O presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversaram no dia 5 por telefone. Os veículos de imprensa de várias partes do mundo reportaram sucessivamente o assunto: “foi uma conversa esperada há muito tempo”, “as duas partes concordaram em manter negociações para resolver as disputas tarifárias que atrapalham a economia mundial”, “foi um diálogo muito importante para aliviar a tensão comercial”, etc.
Vale lembrar que na conversa, o presidente Xi Jinping destacou que recalibrar o curso do gigantesco navio das relações sino-estadunidenses exige que ambos os lados assumam o leme e definam a direção correta, acrescentando que é particularmente importante evitar perturbações e interrupções de diversas naturezas. Segundo ele, a China vem aplicando o pacto com seriedade, e que os Estados Unidos devem reconhecer os avanços alcançados com uma visão realista, eliminando as medidas negativas contra a China.
Por sua vez, Donald Trump afirmou que os Estados Unidos acolhem o crescimento robusto da economia chinesa e que, trabalhando em conjunto, as duas nações podem alcançar conquistas significativas. Ele considerou a reunião em Genebra um grande sucesso, destacando o resultado de um acordo sólido entre as partes e assegurando que os Estados Unidos trabalharão com a China para implementá-lo.
No final, Trump ainda frisou que os Estados Unidos dão as boas-vindas aos chineses que querem estudar no país.
A questão econômica e comercial é um foco das relações entre a China e os EUA, mas as disputas no setor não serão facilmente resolvidas tão cedo. O mais importante é tratar o relacionamento econômico e comercial bilateral de uma perspectiva de ganho mútuo.
Analistas consideram que a parte chinesa mostrou claramente suas preocupações e exigências. A China está disposta a resolver as divergências por meio de consultas com os EUA, mas nunca aceitará que Washington exerça uma pressão extrema ou faça chantagem durante as negociações, muito menos procurará chegar a um suposto acordo à custa da sua posição e princípio.
Além disso, o presidente chinês também enfatizou na conversa que os EUA devem lidar com prudência a questão de Taiwan para evitar que um pequeno número de separatistas que procuram a independência de Taiwan arraste os dois países pars uma situação perigosa de conflito ou confronto.
Para isso, Trump reiterou o compromisso dos EUA com o princípio de Uma só China.
Fonte: CMG

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China

Conversa telefônica entre chefes de Estado é positiva para relações China-EUA

247 - Em entrevista exclusiva à Sputnik, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, destacou a importância da normalização das relações entre Rússia e Estados Unidos para garantir a estabilidade global. Segundo ele, as grandes potências têm a responsabilidade de desempenhar um papel estabilizador diante de um mundo imprevisível.
Wang Yi enfatizou que o equilíbrio de poder entre grandes nações como Rússia e Estados Unidos é fundamental para a ordem internacional e pode trazer otimismo em um ambiente marcado por incertezas.
"Isso contribui para estabilizar o equilíbrio de poder entre as grandes potências e dá otimismo a um ambiente internacional deprimente", afirmou o chanceler chinês.
Ele reiterou que a China, juntamente com a maioria dos países, defende a solução política do conflito na Ucrânia, por meio do diálogo e da negociação, destacando que um acordo de paz justo e duradouro pode garantir estabilidade tanto na Eurásia quanto no mundo.
"A China está pronta para, levando em conta as aspirações das partes envolvidas, desempenhar um papel construtivo no acordo junto com a comunidade internacional, especialmente com os países do Sul Global", acrescentou.
Críticas às tarifas comerciais dos EUA
Outro ponto abordado por Wang Yi foi a política comercial dos Estados Unidos. Segundo ele, a guerra de tarifas promovida por Washington não resolve os problemas econômicos do país e prejudica o mercado global e a ordem comercial.
"Washington, em vez de resolver seus próprios problemas, está tentando de todas as formas se esquivar da responsabilidade, jogar sua culpa para outros, recorrendo à imposição de tarifas, até chantagem e ultimatos", criticou.
O ministro chinês também rejeitou as acusações do presidente dos EUA sobre a suposta negligência da China no combate ao tráfico de fentanil.
"O controle de drogas na China é muito forte e pleno, enquanto o consumo abusivo de fentanil é um problema próprio dos EUA, com o qual os próprios americanos precisam lidar", afirmou. "Nós, guiados pelos princípios de humanismo, ajudamos os Estados Unidos de todas as formas possíveis. Como nos responderam? Responderam-nos não com o bem, mas com o mal".
Desnuclearização global 
Wang Yi também comentou a proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, de desnuclearização mundial. Segundo ele, são os Estados Unidos que precisam "diminuir efetivamente o papel das armas nucleares na segurança nacional".
Para o chanceler chinês, Washington deve abandonar políticas como a formação de "alianças nucleares", a "expansão da dissuasão nuclear" e a implantação de sistemas de defesa antimísseis perto das fronteiras de outros países.
"Apelamos a Washington que faça esforços sólidos para reduzir os riscos de guerra nuclear e atingir a meta de desnuclearização do planeta", concluiu o ministro chinês.
A entrevista exclusiva à Sputnik evidencia a postura da China em relação aos desafios globais e reforça o apelo por diplomacia e cooperação entre as grandes potências, em um contexto de crescente tensão internacional.

José Reinaldo

Mundo

Chanceler da China defende normalização das relações entre Rússia e EUA para garantir estabilidade global

CGTN – Neste mês, a China e os Estados Unidos têm conduzido interações em vários níveis, incluindo a realização da 7ª reunião do Grupo de Trabalho Econômico China-EUA e da 7ª reunião do Grupo de Trabalho Financeiro e a renovação do Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica por mais cinco anos. Para Beijing, a colaboração entre os dois países pode conduzir a muitas realizações.
A história serve para reflexão. As experiências acumuladas ao longo dos últimos 45 anos, desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e os Estados Unidos, comprovaram repetidamente que ambos os países se beneficiam da cooperação e perdem com o confronto. No mês passado, o presidente da China, Xi Jinping, reuniu-se com o presidente dos EUA, Joe Biden, além de enviar uma mensagem de congratulações ao presidente eleito, Donald Trump, traçando o rumo para o desenvolvimento das relações sino-estadunidenses em uma conjuntura importante.
Sendo as duas principais economias do mundo, a China e os Estados Unidos têm mais interesses em comum do que conflitantes na situação atual. Nos últimos anos, sob a liderança dos dois chefes de Estado, a China e os Estados Unidos restauraram e estabeleceram mais de 20 mecanismos de comunicação, alcançando resultados positivos na diplomacia, segurança, economia e comércio, combate às drogas, agricultura e cultura, entre outros campos. Só no ano passado, as duas partes realizaram duas rodadas de comunicação estratégica e cinco reuniões de grupos de trabalho financeiros e econômicos. Também assinaram conjuntamente as suas respectivas resoluções sobre inteligência artificial na Assembleia Geral das Nações Unidas, o que foi bem recebido por personalidades de todos os círculos sociais dos dois países.
Sendo uma das relações bilaterais mais importantes do mundo, a cooperação China-EUA é de grande relevância para o mundo. Atualmente, a situação internacional é turbulenta e a humanidade enfrenta desafios sem precedentes. Desde consultas sobre questões globais, como as alterações climáticas, à manutenção da comunicação e do diálogo sobre questões como a crise na Ucrânia e na Península Coreana, à promoção da recuperação econômica mundial, a China e os Estados Unidos devem assumir as suas devidas responsabilidades na manutenção da paz e do desenvolvimento globais, o que também está em linha com as expectativas do mundo.
Em um mês, os Estados Unidos inaugurarão um novo governo. O presidente eleito Donald Trump declarou recentemente que os dois países podem resolver todos os problemas do mundo unindo forças. No entanto, há ampla preocupação com o fato de que, uma vez que Washington aumente sua contenção e supressão na área de comércio, tecnologia e outros campos contra a China, as relações sino-estadunidenses sofrerão danos e o avanço duramente conquistado para o diálogo e a cooperação entre os dois países será prejudicado. A este respeito, o professor da Universidade de Assuntos Exteriores da China, Li Haidong, analisou que, perante as recentes declarações do líder eleito dos Estados Unidos, Washington tem uma compreensão pragmática da importância da cooperação China-EUA, o que deve reduzir a incerteza no futuro das relações bilaterais. Para o novo governo estadunidense, a abordagem racional é respeitar os mecanismos e canais de cooperação já estabelecidos entre os dois países e, nesta base, procurar abrir novas áreas e espaços de colaboração.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Diego Goulart

Nicolas Iwashita

Cooperação sino-americana pode conduzir a muitas realizações

Beijing, 29 ago (Xinhua) – O presidente chinês, Xi Jinping, se reuniu com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, no Grande Palácio do Povo, nesta quinta-feira.
Xi destacou que, nesse mundo turbulento e com mudanças constantes, os países precisam de solidariedade e coordenação, não de divisão ou confronto. As pessoas querem abertura e progresso, não exclusão ou regresso. Como duas grandes nações, a China e os Estados Unidos devem ser responsáveis pela história, pelo povo e pelo mundo, e devem ser uma fonte de estabilidade para a paz mundial e um propulsor para o desenvolvimento comum.
Embora tenham ocorrido grandes mudanças nos dois países e nas relações China-EUA, o compromisso da China com a meta de um relacionamento China-EUA estável, saudável e sustentável permanece inalterado; o princípio de lidar com o relacionamento baseado no respeito mútuo, na coexistência pacífica e na cooperação de ganho recíproco permanece inalterado; sua posição de proteger firmemente a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento do país permanece inalterada; e seus esforços de levar adiante a amizade tradicional entre os povos chinês e norte-americano permanecem inalterados, de acordo com Xi.
Xi expressou a esperança de que os EUA trabalhem com a China na mesma direção, considerem a China e seu desenvolvimento de forma positiva e racional, vejam o desenvolvimento um do outro como uma oportunidade em vez de um desafio, e trabalhem com a China para encontrar o caminho certo para que as duas grandes nações se deem bem.&nbsp;

Avanço: Xi se reúne com conselheiro de Segurança Nacional dos EUA

CMG – Entre 27 e 28 de agosto, o membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China e diretor do Escritório da Comissão Central de Relações Exteriores, Wang Yi, realizou uma nova rodada de comunicação estratégica com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan.
Wang Yi destacou que, primeiramente, é preciso seguir o caminho certo do desenvolvimento das relações entre os dois países, baseando-se nos entendimentos comuns alcançados por seus chefes de Estado e respeitando princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha.
Em segundo lugar, para evitar conflitos e confrontos, é essencial cumprir os três comunicados conjuntos entre a China e os Estados Unidos.
O terceiro aspecto consiste em que, para manter boas interações, ambos devem conviver em pé de igualdade.
O quarto ponto corresponde a reconhecer que, para a estabilidade e o progresso nas relações bilaterais, é crucial consolidar a base da opinião pública.
Finalmente, para a coexistência pacífica entre a China e os Estados Unidos, estabelecer percepções corretas torna-se fundamental.
Wang Yi enfatizou que Taiwan pertence à China e que a “independência de Taiwan” é o maior risco para a paz e a estabilidade no Estreito. Os EUA devem cumprir seu compromisso de não apoiar a “independência de Taiwan”, respeitar o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos entre os dois lados, parar de armar Taiwan e apoiar a reunificação pacífica da China.
Sullivan afirmou que existem diferenças e concorrência entre os Estados Unidos e a China, mas também há muitas áreas que exigem cooperação bilateral. Ele concorda que os dois lados devem se tratar em pé de igualdade, destacando que a contraparte estadunidense não quer o “desacoplamento” com a China. Segundo ele, os Estados Unidos aderem à política de Uma Só China, não apoiam a “independência de Taiwan” e estão dispostos a continuar a manter uma comunicação estratégica com a China para melhorar os entendimentos mútuos e reduzir mal-entendidos e julgamentos errôneos.
Tradução: Cheng Yumeng
Revisão: Mariana Yante

Wang Yi e Jake Sullivan realizam nova rodada de comunicação estratégica China-EUA

CMG – Wang Yi, diretor do Escritório da Comissão Central de Relações Exteriores, iniciou a nova rodada de comunicação estratégica China-EUA com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, em Beijing nesta terça-feira (27).
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, disse que o relacionamento entre a China e os EUA é de grande importância para ambos os países e para o mundo. Segundo ele, nos últimos anos, o relacionamento sino-estadunidense passou por altos e baixos, as experiências valem a pena ser resumidas e há lições que precisam ser tiradas. É crucial seguir a direção geral de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha.
Wang salientou que cumprir os entendimentos comuns alcançados pelos dois chefes de Estado em São Francisco é a principal tarefa da nova rodada de comunicação estratégica China-EUA. Ele espera que nos próximos dois dias, os dois lados possam ter uma comunicação profunda para que as relações bilaterais avancem rumo à perspectiva de São Francisco e alcancem um desenvolvimento estável, saudável e sustentável.
Sullivan disse que o presidente Joe Biden está comprometido em administrar o relacionamento EUA-China de forma responsável, evitando que a concorrência se transforme em conflito e cooperando em áreas de interesses comuns. Ele espera manter um diálogo frutífero com a China em uma ampla gama de questões por meio dessa comunicação estratégica e implementar os consensos alcançados pelos dois chefes de Estado.
tradução: Shi Liang
revisão: Erasto Santos Cruz

Tag: china-eua

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Revista Brasil 247

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