247 - A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI das Bets, declarou que passou a viver sob forte tensão e medo após receber ameaças relacionadas ao relatório final da comissão. A parlamentar afirmou, em declaração publicada por Paulo Cappelli, do <a href="https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/nao-tomo-mais-agua-e-cafe-do-senado-diz-senadora-com-medo-de-veneno">Metrópoles</a>, que abandonou o consumo de qualquer bebida oferecida dentro do Senado e que adotou medidas de segurança extremas. “Não tomo mais nem água nem café que venham de dentro do Senado. Estou andando com segurança armada até os dentes”, disse.
As declarações foram feitas depois da leitura do relatório final da CPI, que pedia o indiciamento de 16 investigados, entre eles donos de sites de apostas e influenciadores digitais como Virgínia Fonseca e Deolane Bezerra. Apesar dos esforços da relatora, o texto foi rejeitado pela comissão por quatro votos a favor e três contrários — insuficientes para aprovação.
Rejeição e clima hostil entre parlamentares - Segundo a senadora, as ameaças começaram dias antes da apresentação do relatório e se intensificaram à medida que os trabalhos da CPI avançavam. “Se cair uma unha minha, de alguém da minha família ou de alguém da minha equipe, sei de quem é a culpa. Não vou dizer quem foi, mas, se analisar quem assinou pela abertura da CPI, quem virou membro e quem a sabotou, você saberá quem me caluniou e me difamou”, afirmou, revelando que acionou a Polícia Federal.
Internamente, Soraya já expressava insatisfação com o presidente da CPI, senador Dr. Hiran (PP-RR), a quem acusava de enfraquecer os trabalhos deliberadamente. Ela atribui essa postura a uma orientação do presidente do Progressistas, Ciro Nogueira. A senadora também relatou ao senador Fabiano Contarato (PT) que as convocações das sessões eram feitas de última hora e que havia uma articulação entre parlamentares para esvaziar o quórum e impedir o avanço das investigações.
Viagem de senador e pedido de afastamento - O clima na comissão azedou ainda mais após a revelação de que o próprio Ciro Nogueira, membro da CPI, viajou a Mônaco em um jato particular pertencente a Fernando Oliveira Lima, empresário apontado pela relatora como “um dos principais nomes do setor de apostas online no Brasil” e um dos alvos do relatório.
Diante da repercussão, Soraya solicitou que Ciro fosse excluído da comissão, sob o argumento de que sua presença comprometia a “imparcialidade e a credibilidade dos trabalhos investigativos”. O pedido, porém, não foi aceito.
O episódio evidencia as dificuldades enfrentadas pela relatora no curso da apuração, em um cenário de pressões políticas, interesses empresariais e disputas internas. A CPI das Bets, que prometia investigar a fundo o mercado de apostas esportivas e suas conexões com personalidades públicas, termina sob questionamentos e suspeitas levantadas pela própria senadora que conduziu os trabalhos.

Guilherme Levorato

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Brasília

Senadora Soraya denuncia ameaças e diz que não consome "nem água nem café" do Senado

247 - A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI das Bets, revelou ter sido alvo de ameaças e intimidações nos dias que antecederam a apresentação de seu relatório final. A denúncia foi feita em entrevista publicada pelo <a href="https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/senadora-soraya-relata-ameaca-a-pf-e-passa-a-usar-seguranca-armada">Metrópoles </a>nesta quinta-feira (13).
Segundo Soraya, as ameaças começaram a surgir justamente no período crítico em que concluía o parecer da comissão, que recomenda o indiciamento de 16 pessoas, incluindo empresários, donos de casas de apostas e celebridades como Virgínia Fonseca e Deolane Bezerra. "Recebi ameaças veladas e ligações. Levaram mensagens de que eu estava mexendo com gente perigosa, com mafiosos, tentaram me chantagear com dossiês", afirmou a senadora.
Diante do clima de intimidação, a parlamentar decidiu reforçar sua segurança pessoal e evitar qualquer risco dentro do próprio Congresso Nacional. "Não tomo mais nem água nem café que venham de dentro do Senado. Estou andando com segurança armada até os dentes", relatou.
Embora não tenha citado nomes, Soraya afirmou ter conhecimento da origem das ameaças e informou que já registrou todos os episódios em atas notariais e formalizou uma queixa junto à Polícia Federal (PF). “Se cair uma unha minha, de alguém da minha família ou de alguém da minha equipe, sei de quem é a culpa. Não vou dizer quem foi, mas, se analisar quem assinou pela abertura da CPI, quem virou membro e quem a sabotou, você saberá quem me caluniou e me difamou”, declarou.
Apesar de o relatório ter sido rejeitado por membros da própria comissão, Soraya garantiu que não pretende encerrar o trabalho de investigação. “Farei deste limão uma belíssima limonada. A rejeição dos membros da CPI demonstra quem está a favor dos brasileiros. A vergonha é alheia, é deles. Meu dever é levar todas as informações para a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal”, afirmou.
Nos bastidores da CPI, Soraya vinha denunciando pressões políticas e dificuldades impostas pelo presidente da comissão, senador Dr. Hiran (PP-RR), que, segundo ela, estaria atuando a mando do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira. A senadora relatou ao colega Fabiano Contarato (PT) que houve convocações de última hora e sucessivas faltas dos membros da comissão com o objetivo de inviabilizar o quórum necessário e atrasar o andamento das investigações.
As tensões se agravaram após a divulgação de uma viagem de Ciro Nogueira a Mônaco, realizada em jatinho do empresário Fernando Oliveira Lima, um dos principais investigados pela CPI e apontado por Soraya como "um dos principais nomes do setor de apostas online no Brasil".
O caso acrescenta mais um capítulo às disputas e conflitos de bastidores envolvendo a CPI das Bets, que investiga irregularidades no setor de apostas esportivas e suas possíveis conexões políticas.

Laís Gouveia

Brasil

Alegando ameaça, senadora Soraya aciona PF e adota escolta armada

247 - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets foi oficialmente encerrada nesta quinta-feira (12) sem a aprovação de um relatório final. O parecer da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que recomendava o indiciamento de 16 pessoas, foi rejeitado por 4 votos a 3 em uma sessão esvaziada. As informações são do <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/06/12/cpi-das-bets-rejeita-relatorio-final-e-indicimento-de-virginia-deolane-e-mais-14.ghtml">g1</a>.
Criada para investigar possíveis crimes e irregularidades no setor de apostas esportivas no Brasil, a comissão terminou seus trabalhos sem consenso entre os membros. Votaram contra o relatório os senadores Angelo Coronel (PSD-BA), Eduardo Gomes (PL-TO), Efraim Filho (União-PB) e Professora Dorinha Seabra (União-TO). Já os votos favoráveis vieram de Soraya Thronicke, Eduardo Girão (Novo-CE) e Alessandro Vieira (MDB-SE).
O parecer da relatora incluía acusações de lavagem de dinheiro, estelionato, publicidade enganosa e envolvimento em organizações criminosas. Entre os nomes citados estavam os das influenciadoras Virginia Fonseca e Deolane Bezerra, que juntas somam quase 75 milhões de seguidores nas redes sociais.
Soraya acusava Virginia Fonseca de induzir seguidores a realizar apostas com simulações irreais de ganho, o que, segundo ela, configuraria publicidade enganosa e estelionato. Deolane Bezerra, por sua vez, era apontada como sócia oculta da empresa ZeroUm, e também foi acusada de lavagem de dinheiro, estelionato, jogo de azar e integração a organização criminosa.
Além disso, o relatório indicava a empresa Paybrokers como possível intermediária no repasse de recursos de sites de apostas. A senadora afirmava que o setor teria movimentado até R$ 129 bilhões em 2024, com destaque para a migração de recursos de famílias de baixa renda para as apostas.
Thronicke também propunha uma série de projetos de lei com o objetivo de conter o que chamou de “crescimento descontrolado e desregulado das bets”. Segundo ela, as propostas serão apresentadas ao Senado independentemente do fim da comissão. “Farei a entrega do relatório e de toda documentação, que nós colacionamos, para as autoridades competentes para continuarem na investigação, indiciarem e depois apresentar para o Judiciário”, declarou à imprensa após a votação.
Instalada há sete meses, a CPI enfrentou dificuldades desde o início. Com quórum frequentemente baixo e pouco apoio político, a comissão foi alvo de críticas dentro do Senado. Lideranças e até o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), demonstraram insatisfação com os rumos da investigação, especialmente pelas audiências com influenciadores digitais, consideradas por muitos como uma forma de “espetacularização”.
Durante a oitiva de Virginia Fonseca, por exemplo, houve aglomeração de fãs nos corredores do Senado. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) chegou a pedir fotos com a influenciadora. Em outra sessão, o influenciador Rico Melquiades chegou a mostrar aos parlamentares como jogar no aplicativo de apostas conhecido como "Tigrinho".

Otávio Rosso

Virgínia fala a CPI como testemunha a pedido da relatora, Soraya Thronicke

CPI das Bets rejeita relatório e pedido de indiciamento de influenciadores

247 - A relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), apresentou nesta terça-feira (10) um relatório com 16 pedidos de indiciamento, incluindo os nomes das influenciadoras Virginia Fonseca e Deolane Bezerra, além de empresários e donos de plataformas de apostas, informa a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/cpi-das-bets-relatora-pede-indiciamento-de-virginia-fonseca-e-deolane/">CNN Brasil</a>.
O documento, que ainda será votado pelo colegiado, aponta supostos crimes cometidos pelos investigados. Virginia Fonseca, que depôs à CPI em 13 de maio, foi incluída no relatório por publicidade enganosa e estelionato, acusada de promover casas de apostas sem deixar claro os riscos envolvidos. Já Deolane Bezerra é alvo de pedidos de indiciamento por contravenções penais (jogo de azar e loteria não autorizada) e pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Parentes da influenciadora também foram citados no parecer. &nbsp;
Deolane, que foi presa em setembro de 2024 durante a Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco, não compareceu à CPI após ser liberada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela ficou detida por 20 dias e segue sob investigação. &nbsp;
Propostas para regulamentação - Apesar de não ter poder para indiciar diretamente, a CPI encaminhará as conclusões ao Ministério Público para apuração civil e criminal. O relatório também propõe um pacote de medidas legislativas, como a criação de um cadastro nacional de apostadores, a criminalização da publicidade de cassinos online e maior fiscalização por parte de bancos e instituições financeiras. &nbsp;
Repercussão e próximos passos - Presidida pelo senador Dr. Hiran (PP-RR), a CPI ouviu 19 pessoas, enquanto outras seis ignoraram convocações. Apesar de pedidos por nova extensão do prazo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), barrou a ideia. Agora, o relatório final será submetido à votação antes do encerramento dos trabalhos. &nbsp;

Mídia

CPI das Bets: relatora pede indiciamento de Virginia Fonseca, Deolane Bezerra e mais 14 pessoas

247 - Dois depoimentos considerados centrais para os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, no Senado Federal, foram frustrados nesta terça-feira (27), após a ausência do influenciador Luan Kovarik, conhecido como Jon Vlogs, e do empresário Jorge Barbosa Dias, dono da plataforma MarjoSports, relata o <a href="https://www.metropoles.com/brasil/jon-vlogs-falta-a-cpi-das-bets-senador-ameca-com-conducao-coercitiva">Metrópoles</a>.&nbsp;
Ambos haviam sido convocados para prestar esclarecimentos à comissão que investiga a atuação de plataformas de apostas on-line e sua influência no cotidiano de milhares de brasileiros. Jon Vlogs compareceria na condição de investigado por sua atuação na promoção de jogos de aposta. Barbosa Dias, por sua vez, seria ouvido como testemunha sobre o processo de credenciamento de sua empresa junto à Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj).
Senadores reagem com dureza às ausências - A ausência dos convocados provocou reações indignadas por parte dos senadores. O presidente da CPI, senador Dr. Hiran (PP-RR), classificou o episódio como um sinal de desrespeito. “Sua falha em comparecer não é um mero inconveniente, é um ato de desprezo com essa comissão, o povo brasileiro e as famílias devastadas pelas ações descontroladas das plataformas de apostas”, afirmou o parlamentar.
Diante da recusa, Hiran anunciou que encaminhará medidas à advocacia do Senado. “Reprovamos esse comportamento com a máxima severidade, pois obstrui a nossa capacidade de integrar justiça e transparência, motivo pelo qual determinarei a adoção de medidas apropriadas para a advocacia do Senado, incluindo uma possível condução coercitiva”, declarou.
“Condução coercitiva é o remédio”, diz relatora - A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI, também reprovou o comportamento dos ausentes. “A condução coercitiva é o remédio que temos para que essas pessoas venham, para que sejam ouvidas”, disse, classificando o não comparecimento como “má vontade e desculpa”.
Thronicke foi a responsável por apresentar o requerimento para a convocação de Jon Vlogs, destacando sua importância no mercado de apostas. Segundo ela, “a presença nesta Comissão Parlamentar de Inquérito é crucial para esclarecer a responsabilidade dos influenciadores digitais na criação e promoção de plataformas de apostas, bem como para investigar os potenciais conflitos éticos envolvidos nessas práticas”.
No caso do empresário Jorge Barbosa Dias, a senadora destacou que sua oitiva seria essencial para esclarecer os critérios adotados pela Loterj no credenciamento da MarjoSports. “Sua presença nesta Comissão é essencial para esclarecer os critérios de credenciamento de empresas do setor, avaliar possíveis falhas regulatórias e compreender os riscos de reincidência de práticas ilegais”, argumentou.
CPI das Bets mira influência das plataformas e possíveis crimes - A CPI das Bets foi instalada em novembro de 2024 com a missão de apurar a crescente presença dos jogos virtuais de apostas no cotidiano brasileiro. Os senadores querem entender o impacto econômico dessas plataformas no orçamento das famílias, além de investigar a possível associação dessas empresas com esquemas de lavagem de dinheiro e o papel de influenciadores digitais na divulgação dessas atividades.
Nas últimas semanas, nomes conhecidos do mundo digital como Virginia Fonseca e Rico Melquiades já prestaram depoimentos à comissão.

Jon Vlogs ignora CPI das Bets e pode ser alvo de condução coercitiva

247 - A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets no Senado, formalizou nesta terça-feira (27) um pedido de afastamento do senador Ciro Nogueira (PP-PI) da comissão. A solicitação foi enviada por meio de ofício ao senador Dr. Hiran (PP-RR), que preside a CPI e também lidera o bloco Aliança, formado por PP e Republicanos, informa o <a href="https://www.metropoles.com/brasil/soraya-pede-retirada-de-senador-de-cpi-por-vinculo-com-investigado">Metrópoles</a>.
De acordo com Soraya, a medida é necessária para proteger “a imparcialidade e a credibilidade dos trabalhos investigativos” da comissão. A argumentação da senadora se baseia em revelações da revista Piauí, que publicou detalhes de uma viagem de Ciro Nogueira a Mônaco ao lado do empresário Fernando Oliveira Lima — conhecido como Fernandin OIG —, um dos alvos da CPI. A viagem, segundo a reportagem, foi realizada em uma aeronave de propriedade do empresário.
“A presente solicitação fundamenta-se na necessidade de preservar a imparcialidade e a credibilidade dos trabalhos investigativos desta CPI”, escreveu a senadora. Ela prossegue explicando que a imprensa nacional divulgou “informações e imagens que indicam que o referido parlamentar teria viajado recentemente para Mônaco em aeronave de propriedade de Fernando Oliveira Lima, empresário investigado por esta Comissão e um dos principais nomes do setor de apostas on-line no Brasil — setor que constitui o objeto central da investigação”.
Segundo a reportagem da Piauí, Ciro Nogueira e Fernandin embarcaram em um jato executivo modelo Gulfstream G650ER, partindo do interior de São Paulo em direção à cidade francesa de Nice. O destino final da viagem era o Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1.
Fernando Oliveira Lima é proprietário da One Internet Group, empresa que comanda a plataforma 7 Games Bet, responsável por oferecer diversos jogos de apostas, entre eles o popular “Fortune Tiger”, também conhecido como “jogo do tigrinho”. A CPI das Bets tem como foco justamente apurar irregularidades no setor de apostas eletrônicas, cujas atividades cresceram exponencialmente nos últimos anos e têm sido alvo de denúncias por suposta prática de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e envolvimento com organizações criminosas.
A permanência de Ciro Nogueira na comissão, diante das evidências da relação pessoal com um dos principais investigados, passou a ser considerada, por parte da relatoria, um obstáculo à condução isenta da apuração. A decisão agora cabe à presidência da CPI e à liderança do bloco parlamentar responsável pela indicação do senador ao colegiado.

Soraya Thronicke pede afastamento de Ciro Nogueira da CPI das Bets por vínculo com investigado

247 - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, instalada no Senado para investigar a atuação de plataformas de apostas esportivas no Brasil, aprovou nesta quarta-feira (21) a convocação do influenciador digital Carlinhos Maia para prestar depoimento como testemunha. A informação é do <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/05/21/cpi-das-bets-convoca-influenciador-carlinhos-maia-e-pede-analise-de-financas-de-virginia-fonseca.ghtml">g1.</a>
Com mais de 34 milhões de seguidores nas redes sociais, Maia se junta a uma lista crescente de personalidades da internet chamadas a explicar sua relação com empresas do setor. O requerimento é de autoria da relatora da comissão, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que justificou a convocação destacando o poder de influência do criador de conteúdo, especialmente sobre "públicos vulneráveis". Segundo o documento, é fundamental compreender os "termos e a natureza dessas relações contratuais, bem como os critérios éticos e legais adotados para a divulgação desses conteúdos". A data da audiência ainda não foi definida.Além da convocação, a CPI também aprovou pedidos para que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) elabore Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) sobre as movimentações dos influenciadores Virgínia Fonseca e Rico Melquíades. Ambos já prestaram depoimento à comissão nas últimas semanas, mas os parlamentares agora querem aprofundar a análise sobre os ganhos e contratos relacionados à promoção de apostas online.No caso de Virgínia Fonseca, o pedido menciona diretamente suas campanhas publicitárias para casas de apostas.&nbsp;
A relatora afirma que "é necessário esclarecer o papel dos influenciadores digitais, como Virgínia Fonseca, na promoção de jogos de azar, bem como avaliar a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa nesse setor". Ainda segundo o documento, o RIF será "de fundamental importância para o andamento das investigações sobre a promoção de apostas online no Brasil, contribuindo para o esclarecimento da atuação dos influenciadores digitais neste mercado".Rico Melquíades, conhecido pelo alcance expressivo nas redes sociais, também entrou no radar do Coaf por sua atuação nesse segmento. O requerimento aprovado pela CPI sustenta que "a atuação de Rico Melquiades, influenciador com grande alcance nas redes sociais, é um dos pontos centrais para a compreensão do papel da publicidade digital na disseminação desse tipo de conteúdo".
A CPI das Bets foi criada em meio à crescente preocupação com a influência de personalidades digitais na popularização das apostas online, um setor que movimenta bilhões e opera, em muitos casos, sob pouca regulação. Os parlamentares querem entender como esses contratos são firmados, o impacto sobre o público jovem e vulnerável e se há irregularidades ou práticas abusivas por trás da divulgação das plataformas.Com a ampliação das investigações, a comissão indica que vai seguir convocando novos nomes e exigindo dados financeiros para cruzamento de informações. O objetivo é traçar um panorama detalhado das relações entre influenciadores e empresas de apostas, de olho na criação de uma regulamentação mais rígida para o setor.

CPI das bets convoca Carlinhos Maia e solicita dados financeiros de Virgínia Fonseca ao Coaf

247 - O advogado Michel Saliba, que representa a influenciadora digital Virginia Fonseca, classificou como um desvio de foco a possibilidade de indiciamento de influenciadores que divulgam sites de apostas esportivas. A declaração foi dada em entrevista à <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/defesa-de-virginia-indiciamento-seria-desfocar-objetivo-de-cpi-das-bets/">CNN Brasil</a>, após a participação de sua cliente na CPI das Bets, no Senado Federal, na semana passada.
“Seria desfocar o real objetivo da CPI, que é apurar a regularidade do funcionamento das bets. Os influenciadores, os meros divulgadores, não praticam ilícito, ou não praticam crime algum. Então, como indiciar alguém que só faz publicidade de algo que não é ilegal?”, afirmou Saliba, ao defender a legalidade das ações de Virginia nas redes sociais.
A influenciadora foi convocada a depor a pedido da relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Segundo o advogado, o depoimento “contribuiu muito para a Comissão” e Virginia tem “plena consciência da licitude dos seus atos”.
Para Saliba, o alvo da investigação deve ser o funcionamento das casas de apostas e possíveis irregularidades cometidas por elas. “Todos os que fazem propaganda das Bets, o fazem porque a atividade é lícita. Se há pessoas investindo ou financiando as Bets para finalidades ilícitas ou lavagem de dinheiro, isso sim deve ser objeto de apuração”, declarou.
Além de Virginia, a CPI também ouviu o influenciador Rico Melquiades na mesma semana. Ele foi convocado, também a pedido da senadora Soraya Thronicke, por ter sido citado na Operação Game Over 2 — ação da Polícia Civil de Alagoas que investiga a promoção irregular de jogos de azar online.
Instalada em novembro de 2024, a CPI das Bets tem como objetivo investigar os impactos dos jogos de apostas no orçamento das famílias brasileiras e possíveis vínculos entre as plataformas e organizações criminosas, com foco especial no uso de influenciadores digitais para promover essas atividades.

Defesa de Virgínia diz que indiciamento da influenciadora seria desfocar o objetivo da CPI das Bets

247 - Poucos dias após prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets no Senado, a influenciadora Virginia Fonseca voltou a ser alvo de críticas nas redes sociais. O motivo foi sua participação em um vídeo no qual canta e dança uma música que faz referência direta ao “tigrinho”, apelido popular do jogo de apostas online Fortune Tiger.
Segundo o <a href="https://www.metropoles.com/celebridades/virginia-fonseca-canta-hit-sobre-tigrinho-apos-depor-na-cpi-das-bets">Metrópoles</a>, o episódio ocorreu no sábado (17), durante uma gravação no Rancho do Maia, do também influenciador Carlinhos Maia. No registro, Virginia aparece empolgada ao som da música Oh Garota Eu Quero Você Só Pra Mim, parceria entre Zé Felipe (seu marido), Oruam, MC Tuto e Rodrigo do CN. Um dos versos chama atenção por sua menção direta ao universo das apostas: “tá doida com o dinheiro do tigrinho”.
A publicação do vídeo gerou reações diversas, com muitos internautas interpretando o gesto como um deboche ao processo em curso no Senado. O episódio ganha relevância por ter ocorrido imediatamente após sua participação na CPI das Bets, que investiga a relação entre influenciadores digitais e plataformas de jogos de azar online.
Durante a audiência, conduzida pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), Virginia respondeu a questionamentos sobre contratos milionários com casas de apostas. Sua presença na CPI foi considerada central para os trabalhos da comissão, dada a dimensão de sua influência, especialmente sobre o público jovem nas redes sociais. O foco dos parlamentares é entender como essas empresas têm se promovido através de conteúdos digitais, muitas vezes com forte apelo visual e linguagem direcionada à juventude.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">GENTE? Após depor na CPI das Bets, Virginia Fonseca participa do Rancho do Maia e canta música sobre “dinheiro do tigrinho”. <a href="https://t.co/qZJH5iIN0g">pic.twitter.com/qZJH5iIN0g</a>&mdash; poponze (@poponze) <a href="https://twitter.com/poponze/status/1923931646375420270?ref_src=twsrc%5Etfw">May 18, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Tá nos Trends

Virgínia surge em vídeo cantando música do 'tigrinho' após depor à CPI das Bets

247 - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, instaurada no Senado no fim de 2024, decidiu ampliar o escopo de investigação e convocou novos influenciadores digitais e artistas para esclarecer a relação entre o mercado das apostas on-line e a promoção feita por celebridades, informa o <a href="https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2025/05/cpi-das-bets-mira-novos-influenciadores-apos-convocacao-de-virginia-e-rico-veja-quem-sao.shtml">F5</a>.
A convocação de Virginia Fonseca e Rico Melquiades foi apenas o primeiro passo da CPI, que agora volta os olhos para figuras como Gusttavo Lima, Gkay, Tirulipa e Wesley Safadão. A comissão busca compreender de que forma campanhas publicitárias feitas por esses nomes têm impactado o comportamento do público e se há indícios de ilegalidade ou publicidade enganosa nas promoções de sites de apostas.
Embora o calendário das próximas oitivas ainda não tenha sido tornado público, já se sabe que 18 personalidades foram chamadas, seja na condição de investigados, testemunhas ou apenas convidados.
Influenciadores sob suspeita - Entre os que estão sendo investigados formalmente, destacam-se Gusttavo Lima e Wesley Safadão. Segundo a senadora Soraya Thronicke (Podemos-RS), autora dos pedidos de convocação, há suspeitas de que ambos tenham atuado como garotos-propaganda de empresas banidas pelo governo.
No caso de Tirulipa, a suspeita vai além da publicidade: sua residência foi alvo de uma operação de busca e apreensão em 2022 por possíveis ligações com empresas envolvidas em crimes financeiros. Gkay e Jojo Toddynho também entraram no radar da CPI, ambas acusadas de promover casas de apostas investigadas judicialmente.
Outro nome de peso é Jon Vlogs, influenciador que, de acordo com os parlamentares, seria proprietário de uma plataforma de apostas e teria liderado campanhas agressivas para expandir sua base de usuários. Já Pâmela Drudi é suspeita de atuar como embaixadora de uma dessas empresas, enquanto Kaká Diniz, marido de Simone Mendes e empresário de diversos influenciadores, teria papel estratégico na articulação de contratos publicitários com o setor.
Felipe Prior, ex-BBB, também foi convocado. Seu contrato com uma empresa de apostas levantou alertas, pois indicaria a possibilidade de lucros proporcionais às perdas dos usuários. Tal prática, caso comprovada, pode configurar manipulação e abuso contra consumidores.
A lista inclui ainda nomes com relação próxima à influenciadora Deolane Bezerra. A mãe da advogada, Solange Bezerra, e seu filho, Chefinho, também estão entre os chamados. Solange chegou a ser presa anteriormente com a filha em outra operação, e a CPI quer saber qual seria a extensão da participação dos familiares nas promoções de sites suspeitos.
Rodrigo Mussi, também ex-participante do Big Brother Brasil, aparece na investigação por suposta associação a uma plataforma sob investigação por lavagem de dinheiro e manipulação de resultados esportivos.
Testemunhas e convidados - Já os influenciadores Viih Tube e Eliezer foram convocados na condição de testemunhas. A CPI pretende entender se suas postagens contribuíram para a popularização de apostas e, eventualmente, para a naturalização de práticas duvidosas no ambiente digital.
Dois outros nomes, Felipe Neto e Mayk Santos, foram apenas convidados, o que significa que não têm obrigação de comparecer. Em 2023, Felipe Neto chegou a reconhecer publicamente que sua parceria com uma casa de apostas “foi um dos maiores erros da carreira”.

CPI das Bets mira mais celebridades e amplia cerco a influenciadores digitais

247 - O deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados que visa estabelecer regras mais rígidas para a publicidade de apostas esportivas e cassinos virtuais, especialmente nas redes sociais. A iniciativa busca coibir o papel de influenciadores e criadores de conteúdo que promovem essas plataformas digitais, cuja atuação tem sido associada à normalização do jogo e ao estímulo a comportamentos de risco entre jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade econômica.
A proposta, conforme detalhado em reportagem de Paulo Cappelli, do <a href="https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/chico-alencar-propoe-pl-pra-frear-influencers-na-divulgacao-de-bets">Metrópoles</a>, determina que qualquer conteúdo pago que promova sites de apostas deverá identificar claramente seu caráter publicitário. Influenciadores também serão obrigados a declarar se recebem comissão — direta ou indireta — sobre as perdas dos apostadores que acessam os serviços por meio de seus perfis ou links promocionais.
Proteção à infância e responsabilidade das plataformas - Um dos pontos centrais do texto é a proibição de anúncios em perfis e canais voltados ao público infantojuvenil ou com maioria de seguidores menores de 18 anos. Segundo a proposta, cabe às próprias redes sociais garantir que essas restrições sejam observadas, exercendo uma função fiscalizadora sobre os conteúdos veiculados.
Além disso, as propagandas deverão incluir alertas sonoros e visuais sobre os riscos do jogo e a possibilidade de dependência. Esses avisos precisam ocupar ao menos um terço do tempo de duração ou da área da propaganda. Em sites de apostas, o alerta deverá cobrir 30% da tela, permanecendo visível por um mínimo de 10 segundos antes de poder ser encerrado.
“Promessas ilusórias” e impacto nas classes mais pobres - Na justificativa do projeto, Chico Alencar alerta para o viés enganoso das propagandas de apostas online. “Indivíduos em situação de dificuldade econômica, pressionados por carências e expectativas de ascensão rápida, tornam-se mais suscetíveis a promessas ilusórias de enriquecimento, o que pode agravar o endividamento e a instabilidade financeira”, afirma o parlamentar no texto.
O projeto também propõe que as plataformas de apostas implementem medidas como verificação obrigatória de idade, ferramentas de autoexclusão e limites de gastos para os usuários. Além disso, prevê que 1% da receita bruta dessas empresas seja obrigatoriamente destinada a iniciativas de prevenção e tratamento da dependência em jogos, bem como a campanhas de conscientização pública.
Multas pesadas para quem descumprir as regras - As sanções previstas no projeto são severas. Em caso de descumprimento das normas, as empresas poderão ser punidas com multas de até 10% do faturamento anual, suspensão de atividades ou até cassação da licença de funcionamento. Para os influenciadores, as penalidades variam de R$ 100 mil a R$ 20 milhões, dependendo da gravidade da infração e da audiência alcançada com a propaganda irregular.

Chico Alencar apresenta projeto para restringir ação de influenciadores na promoção de apostas online

247 – A CPI das Bets, relatada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), está considerando incluir no relatório final um pedido de indiciamento de influenciadores digitais, como Virgínia Fonseca, por promoverem sites de apostas sem a devida transparência. A informação é da agência Estado de S. Paulo.
Parlamentares apontam que as publicações de divulgação não estão sendo claramente identificadas como publicidades, o que poderia configurar uma infração ao Código de Defesa do Consumidor.
Apesar da intenção de incluir os influenciadores no relatório, a análise do texto pode não ocorrer, já que a CPI tem enfrentado sessões marcadas por falta de quórum, em um movimento ligado a senadores da "bancada das bets".
Nesta quarta-feira (14), o influenciador Rico Melquíades, vencedor do programa A Fazenda em 2021, foi ouvido pelos senadores. Ele é investigado pela Operação Game Over, da Polícia Civil de Alagoas, e, assim como Virgínia Fonseca, argumentou que apenas firma contratos de publicidade com empresas de apostas porque a legislação permite.
"Se eu divulgo hoje, é porque o Congresso aprovou. Então, acho que esse pensamento (sobre os impactos das bets na sociedade) deveria vir de vocês também. Eu estou fazendo o meu trabalho. Eu não obrigo ninguém a jogar", afirmou o influenciador.

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