NOVA YORK (Reuters) - O júri do julgamento de Sean "Diddy" Combs por tráfico sexual chegou a um veredicto em quatro das cinco acusações que o magnata da música enfrenta, disse o juiz que supervisiona o caso nesta terça-feira, sem revelar qual foi o veredicto do júri.
O juiz distrital Arun Subramanian disse que o júri o havia informado em uma nota no final do segundo dia de deliberações que havia chegado a um veredicto sobre as acusações de tráfico sexual e transporte para prostituição que Combs enfrenta, mas não havia conseguido chegar a um veredicto sobre a conspiração de extorsão.
Subramanian não disse qual foi o veredicto dos jurados sobre as quatro acusações. Ele disse que instruiria o júri a continuar deliberando sobre a acusação de conspiração de extorsão.
Quanto à extorsão, Subramanian disse que a nota do júri dizia: "Temos jurados com opiniões incontestáveis ​​de ambos os lados".
Combs, de 55 anos, declarou-se inocente das cinco acusações.
Antes de Subramanian ler a nota do júri, Combs esfregou os olhos e encostou o rosto na palma da mão enquanto estava sentado à mesa da defesa com seus advogados reunidos ao seu redor. Um advogado de defesa, Brian Steel, tocou o ombro de Combs. Dois dos outros advogados de defesa de Combs se abraçaram.
O veredicto parcial ocorre após um julgamento de sete semanas em que duas ex-namoradas do magnata da música testemunharam que ele abusou física e sexualmente delas.
Os promotores afirmam que Combs foi acusado de extorsão porque, durante duas décadas, usou seu império comercial para forçar duas de suas parceiras românticas a participarem de performances sexuais de dias inteiros, alimentadas por drogas, às vezes conhecidas como "Freak Offs", com profissionais do sexo masculino em quartos de hotel, enquanto Combs observava, se masturbava e ocasionalmente filmava.
Seus advogados reconheceram que o fundador da Bad Boy Records, outrora famoso por organizar festas luxuosas para a elite cultural em locais luxuosos como os Hamptons e Saint-Tropez, às vezes era violento em seus relacionamentos domésticos. Mas eles disseram que a atividade sexual descrita pelos promotores era consensual.
Mais cedo nesta terça-feira, o júri pediu para revisar partes do depoimento da cantora de rhythm and blues Casandra "Cassie" Ventura, que testemunhou que Combs a forçou a participar de "Freak Offs" durante o relacionamento de uma década.
Combs, um ex-bilionário conhecido por elevar o hip-hop na cultura norte-americana, pode pegar prisão perpétua se for condenado por tráfico sexual ou extorsão.

Bianca Penteado

Sean "Diddy" Combs comparece a julgamento em tribunal federal de Nova York, neste esboço de tribunal
01/07/2025


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Mundo

Júri de Sean "Diddy" Combs decide sobre algumas acusações; veredicto ainda não é conhecido

247 - Sean John Combs, conhecido pelos seus vários apelidos como Puff Daddy, P. Diddy e Love, é uma das personalidades mais influentes da indústria musical e do entretenimento nos Estados Unidos. Nascido em 4 de novembro de 1969 no Harlem, Nova York, Diddy construiu um império multimilionário através de sua atuação como rapper, produtor musical e empresário. Contudo, nos últimos anos, seu nome tem sido associado a uma série de denúncias e processos que mancham sua trajetória, culminando em sua prisão recente.&nbsp;
Com 54 anos, Diddy é pai de sete filhos, fruto de relacionamentos com quatro mulheres diferentes. Seu nome passou a ser sinônimo de sucesso nos anos 90, quando fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records, responsável por lançar grandes nomes do hip-hop, incluindo o lendário The Notorious B.I.G. Ao longo de sua carreira, Diddy também expandiu seus negócios para as indústrias da moda e das bebidas alcoólicas, tornando-se um dos principais ícones da cultura pop e do empreendedorismo.
No entanto, o rapper vem enfrentando acusações gravíssimas, relata o <a href="https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2024/09/27/sean-diddy-combs-quem-e-ele-e-quais-sao-as-acusacoes-que-envolvem-sua-prisao-ponto-a-ponto.ghtml">g1</a>. No último dia 16, ele foi preso em um hotel de luxo em Nova York, acusado de abusos e agressões que teriam ocorrido ao longo de décadas. De acordo com o documento da acusação, Diddy teria "abusado, ameaçado e coagido mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações." As denúncias incluem relatos de mulheres que teriam sido forçadas a manter relações sexuais sob o efeito de drogas e cetamina, com o rapper gravando os abusos.
Segundo Damian Williams, promotor responsável pelo caso, Diddy criou um "sistema baseado na violência", onde as vítimas eram sujeitas a longas sessões de abusos. As investigações revelam que, em diversos momentos, o rapper teria sido extremamente violento, "chutando e arrastando as vítimas pelos cabelos", quando não conseguia o que queria.
Além da recente prisão, Diddy já vinha enfrentando uma série de acusações anteriores. Entre elas, está o processo movido por Cassie Ventura, encerrado de maneira sigilosa, mas que trouxe à tona novos relatos de abuso. Outros casos envolvem um produtor musical que, em fevereiro deste ano, afirmou ter sido coagido por Diddy a contratar mulheres para o rapper e a manter relações com elas.
Apesar das acusações, Diddy mantém sua inocência e nega todas as alegações. "Eu não fiz nenhuma das coisas horríveis que estão sendo alegadas. Eu lutarei pelo meu nome, pela minha família e pela verdade", declarou ele através de seu advogado, Marc Agnifilo.
Com uma carreira repleta de sucesso e polêmicas, a prisão de Diddy reacendeu o debate sobre a cultura do abuso de poder em Hollywood e na indústria da música.&nbsp;

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