247 - A cidade do Rio de Janeiro entrou em Estágio 2 de mobilização às 6h50 desta terça-feira (10) devido a uma grande operação policial no Complexo de Israel, na Zona Norte. A informação foi divulgada pelo Centro de Operações da Prefeitura (COR-Rio). A ação resultou na interdição total da Avenida Brasil e da Linha Vermelha, principais vias de ligação entre a Zona Norte e o Centro da capital fluminense.
Segundo a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/rj/tiroteio-em-operacao-fecha-av-brasil-linha-vermelha-trens-e-brts-no-rio/?utm_source=social&amp;utm_medium=twitter-feed&amp;utm_campaign=nacional-cnn-brasil&amp;utm_content=link">CNN Brasil</a>, por volta das 7h30 a Avenida Brasil foi liberada nos dois sentidos. Já a Linha Vermelha continua interditada em trechos críticos, comprometendo o tráfego na região. A operação mobiliza equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar, e tem como alvo a facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), comandada por Álvaro Malaquias Ramos, o “Peixão”, apontado como um dos principais líderes do tráfico local.
O tiroteio intenso impactou diretamente a mobilidade urbana e o transporte público. A circulação dos trens da SuperVia no ramal Saracuruna foi suspensa entre as estações Gramacho e Saracuruna, devido à proximidade do confronto com a estação Parada de Lucas. Nos demais trechos do ramal, os trens operam com atrasos e intervalos irregulares de até 30 minutos. Técnicos da concessionária aguardam condições de segurança para realizar reparos na rede aérea, que foi danificada por disparos.
No sistema BRT, o corredor Transbrasil teve sua calha exclusiva temporariamente interrompida. De acordo com a MOBI Rio, as linhas 60 (Deodoro x Gentileza – Parador), 61 (Deodoro x Gentileza – Expresso) e 71 (Vigário Geral x Gentileza – Expresso) operam com intervalos irregulares. O cenário é de incerteza e lentidão para os passageiros, muitos dos quais precisaram buscar abrigo durante a troca de tiros.
Nas redes sociais, circularam imagens dramáticas de motoristas e passageiros abaixados dentro de veículos e até no meio da pista, tentando se proteger do fogo cruzado. Segundo o Rio Ônibus, ao menos 50 linhas de ônibus foram afetadas. Dois coletivos da empresa Evanil foram atingidos por tiros na Avenida Brasil. Um passageiro e um motorista ficaram feridos e foram encaminhados ao hospital.
A secretaria também informou que colabora com as autoridades de segurança em ações de prevenção e investigação, e pediu apoio da população na identificação dos criminosos, por meio do Disque Denúncia.
A ação policial desta terça-feira é resultado de uma investigação de sete meses, conduzida por delegacias especializadas da Polícia Civil, que busca enfraquecer a atuação do TCP na Zona Norte. A operação segue em andamento, com desdobramentos previstos para outras áreas do Rio.

Otávio Rosso

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Sudeste

Operação no Complexo de Israel fecha Avenida Brasil e Linha Vermelha no Rio

247 - Uma complexa rede de tráfico internacional de armas de guerra foi desmontada pela Polícia Federal, revelando o uso de empresas de transporte legal, como Correios, DHL e até o AliExpress, para abastecer o crime organizado no Rio de Janeiro. Segundo denúncia divulgada neste domingo (24) pelo programa <a href="https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2025/03/23/pf-descobre-importacao-de-armas-de-guerra-para-o-trafico-do-rj-entregas-eram-feitas-pelos-correios-e-transportadoras.ghtml">Fantástico</a>, da TV Globo, o esquema era liderado por Álvaro Malaquias Santa Rosa, o “Peixão”, apontado como um dos chefes do Terceiro Comando Puro (TCP).
De acordo com as investigações, Peixão criou uma rota internacional de importação de armamento pesado, que incluía fuzis, granadas, munições, drones e até equipamentos anti-drone. Os produtos eram adquiridos de fornecedores da China e do Paraguai, pagos em dólar e enviados com códigos de rastreamento por empresas internacionais de logística e pelos Correios, em pacotes disfarçados como brinquedos eletrônicos.
Em áudios obtidos pela PF, Peixão revela a escala da operação e a frequência das compras: "a partir de agora, a gente já não vai parar mais não, né? Toda semana a gente vai estar comprando alguma coisa. Eu vou me programar pra semana que vem fazer uma compra de 100 mil”.
Peixão se apresenta como dono de parte do Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio, onde vivem aproximadamente 140 mil pessoas. As investigações indicam que ele era assessorado por Everson Vieira Francesquet, conhecido como “Deus” nas comunicações com os fornecedores. Everson atuava como armeiro da facção e foi preso ao tentar retirar um fuzil antidrone em uma agência dos Correios em Nova Iguaçu (RJ).
Mensagens encontradas no celular de Everson mostram contatos frequentes com vendedores internacionais e comprovantes de entregas da DHL com origem em Hong Kong. Em uma das conversas, Peixão orienta sobre o envio: "veja a melhor forma de envio, dessa vez vou comprar 5 de uma vez. Tenho muitos clientes que querem isso”.
O esquema contava ainda com o uso de transportadoras nacionais para trazer armas pesadas. "Eu consigo a transportadora que traz, já. Já tenho contato com a transportadora que vai trazer, até se for um fuzil. Não tem problema”, afirma Peixão em outro áudio interceptado.
As transações financeiras eram realizadas via Pix, com a utilização de “laranjas” para movimentar grandes quantias. A PF rastreou pagamentos de R$ 30 mil e R$ 32 mil relacionados às compras ilegais. Os fuzis comprados no Paraguai eram adquiridos por valores que variavam entre R$ 7,5 mil e R$ 15 mil.
Everson, já investigado anteriormente, foi novamente preso neste mês ao se apresentar à Justiça e agora é acusado de tráfico internacional de armas e participação em organização criminosa. A Polícia Federal solicitou sua transferência para um presídio federal.
Em entrevista ao Fantástico, o superintendente da PF no Rio de Janeiro, Fábio Galvão, defendeu uma atuação mais coordenada entre os órgãos de segurança para enfrentar o tráfico internacional de armas: “a integração tem um papel fundamental nisso. Os problemas são muito grandes e complexos e exigem coordenação e união de esforço”.
Peixão continua foragido, e a Polícia Civil já realizou diversas operações para capturá-lo. Em uma das ações, foi destruído um “resort do tráfico”, erguido em uma comunidade sob seu domínio, com piscina, academia e até lago artificial.
Em nota oficial, os Correios afirmaram que mantêm uma atuação rigorosa no combate ao envio de objetos ilícitos e que colaboram com os órgãos de segurança. A DHL Express declarou que não compactua com atividades criminosas e está acompanhando o caso. Já o AliExpress informou que repudia qualquer atividade criminosa e está disponível para colaborar com as autoridades.
A reportagem do Fantástico não conseguiu contato com a defesa de Everson Francesquet.

Guilherme Levorato

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Peixão montou rota internacional de armas de guerra para o tráfico do Rio com entregas pelos Correios e DHL

247 - Policiais Militares do Comando de Operações Especiais (COE) retiraram nesta terça-feira (11) a estrela de Davi que ficava no alto de uma caixa d'água em um dos pontos mais altos da Cidade Alta, na zona norte do município do Rio de Janeiro, uma das cinco comunidades do Complexo de Israel. Os agentes fizeram a retirada na operação que demoliu uma residência no bairro de Parada de Lucas. Policiais também retiraram bandeiras com a estrela que eram distribuídas em torres pelas outras quatro comunidades de Pica-pau, Cinco Bocas, Parada de Lucas e Vigário Geral.
De acordo com a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/03/pm-retira-estrela-de-davi-do-alto-do-complexo-de-israel-no-rj-veja.shtml?utm_source=twitter&amp;utm_medium=social&amp;utm_campaign=twfolha">Folha de S.Paulo</a>, a estrela foi instalada na pandemia, quando o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, criou o Complexo de Israel, onde traficantes auto intitulados evangélicos atuam.&nbsp;
A reportagem apontou que os criminosos estão proibindo moradores de praticar outras crenças em seus territórios, expulsando aqueles que não seguem sua fé. Conforme os relatos bíblicos, Davi foi o segundo rei de Israel, sendo sucedido por seu filho Salomão, também antes de Cristo (a.C).&nbsp;
O traficante Santa Rosa nunca foi preso. Ele e o seu império determinaram a instalação de câmeras pelas comunidades, mandaram construir pontes entre as favelas e teve desavenças com uma igreja católica da região, que culminaram no fechamento do templo religioso.
O criminoso já foi investigado por ordenar ataques a terreiros de religiões de matriz africana, através da atuação da facção criminosa Bonde de Jesus em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde nasceu. Ele mesmo pregava em uma igreja evangélica na cidade.&nbsp;

Leonardo Lucena

Agente retira bandeira usada por criminosos no Rio

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PM do Rio ordena remoção de estrela de Davi em Complexo de Israel

247 - Uma operação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Militar foi deflagrada na manhã desta terça-feira (11) no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para demolir imóveis de luxo pertencentes ao traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão. A ação, baseada em investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), aponta que a estrutura servia de base para o armazenamento de armas e drogas, informa o <a href="https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/03/11/operacao-no-complexo-de-israel.ghtml">g1</a>.
Entre os principais alvos da operação está o "Resort Green", uma mansão equipada com um lago particular para criação de carpas e piscinas, além de uma academia de ginástica de alto padrão. Segundo a DRE, os imóveis foram erguidos de forma irregular em área de preservação ambiental, causando grande impacto ecológico.
Durante a chegada das equipes policiais, houve intenso tiroteio, levando ao fechamento preventivo da Avenida Brasil. A vía foi liberada pouco tempo depois e, às 6h, o trânsito já fluía normalmente. No entanto, os trens do Ramal Saracuruna da SuperVia tiveram circulação interrompida entre Caxias e Penha.
A DRE também apura a relação de Peixão com crimes de intolerância religiosa. O traficante é acusado de impor restrições a certas crenças dentro do Complexo de Israel, onde determinou a remoção de terreiros e imagens de santos.&nbsp;
Quem é Peixão? - Líder do Terceiro Comando Puro (TCP), Peixão é um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro. Seu império teve início após a invasão à Cidade Alta, em 2016, e cresceu até que, durante a pandemia, consolidou-se no chamado Complexo de Israel, que inclui as comunidades de Cidade Alta, Parada de Lucas, Vigário Geral, Cinco Bocas e Pica-Pau. O território é marcado por um forte aparato bélico e pela presença de símbolos como a Estrela de Davi e a bandeira de Israel.
Com cerca de 50 registros criminais, incluindo 20 mandados de prisão por tráfico, homicídio e outros delitos, Peixão nunca foi capturado. Suas ordens incluem a instalação de câmeras de monitoramento, a construção de pontes entre favelas e a imposição de regras religiosas rígidas.
A operação desta terça-feira representa um duro golpe contra a estrutura do TCP, embora a captura do traficante ainda seja um desafio para as forças de segurança.

Polícia desmantela 'resort' de Peixão, no Complexo de Israel

Operação desmantela luxos de Peixão e fecha a Avenida Brasil

247 - Um conflito entre policiais militares e criminosos nesta quinta-feira (24) deixou 3 mortos e 2 feridos na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro. Segundo a PM-RJ, os tiros partiram do Complexo de Israel. Um suspeito também foi baleado e hospitalizado sob custódia. A Avenida Brasil foi fechada por cerca de duas horas, a partir de 7h, na altura da Cidade Alta, na Zona Norte. Os baleados estavam em um ônibus, um carro de aplicativo e em um caminhão. Várias pessoas foram jogadas ao asfalto e também abaixadas em ônibus.
O complexo é um conjunto de favelas na Zona Norte do Rio de Janeiro dominadas pelo Terceiro Comando Puro (TCP), facção criminosa do tráfico de drogas que só perde para o Comando Vermelho (CV) em área territorial subjugada.
Nesta quarta (23), criminosos sequestraram 3 ônibus e usaram como barricadas na Tijuquinha e Muzema, comunidades da zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo o Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus da cidade do Rio, 112 veículos foram sequestrados desde janeiro deste ano.
Nos últimos 12 meses foram 147 veículos. A capital registrou mais de 1,7 mil casos de incêndios e vandalismo de ônibus urbanos neste ano, informou a entidade sindical. O prejuízo total neste ano, de acordo com o Sindicato, chega a R$ 22,6 milhões.
De acordo com o sindicato, a maior parte dos crimes em veículo este ano é de vandalismos diversos (1.750 ônibus), enquanto os registros de veículos queimados são bem menores (oito ônibus).
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Operação no Complexo de Israel para prender Peixão da em nada, como sempre. &#39;Hell de janeiro &quot; Avenida Brasil, Cidade Alta, Claudio Castro, Polícia Militar humilhação <a href="https://t.co/tSdvrmyORN">pic.twitter.com/tSdvrmyORN</a>&mdash; Descharth (@Descharth) <a href="https://twitter.com/Descharth/status/1849464096539672589?ref_src=twsrc%5Etfw">October 24, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
&nbsp;
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Esse é o estada da Avenida Brasil, em horário de pico, o trabalhador não tem um dia de paz ! <a href="https://t.co/E1aHsfD4KK">pic.twitter.com/E1aHsfD4KK</a>&mdash; Thata Miranda (@Thamara1Miranda) <a href="https://twitter.com/Thamara1Miranda/status/1849410234411843966?ref_src=twsrc%5Etfw">October 24, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Tiroteio deixa mortos e feridos nas proximidades do Complexo de Israel (vídeo)

247 - O tiroteio que matou uma pessoa e deixou outras cinco feridas na manhã desta quinta-feira (24) na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, ocorreu após uma operação da Polícia Militar no Complexo de Israel. O local é dominado pelo Terceiro Comando Puro (TCP) e, por englobar várias comunidades, é cercado de vias importantes, informa <a href="https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/10/24/saiba-quem-e-peixao-traficante-que-controla-o-complexo-de-israel-e-e-um-dos-bandidos-mais-procurados-do-rio.ghtml">O Globo</a>.
O Complexo de Israel foi criado em 2020 por Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, integrante da cúpula do TCP, que diz ser evangélico e é conhecido por atuar com intolerância contra religiões de matrizes africanas, proibindo o uso do branco em comunidades dominadas e determinando a destruição de terreiros. Peixão gosta de ser chamado por seus comparsas como Aarão, nome citado na Bíblia como irmão mais velho do profeta Moisés.&nbsp;
Nos territórios sob o seu domínio, o criminoso costuma usar símbolos como a bandeira de Israel e a Estrela de Davi. Na Cidade Alta, uma caixa d'água ostenta a estrela que atrai proteção divina. Em 2021, durante uma operação policial, os agentes encontraram um grande painel com uma pintura que reproduzia parte da cidade de Jerusalém, além de uma edição de luxo da Torá, o livro sagrado de escrituras religiosas judaicas.
O poder bélico do traficante chama a atenção da polícia. Em 2023, foram apreendidos mais de R$1 milhão em armamentos na favela Parada de Lucas. Entre as armas apreendidas, estavam uma metralhadora. 50 e outra.30. Elas podem fazer disparos que perfuram a blindagem de veículos e podem até derrubar aeronaves. Na ocasião, além das metralhadoras, foram apreendidos 15 fuzis, milhares de balas de vários calibres, e 21 granadas.&nbsp;
Em uma operação no último dia 10, a polícia encontrou um “resort” de Peixão, com direito a praia artificial e coqueiros, no Complexo de Israel. A propriedade contava ainda com academia, área de lazer, piscina, sauna e até pedalinhos, além de espaço dedicado a festas.
Apesar de integrar a cúpula do TCP, Peixão costuma ter autonomia para chefiar o tráfico nas comunidades que controla, sem sofrer interferências da facção criminosa. Segundo a polícia, o bandido já chegou a ficar escondido fora do Rio, em Santa Catarina, usando documentos falsos.&nbsp;

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