247 – O jornalista Leonardo Attuch, fundador do portal Brasil 247, destacou a importância da comunicação pública como instrumento de desenvolvimento e estabilidade durante o Fórum de Mesa Redonda China-América Latina, realizado em junho deste ano em parceria pelo jornal chinês Global Times e pelo Brasil 247. A participação de Attuch foi registrada em vídeo e está disponível no canal do Fórum no YouTube <a href="https://www.youtube.com/watch?v=3brsMp-v7eE&amp;list=PL9AEHeaYiogLR3Tx3fn57xvxKhbqqKgXl&amp;index=9&amp;t=4s" target="_new">neste link</a>.
Logo no início de sua intervenção, Attuch explicou a trajetória do portal e a relação de cooperação mantida com a China nos últimos anos. “O Brasil 247 tem 15 anos de idade e nós já cooperamos com a China há mais ou menos uns 10 anos, muito em razão do trabalho do nosso internacional, que é o José Reinaldo Carvalho, que foi dirigente do PCdoB durante muitos anos e mantém uma relação profunda com a China há muitos anos”, afirmou.
<h3>Reflexões sobre democracia e estabilidade</h3>
O jornalista recordou sua primeira interação com diplomatas chineses ainda no início da relação bilateral com o veículo brasileiro. “Quando conheci o embaixador da China no Brasil pela primeira vez, perguntei sobre democracia e liberdade de expressão, e ele me disse algo que nunca esqueci: ‘as conquistas da sociedade chinesa não podem ser colocadas em risco a cada quatro anos’”, relatou Attuch. Segundo ele, essa perspectiva contribuiu para uma compreensão mais profunda sobre a estabilidade política chinesa.
Attuch também falou sobre sua experiência recente na China, quando esteve no país em março para realizar uma entrevista com Dilma Rousseff, presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). Aproveitando a viagem, visitou importantes veículos chineses como CGTN, China Media Group, Global Times, Guancha e Xinhua. “Foi uma experiência muito rica, porque eu conheci profissionais extremamente qualificados e entendi melhor a lógica de um sistema de comunicação centrado na comunicação pública”, comentou.
<h3>Crítica ao modelo midiático ocidental</h3>
Durante sua fala, o fundador do Brasil 247 traçou um contraste entre o modelo de mídia chinês e o ambiente de comunicação predominante no Ocidente. Para Attuch, a comunicação pública chinesa está subordinada à ideia de “paz e desenvolvimento”, enquanto a mídia ocidental, segundo ele, funciona como um instrumento de “conflito, confusão, caos e subdesenvolvimento”.
“Existe uma ilusão de liberdade quando, na verdade, os veículos ou os próprios jornalistas estão a serviço de interesses econômicos muitas vezes não revelados”, afirmou. “Não há, na minha opinião, a verdadeira liberdade de expressão quando os meios de comunicação são controlados por grandes grupos econômicos que têm uma agenda privada, econômica e política muitas vezes oculta.”
<h3>O papel da comunicação na construção do consenso</h3>
Encerrando sua participação no fórum, Attuch defendeu que os países da América Latina e do Sul Global têm muito a aprender com a experiência chinesa. “A comunicação serve para construir consensos e não para produzir divisões nas sociedades”, afirmou. “Aprendi muito com o José Reinaldo e também com essas visitas recentes à China”, concluiu, sendo aplaudido pelo público presente. Assista:
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Redação Brasil 247

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Leonardo Attuch defende modelo de comunicação pública em fórum China-América Latina

247 - A partir desta segunda-feira (19), o Canal Gov.br estreia uma nova fase, com programação ampliada, identidade visual renovada e foco redobrado na prestação de serviços e no acesso à informação pública. A novidade foi divulgada pela <a href="https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202505/canal-gov-estreia-nova-programacao-segunda-feira-19-5">Agência Gov</a>, neste domingo (18), e marca um movimento da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para fortalecer a presença da comunicação pública no cotidiano dos brasileiros.
O novo Canal Gov transmite 24 horas por dia, sete dias por semana, com conteúdos próprios e produções em parceria com órgãos como a Advocacia-Geral da União (AGU), Sebrae, Escola Nacional de Administração Pública (Enap), e diversos ministérios – da Cultura, Educação e Saúde à Integração e Desenvolvimento Regional. O objetivo é manter o cidadão informado sobre as ações do governo e seus impactos diretos na vida da população.
“A prestação de serviços ao governo federal está prevista entre as atribuições legais da EBC. Estamos continuamente melhorando a qualidade dos nossos produtos para tornar a comunicação governamental mais transparente e estratégica, como fonte de informação confiável para a população que mais precisa acessar as políticas públicas”, afirma Jean Lima, diretor-presidente da EBC.
A grade renovada inclui séries, documentários, videocasts e programas de entrevistas, além de matérias jornalísticas que mostram bastidores e histórias de beneficiários de políticas públicas. Boletins informativos mantêm o cidadão atualizado ao longo do dia, e a programação também contempla transmissões ao vivo dos principais eventos do Governo Federal – sem cortes e com reprises, garantindo acessibilidade à informação a qualquer momento.
Nos intervalos, o canal oferece dados de utilidade pública como previsões do tempo, status de entregas de obras e investimentos federais. À noite, documentários propõem reflexões sobre a atualidade brasileira, com olhares diversos sobre o país.
A programação jornalística também foi reformulada. Os programas Brasil em Dia, Gov Notícias (substituindo o antigo Gov Informa) e Semana Gov ganharam novos cenários e identidade visual. A abordagem privilegia o foco no cidadão, nos serviços prestados e nas políticas públicas em andamento. O tradicional Bom Dia, Ministro segue na grade, assim como a versão em vídeo do programa de rádio A Voz do Brasil, que completa 90 anos em 2025.
Para Juan Pessôa, superintendente de Serviços de Comunicação da EBC, a reestruturação consolida uma rede oficial de informação pública. “Oferecemos à sociedade informações verdadeiras e de qualidade, dando transparência às ações governamentais com foco nos serviços e políticas públicas, informando os beneficiários e reforçando o combate à desinformação e às fake news”, afirma.
Com a ampliação da programação e o novo formato, o Canal Gov busca reforçar seu papel estratégico na comunicação pública, contribuindo para o fortalecimento da democracia e o direito à informação. A emissora passa a ser, ainda mais, um canal direto entre o governo e a população.

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247 - A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) deu um passo significativo na promoção da participação social ao publicar, nesta segunda-feira (16), a Portaria-Presidente nº 634/2024, que institui o Comitê de Participação Social, Diversidade e Inclusão (Cpadi). A criação faz parte do Sistema Nacional de Participação Social na Comunicação Pública (SINPAS), consolidando um espaço institucional para o diálogo direto com a sociedade civil.&nbsp;
Após oito anos sem um fórum oficial para recepção de demandas sociais, desde a extinção do antigo Conselho Curador em 2016, a EBC reativa sua estrutura de participação social. “A volta da participação social na EBC foi uma orientação do grupo de trabalho da transição e está se transformando em realidade. Não existe comunicação pública sem participação social. É com ela que vamos consolidar a missão da EBC de criar e difundir conteúdos que contribuam para o desenvolvimento da consciência crítica das pessoas”, declarou Jean Lima, diretor-presidente da EBC.
Funções e atribuições do Cpadi - O Cpadi será responsável por acompanhar e avaliar as diretrizes da programação das emissoras públicas administradas pela EBC, assegurando que a diversidade social, cultural, regional e étnica seja refletida no conteúdo transmitido. O comitê terá também a missão de garantir a pluralidade de ideias e fontes de informação, além de estimular a produção regional e independente, fortalecendo as finalidades educativas, culturais e informativas da comunicação pública.
Composição diversificada - O Cpadi será composto por 16 representantes titulares e seus suplentes. Desse total, 11 vagas serão ocupadas por organizações da sociedade civil, incluindo uma cadeira destinada a entidades sindicais de radialistas ou jornalistas. Pelo menos cinco dessas organizações deverão ter atuação comprovada no campo da comunicação pública.
Além disso, cinco representantes de emissoras públicas integrantes da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP) também terão assento no comitê, garantindo representatividade das cinco macrorregiões geográficas do Brasil.
SINPAS: estrutura para a inclusão - A criação do Cpadi é parte de uma iniciativa maior, o SINPAS, que também inclui a Ouvidoria da EBC, a Assessoria Especial de Participação Social e o Comitê Editorial e de Programação (Comep). Juntos, esses órgãos estabelecerão um canal permanente de comunicação entre a sociedade e a gestão da empresa.
Os membros do Comep serão nomeados pelo presidente da República a partir de listas tríplices resultantes de votação popular, garantindo legitimidade e transparência ao processo.
O SINPAS nasceu dos debates realizados pelo Grupo de Trabalho “Comunicação Pública e Participação Social na EBC”, criado em novembro de 2023 pela Portaria SECOM/PR nº 19 e regulamentado pela Portaria SECOM/PR nº 32, de dezembro do mesmo ano. Após quatro meses de discussões, a estrutura consolidada visa fortalecer a comunicação pública no Brasil.

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