247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 690 milhões para a construção de dois parques eólicos no Rio Grande do Norte, que integram o complexo Serra do Tigre. O valor, segundo a<a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/03/bndes-aprova-r-690-milhoes-para-construcao-de-dois-parques-eolicos-no-rn.shtml"> Folha de S. Paulo</a>, será repassado à TGR Subholding 1 S.A., subsidiária da Casa dos Ventos, empresa responsável pelo empreendimento. Os dois parques contemplados — Ventos de São Rafael 03 e 06 — serão instalados nos municípios de Campo Redondo, Currais Novos, Lajes Pintadas e São Tomé, compondo parte do megacomplexo eólico que contará, ao todo, com 12 parques e capacidade instalada de 756 MW (megawatts).
A maior parte do financiamento, R$ 500 milhões, será destinada por meio do Fundo Clima, operado pelo BNDES. Os R$ 190 milhões restantes vêm do programa BNDES Finem, voltado a iniciativas que aumentem a capacidade produtiva do país em setores estratégicos. O investimento total estimado do projeto é de R$ 889,4 milhões.
Ainda de acordo com a reportagem, além das turbinas, o financiamento inclui o sistema de transmissão necessário para escoar a energia produzida, com duas linhas de 114 km e 25 km de extensão, além de duas subestações coletoras. A construção do complexo teve início no quarto trimestre de 2023 e a previsão é de que a operação comercial esteja em pleno funcionamento no início de 2026.
Segundo o BNDES, o projeto deverá gerar cerca de 3.500 empregos diretos e indiretos durante a fase de implantação. Para o presidente do banco, Aloizio Mercadante, o investimento está alinhado com a missão institucional de impulsionar a transição energética no Brasil.
“O projeto aprovado para o complexo Serra do Tigre está em linha com a missão do banco de contribuir com a diversificação da matriz energética brasileira”, afirmou Mercadante em nota oficial. Já o diretor financeiro da Casa dos Ventos, Ivan Hong, disse que “o empreendimento será um dos maiores do Brasil e um incremento importante para a matriz elétrica renovável”.
A iniciativa também reflete a política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de fortalecer o papel do BNDES como catalisador de investimentos estratégicos para o país através de setores prioritários como inovação, infraestrutura verde e transição energética.

Paulo Emilio

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Brasil Sustentável

BNDES aprova financiamento de R$ 690 milhões para complexo eólico no RN

(Reuters) - A empresa de energia Casa dos Ventos assinou memorando de entendimento para fornecer energia renovável ao projeto de fertilizantes "verdes" da empresa suíça Atlas Agro em Minas Gerais.
O acordo deverá permitir o fornecimento de energia eólica e solar, segundo as companhias.
A fábrica demandará cerca de 300 MW médios, que serão fornecidos pela Casa dos Ventos para a produção de nitrato de amônia verde, o que permitirá a redução de emissões de carbono na produção agrícola, por meio da utilização de um insumo ambientalmente mais sustentável.
A Atlas Agro tem previsão de investir cerca de 1 bilhão de dólares no projeto em Uberaba, que deve entrar em operação comercial em 2028.
A unidade terá capacidade para produzir cerca de 530 mil toneladas de fertilizantes por ano, colaborando para reduzir a dependência do Brasil na importação do insumo.
A produção mundial de fertilizantes nitrogenados é feita primordialmente com gás natural, o que torna o setor responsável por 2% das emissões globais de carbono, segundo comunicado conjunto das empresas envolvidas no acordo.
"A missão da Atlas Agro é descarbonizar a produção global de nitrogênio. Energia competitiva em custo e confiável é a base para produzir fertilizantes nitrogenados sustentáveis a preços acessíveis para os agricultores locais", disse o cofundador da Atlas Agro e presidente da Atlas Agro Brasil, Knut Karlsen.
Segundo o diretor-executivo da Casa dos Ventos, Lucas Araripe, a empresa tem trabalhado para que o Brasil assuma o protagonismo na transição energética por intermédio da descarbonização de setores-chaves, como é o agronegócio.
"Além de trazer autonomia para o campo, a tese gera investimentos relevantes em energia renovável para o país", comentou ele.
De acordo com a diretora de energia renovável da Atlas Agro, Maria Gabriela da Rocha Oliveira, "os baixos custos das energias renováveis no Brasil representam uma solução competitiva para viabilizar a produção nacional de fertilizantes, promovendo a segurança alimentar e a sustentabilidade industrial do país".

Turbina de geração eólica em Fortaleza

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Casa dos Ventos firma acordo para fornecer energia renovável a projeto de fertilizantes

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