enfatizou o presidente.</p>
<h3><b>Integração regional e projetos estruturais</b></h3>
<p>O presidente também destacou a relevância de projetos de integração regional, como os financiados pelo Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). Lula comemorou a aprovação, após 12 anos, do financiamento para o anel viário no município de Amambai (MS), que fortalecerá os vínculos com o Paraguai. Além disso, mencionou o projeto "Rotas da Integração Sul-Americana", que prevê 190 obras de infraestrutura para reduzir o custo e o tempo de transporte entre o Brasil e seus vizinhos.</p>
<p>“As rotas têm o papel de interiorizar o desenvolvimento e reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias entre o Brasil e seus vizinhos, ligando o Atlântico ao Pacífico”, explicou.</p>
<h3><b>Economia e expansão do Mercosul</b></h3>
<p>Lula enfatizou o fortalecimento econômico do Mercosul com a entrada da Bolívia, que posiciona o bloco como a sétima maior economia do mundo, com um PIB combinado de quase 3 trilhões de dólares. "O comércio entre nós mobiliza a expressiva soma de 55 bilhões de dólares. 75% dessa cifra é de produtos de alto valor agregado", destacou. Ele também saudou a entrada do Panamá como primeiro Estado Associado do Mercosul na América Central, ampliando o alcance do bloco.</p>
<p>Além disso, Lula mencionou a conclusão das negociações para o acordo de parceria entre o Mercosul e a União Europeia, considerado um marco para as relações econômicas e comerciais internacionais do bloco.</p>
<h3><b>Reforma global e solidariedade regional</b></h3>
<p>O presidente agradeceu o apoio dos países do Mercosul durante a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, em novembro, onde foi lançada a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Ele defendeu a correção da baixa representação da América Latina em instituições como a ONU e os organismos de Bretton Woods. “Nossa atuação conjunta foi fundamental para a aprovação de um Chamado à Ação para a Reforma da Governança Global”, afirmou Lula.</p>

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Lula na Cúpula do Mercosul: "bloco é exemplo de equilíbrio entre desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental"

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