247 - O jornal chinês Global Times publicou nesta terça-feira (19), um editorial pedindo que o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, retire declarações ofensivas contra a China. O texto foi divulgado após a primeira reunião do Diálogo Estratégico Ministerial Japão-Alemanha, realizada em Tóquio, e reproduzido pela imprensa internacional.
<h3>Declarações de Wadephul provocam reação imediata</h3>
Durante o encontro com o chanceler japonês Iwaya Takeshi, Wadephul acusou a China de adotar um “comportamento cada vez mais agressivo” no Estreito de Taiwan, no Mar da China Meridional e no Mar da China Oriental. Ele também afirmou que Alemanha e Japão devem investir mais em segurança para “salvaguardar a liberdade”.
Em resposta, Pequim acusou o ministro alemão de “semear discórdia e aumentar tensões” na Ásia-Pacífico, advertindo que sua postura poderia transformá-lo em um fator de instabilidade regional.
<h3>Editorial chinês denuncia “amnésia histórica”</h3>
Segundo o Global Times, os ataques do ministro alemão não apenas ecoam a narrativa ocidental liderada por Washington, como também ignoram compromissos históricos da própria Alemanha com a questão da reunificação nacional chinesa.O editorial recorda que tanto a Declaração do Cairo quanto a Proclamação de Potsdam determinaram a devolução de Taiwan à China após a Segunda Guerra Mundial, e classifica a intromissão de Wadephul no tema como “um ato de interferência ilimitada nos assuntos internos chineses”.
“Uma Alemanha reunificada deveria compreender melhor a posição da China em relação à reunificação nacional. No entanto, alguns políticos alemães demonstram seletiva amnésia histórica ao aplicar dois pesos e duas medidas”, destaca o texto.
<h3>Contexto geopolítico e críticas ao alinhamento com os EUA</h3>
O editorial também argumenta que a situação no Mar da China Oriental e no Mar da China Meridional se mantém relativamente estável graças a negociações regionais. Para Pequim, ao exagerar a “ameaça chinesa”, Wadephul estaria apenas reforçando a “estratégia Indo-Pacífico” dos Estados Unidos e cedendo à pressão geopolítica de Washington.
A publicação ainda critica a postura alemã diante da guerra na Ucrânia, negando que Pequim apoie Moscou e acusando Berlim de “jogar a culpa na China” por conveniência política.
<h3>Repercussão e expectativas futuras</h3>
O texto do Global Times pede que o ministro alemão “respeite os fatos, deixe de lado o preconceito e retire seus comentários inadequados”. O jornal também defende que Berlim contribua para estabilizar as relações bilaterais, essenciais não apenas para China e Alemanha, mas também para a cooperação entre Pequim e a União Europeia.
Segundo o editorial, preservar um relacionamento sólido entre os dois países é fundamental para o equilíbrio internacional, em meio à crescente rivalidade estratégica no cenário global.

José Reinaldo

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Global Times

Editorial do Global Times critica duramente declarações de ministro alemão sobre Taiwan e segurança no Pacífico

247 – O empresário Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, voltou a causar polêmica ao declarar publicamente que a Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema-direita, é "a última esperança para salvar a Alemanha". A declaração foi feita em um tweet na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, logo após uma conversa ao vivo com Alice Weidel, co-líder da legenda e candidata ao cargo de chanceler federal. Confira:
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">AfD is the only hope for Germany <a href="https://t.co/esWfhxM2JR">https://t.co/esWfhxM2JR</a>&mdash; Elon Musk (@elonmusk) <a href="https://twitter.com/elonmusk/status/1877497546786140596?ref_src=twsrc%5Etfw">January 9, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
A conversa, transmitida pela ferramenta Spaces na plataforma X, reuniu mais de 200 mil espectadores simultâneos, tornando-se a maior vitrine para a campanha da AfD até o momento. Durante a transmissão, Musk elogiou Weidel e criticou duramente o governo do chanceler Olaf Scholz, que busca a reeleição em 2025.
Críticas ao governo e apoio explícito
"Minha recomendação para o povo da Alemanha é: se vocês estão insatisfeitos com a situação, precisam votar por mudanças. E é por isso que eu realmente recomendo fortemente que as pessoas votem na AfD. Essa é simplesmente a decisão sensata", declarou Musk durante o evento. Ele acrescentou que considera Weidel "uma pessoa muito razoável" e que as políticas apresentadas na conversa eram baseadas "apenas em bom senso".
Tanto Musk quanto Weidel atacaram políticas do governo atual, destacando a crise energética, os altos impostos e a questão da imigração. Weidel culpou a ex-chanceler Angela Merkel e o atual governo de Scholz pela dependência do gás russo e pelo fim do programa nuclear alemão.
"Merkel arruinou este país. Forçou a abertura das nossas fronteiras para a imigração ilegal e destruiu nossa política energética. A Alemanha é o único país industrializado que eliminou seu programa nuclear", afirmou Weidel.
Musk chamou a decisão de desligar as usinas nucleares de "uma das coisas mais loucas" que já presenciou e criticou a burocracia alemã:
"A quantidade de regulamentações [na Alemanha] é absurda. Tive que lidar com 25 mil páginas de regulamentos que foram literalmente transportadas por caminhão. Isso não é aceitável no século 21."
Controvérsias sobre liberdade de expressão e Israel
Outro tema abordado na conversa foi a liberdade de expressão. Weidel refutou associações entre a AfD e o nazismo e afirmou que Adolf Hitler era socialista, não conservador. Musk reforçou a importância de combater a censura: "Quem quer acabar com a liberdade de expressão são os vilões", disse o empresário.
Quando questionada sobre Israel, Weidel confirmou o compromisso do partido com a defesa do Estado. Musk concordou e afirmou: "Não temos escolha a não ser eliminar as pessoas que se opõem à existência do Estado de Israel."
Impacto político
Pesquisas recentes indicam que a AfD pode conquistar a segunda maior bancada no Parlamento nas próximas eleições, previstas para 23 de fevereiro de 2025. A transmissão ao vivo foi acompanhada por órgãos de monitoramento da Comissão Europeia, que já acusaram a plataforma X de falhar em remover conteúdo considerado nocivo pelas regras digitais do bloco.
Segundo a Associated Press (AP), a interação entre Musk e Weidel reforça o papel da AfD como uma força polarizadora no cenário político alemão e acende alertas sobre a influência de figuras globais como Musk no processo eleitoral.

Redação Brasil 247

Bilionário proprietário do X Elon Musk durante comício de Donald Trump, em Nova York, EUA, 27/10/2024

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Mundo

Musk diz que extrema-direita é a última esperança para a Alemanha

Reuters - A influência de Elon Musk sobre o povo da Alemanha é limitada, disse um porta-voz do governo alemão nesta segunda-feira, minimizando o alcance do bilionário norte-americano depois que ele criticou o chanceler Olaf Scholz e apoiou o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha.
"As pessoas normais, as pessoas sensatas e as pessoas decentes são maioria neste país", disse o porta-voz em entrevista coletiva de imprensa regular em Berlim.
"Agimos como se as declarações do Sr. Musk no Twitter pudessem influenciar um país de 84 milhões de pessoas com inverdades, meias-verdades ou expressões de opinião. Esse simplesmente não é o caso", acrescentou, referindo-se à plataforma de mídia social pelo seu antigo nome antes de Musk a renomear como X.

Paulo Emilio

Elon Musk, dono da rede X, antes conhecida como Twitter

Elon Musk não pode influenciar um país de 84 milhões de habitantes, diz porta-voz do governo alemão

CMG – O China Media Group (CMG) promoveu ontem (11) em Munique, um evento de intercâmbio cultural para celebrar o 10º aniversário do estabelecimento da parceria estratégica abrangente entre a China e a Alemanha, com o lançamento de vários projetos de cooperação bilateral nos domínios de meios de comunicação social, cinema e televisão.
Na ocasião, a vice-presidente do CMG, Xing Bo, afirmou que o mundo está vivenciando mudanças aceleradas e a sociedade humana enfrenta riscos e desafios crescentes. “Para resolver estes problemas, a cooperação entre países relevantes é fundamental.”
Segundo ela, o CMG está disposto a unir forças com amigos de diferentes círculos na Alemanha para promover a prosperidade e o desenvolvimento de ambos os países.
No evento, o CMG e o Vogel Business Media da Alemanha lançaram conjuntamente o projeto Compreender a China - Viagem dos Jornalistas Alemães à China em 2025. O grupo alemão enviará repórteres para conhecer de perto o gigante asiático em 2025.
Além disso, foi lançado o documentário Time: A Thousand Year Journey (Tempo: Uma Jornada de Mil anos, na tradução livre), coproduzido pelo CMG e Zweites Deutsches Fernsehen (ZDF). A produção será exibida em breve no Festival de Cannes.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Denise Melo

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