247 - O deputado estadual Guilherme Cortez (Psol) apresentou na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo um projeto de lei para rebatizar a rodovia SP-280, atualmente denominada Presidente Castello Branco, para Eunice Paiva. Sua história foi retratada no filme "Ainda Estou Aqui", vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional. Eunice Paiva é esposa do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado e torturado pelos militares durante a ditadura. A obra do cineasta Walter Salles e protagonizada pela atriz Fernanda Torres levou o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025, marcando a primeira vez que o Brasil ganhou o troféu. A SP-280 liga a Grande São Paulo à região central do estado, passando por municípios como Sorocaba e Itu. Desde sua inauguração, homenageia Castello Branco, o primeiro presidente da ditadura militar (1964-1985). Ele ficou no poder de 1964 a 1967, sendo sucedido por Artur da Costa e Silva (1967-1969), pela junta militar brasileira de 1969, por Garrastazu Médici (1969-1974), Ernesto Geisel (1974-1979) e João Figueiredo (1979-1985). Na Assembleia Legislativa de SP, o deputado Guilherme Cortez defendeu a “necessidade de ressignificação de nomes de rodovias, parques, escolas, viadutos e prédios públicos estaduais que homenageiam personalidades históricas que se destacaram pela perseguição a minorias e pela violência.” A trama aborda o desaparecimento do político Rubens Paiva, pai do escritor Marcelo Rubens Paiva, durante a ditadura militar (1964-1985). O foco da obra é Eunice Paiva. Casada com Rubens Paiva e mãe de cinco filhos, ela passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso, torturado e assassinado. Lançado em novembro de 2024, o filme foi assistido por mais de 5 milhões de pessoas no Brasil e rendeu mais de R$ 100 milhões em bilheteria. Antes de vencer o Oscar, em Los Angeles, Ainda Estou Aqui recebeu 38 prêmios nacionais e internacionais, entre eles o Prêmio Goya e o Globo de Ouro de Melhor Atriz.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20241104181144_4864517b8a1d1f0c9bc525e5703794b1768bbaeea5e02b5ab88bc011b43d0ccb.png" data-media-id="editor_0" data-image-id="20241104181144_4864517b8a1d1f0c9bc525e5703794b1768bbaeea5e02b5ab88bc011b43d0ccb" data-rendition-name="original" width="1362" height="798" loading="lazy" alt="eunice-paiva-rubens-paiva"><figcaption>Eunice Paiva e Rubens Paiva. Foto: Reprodução</figcaption></figure>

Leonardo Lucena

Eunice Paiva, Rubens Paiva e Guilherme Cortez

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Projeto propõe alterar o nome da rodovia Castello Branco para Eunice Paiva

247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) enviou ofício à Ouvidoria Geral da Petrobrás requerendo a abertura de investigação sobre eventuais irregularidades cometidas por Roberto Castello Branco, durante sua gestão na presidência da estatal, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Denúncias anônimas recebidas pela FUP, coordenada por Deyvid Bacelar, apontaram que o ex-dirigente teria realizado obras de melhorias de infraestrutura em propriedade privada com recursos da estatal.&nbsp; “As negociações entre a Petrobrás e a 3R Petroleum movimentaram cerca de R$ 3 bilhões durante os dois primeiros anos de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando Castello Branco comandava a empresa”, lembra Bacelar, destacando que a 3R comprou, no período, diversos polos de campos maduros de petróleo da Petrobrás, a preços abaixo do valor de mercado: Areia Branca, Pescada Arabaiana, Macau e Potiguar (RN); Fazenda Belém (CE); Rio Ventura e Recôncavo (BA); Peroá (ES); e Papa-Terra (RJ).&nbsp;  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20200701150736_57d47bd8c8f6bf32ba2d01f736fc7e533880856547081ec2e37b72c9fac2bc1c.jpeg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20200701150736_57d47bd8c8f6bf32ba2d01f736fc7e533880856547081ec2e37b72c9fac2bc1c" data-rendition-name="original" width="1280" height="600" loading="lazy" alt="Roberto Castello Branco - Petrobras"><figcaption>Roberto Castello Branco, CEO da Petrobras. Foto: Sergio Moraes / Reuters</figcaption></figure>  A FUP aguarda manifestação sobre o pleito encaminhado pela Federação, no dia 12/11, ao responsável pela Ouvidoria Geral, Henrique Ximenes. Caso sejam comprovadas as denúncias de irregularidades, que os infratores sejam responsabilizados e os recursos devolvidos imediatamente aos cofres públicos. No documento enviado à Petrobrás a FUP lembra, ainda, que já havia apresentado denúncia ao Ministério Público contra Castello Branco em 2022, por suspeitas de improbidade administrativa, em razão da atuação do executivo na 3R Petroleum, empresa que mais adquiriu ativos da Petrobrás.&nbsp;

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FUP pede investigação contra Castello Branco por suspeitas de improbidade administrativa

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Projeto propõe alterar o nome da rodovia Castello Branco para Eunice Paiva

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