MADRI (Reuters) - A Espanha disse nesta quinta-feira que intensificará as investigações sobre supostos crimes cometidos por membros de grupos racistas e de extrema-direita após quatro noites de confrontos com imigrantes africanos em alguns dos piores distúrbios do país nos últimos tempos.
As autoridades detiveram 11 pessoas e registraram mais de 60 queixas sobre crimes de ódio e desordem desde o início da violência, ocorrida após um ataque a um homem local de 60 anos na cidade de Torre Pacheco, na região de Múrcia.
A polícia deteve três homens marroquinos por causa do ataque em uma cidade onde um terço dos habitantes é de origem imigrante.
O Ministério do Interior afirmou que os especialistas em terrorismo e inteligência de crime organizado da Espanha foram orientados a incluir crimes de ódio em suas atribuições e a monitorar espaços online para incitação à violência.
Os grupos de extrema-direita serão investigados quanto a vínculos com movimentos nacionais, disse o ministério, depois que o governo alegou que o Vox, partido nacionalista que é atualmente a terceira maior força eleitoral da Espanha, estava incitando a violência em Torre Pacheco.
"Não podemos permitir que o ódio se enraíze em nossa sociedade", disse o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, durante uma reunião de autoridades policiais.
"O crime não está aumentando, nem está ligado à imigração", acrescentou ele, contrariando uma alegação comum dos grupos de extrema-direita.
O Vox negou a responsabilidade pelos distúrbios e culpou as políticas de imigração do governo liderado pelos socialistas.
Apesar de um aumento de 54% no número de residentes estrangeiros entre 2011 e 2024, a criminalidade caiu sete pontos percentuais, com uma redução de 13,8% nos crimes de ódio no ano passado e a Espanha entre as 25 nações mais seguras do mundo, disse Grande-Marlaska.
A Espanha tem se mostrado aberta à imigração e aos seus benefícios econômicos, mesmo quando outros governos europeus restringiram as fronteiras. Mas o debate reacendeu, liderado pelo Vox, depois que os planos de realocar imigrantes menores de idade desacompanhados das Ilhas Canárias para o resto da Espanha foram confirmados nas últimas semanas.

Guilherme Paladino

Manifestação contra imigrantes em Torre Pacheco, na Espanha

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Mundo

Espanha reforça investigação sobre grupos de extrema-direita após confrontos

LISBOA (Reuters) - A polícia portuguesa deteve vários manifestantes de extrema-direita depois que confrontos no centro de Lisboa prejudicaram as comemorações, nesta sexta-feira, do 51º aniversário da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Revolu%C3%A7%C3%A3o+dos+Cravos">Revolução dos Cravos</a>, que pôs fim a uma ditadura fascista.
Grupos de extrema-direita como Ergue-Te, Habeas Corpus e Grupo 1143 convocaram uma manifestação, que as autoridades da cidade proibiram, para protestar contra o crescente número de imigrantes antes das eleições parlamentares do mês que vem.
Algumas dezenas de manifestantes compareceram à Praça da Tolerância, popular entre imigrantes da África e da Ásia, perto da Avenida da Liberdade, onde centenas de milhares de pessoas tradicionalmente se reúnem para marcar o aniversário da Revolução dos Cravos.
Houve empurra-empurra com ativistas antifascistas, levando a polícia a intervir com o uso de força.
Imagens de televisão mostraram policiais algemando e prendendo o líder do Ergue-Te, o ex-juiz Rui Fonseca e Castro, o proeminente ativista neonazista e líder do Grupo 1143, Mario Machado, e outro manifestante, que apareceu com sangue na testa.
Machado já foi preso por agressão, discriminação racial e outros crimes, e tem outra sentença por discurso de ódio e incitação à violência a cumprir.
Cerca de 1,5 milhão de migrantes vivem em Portugal, quase o triplo do número de uma década atrás.
O governo de centro-direita de <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Portugal">Portugal </a>endureceu algumas regras de imigração no ano passado, refletindo tentativas em outras partes da Europa de conter a ascensão da extrema-direita.
Ainda assim, o país continua relativamente aberto a imigrantes, particularmente de países de língua portuguesa na <a href="https://www.brasil247.com/search?term=%C3%81frica+">África </a>e do Brasil.
Embora se espere que o sentimento anti-imigração desempenhe um papel nas eleições antecipadas de 18 de maio, o partido de extrema-direita Chega tem se mantido na terceira posição nas pesquisas de opinião para as eleições legislativas, após um grande avanço nas eleições anteriores, realizadas no ano passado, quando chegou ao terceiro lugar e quadruplicou sua representação parlamentar.
(Reportagem de Pedro Nunes e Andrei Khalip)

Luis Mauro Filho

Pessoas se reúnem na Praça do Rossio, em Lisboa, para comemorar o cinquentenário da Revolução dos Cravos em Portugal - 25/04/2024 

Confrontos em protesto da extrema-direita marcam aniversário da Revolução dos Cravos em Portugal

Reuters - Dezenas de policiais britânicos ficaram feridos em confrontos violentos em uma cidade litorânea inglesa na noite de terça-feira, depois que três meninas foram mortas um dia antes em um violento ataque a faca em evento de dança com o tema de Taylor Swift.
Vans da polícia foram incendiadas em Southport e manifestantes atiraram tijolos contra policiais e carros estacionados em uma mesquita, após especulações e publicações não verificadas nas mídias sociais de que o suspeito por trás do ataque era muçulmano e imigrante.
Além de matar três meninas com idades entre seis e nove anos, o terrível incidente de segunda-feira na cidade normalmente tranquila do noroeste da Inglaterra resultou em oito outras crianças esfaqueadas. Cinco delas permanecem em estado crítico no hospital, juntamente com dois adultos que tentaram protegê-las.
A polícia, que prendeu um rapaz de 17 anos não identificado, sob suspeita de assassinato e tentativa de assassinato, disse que o incidente não estava relacionado ao terrorismo e procurou acabar com as especulações sobre a origem do suspeito, dizendo que ele nasceu no Reino Unido.
Isso não impediu que os manifestantes, os quais a polícia de Merseyside acredita estarem ligados a um grupo de direita anti-Islã, atacassem uma mesquita na cidade e a polícia que tentou detê-los.
Políticos e policiais disseram que a maioria dos participantes da violência não era da região e que os confrontos prejudicaram a grande vigília que contou com a presença de milhares de pessoas para homenagear as jovens vítimas.
Um total de 39 policiais foram tratados por ferimentos, incluindo 27 que foram levados ao hospital, informou o Serviço de Ambulâncias do Noroeste na quarta-feira. A polícia disse que oito sofreram ferimentos graves, incluindo fraturas, e três cães da polícia também foram feridos.

Polícia em Southport
 31/7/2024   REUTERS/Belinda Jiao

Dezenas de policiais britânicos são feridos em confrontos após morte de 3 meninas em ataque com faca

247 - As ruas da Venezuela seguem com um clima tenso entre a Polícia Nacional Bolivariana (PNB) e manifestantes apoiadores de Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez, contrários ao governo do presidente Nicolás Maduro.&nbsp;
Apoiadores da oposição no centro de Caracas estavam lançando coquetéis Molotov contra a polícia, e a polícia está usando gás em resposta, relata um correspondente da Sputnik.
Em Caracas, capital venezuelana, agentes lançaram gás lacrimogêneo e dispararam balas de borracha contra a multidão, que foi protestar contra a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declarou a vitória de Maduro, mas o Ministério Público ainda precisa publicar as atas eleitorais. &gt;&gt;&gt; <a href="https://www.brasil247.com/americalatina/brasil-mexico-e-colombia-negociam-declaracao-conjunta-sobre-eleicao-presidencial-na-venezuela">Brasil, México e Colômbia negociam declaração conjunta sobre eleição presidencial na Venezuela</a>
Manifestantes da extrema-direita da Venezuela também são apoiados pela extrema-direita da América Latina, dos Estados Unidos e de alguns países europeus. O governo Maduro denunciou tentativa de golpe contra o seu governo.&nbsp;
Na contagem parcial de votos publicada pelas autoridades, Maduro teve 51,2% dos votos, contra 44,2% do principal candidato da oposição, Edmundo Gonzalez.&nbsp;
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">BREAKING: 🇻🇪 Police began firing back at opposition protesters <a href="https://t.co/b5kFwIGUVd">pic.twitter.com/b5kFwIGUVd</a>&mdash; Megatron (@Megatron_ron) <a href="https://twitter.com/Megatron_ron/status/1818064255998116044?ref_src=twsrc%5Etfw">July 29, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
&nbsp;
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Manifestantes rescatan a PNB abandonada por sus compañeros en medio de la alteración del orden público. Caracas <a href="https://t.co/8emHKo9B7t">pic.twitter.com/8emHKo9B7t</a>&mdash; Daniel Guillermo Colina (@danielgcolina) <a href="https://twitter.com/danielgcolina/status/1818026997140107764?ref_src=twsrc%5Etfw">July 29, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
&nbsp;
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><a href="https://twitter.com/hashtag/EnVideo?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#EnVideo</a> 7:38 p.m | Av Fuerzas Armadas, en Caracas. Enfrentamientos entre manifestantes y funcionarios de la PNB. Detonaciones en el lugar. <a href="https://twitter.com/hashtag/29Jul?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#29Jul</a> <a href="https://t.co/MqLUAEKxzO">pic.twitter.com/MqLUAEKxzO</a>&mdash; Efecto Cocuyo (@EfectoCocuyo) <a href="https://twitter.com/EfectoCocuyo/status/1818069815082283076?ref_src=twsrc%5Etfw">July 29, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Policial atirando em manifestantes na Venezuela

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