247 - Em meio à escalada do conflito entre Irã e Israel, uma comitiva de 19 autoridades brasileiras — entre prefeitos, vice-prefeitos, secretários e um vereador — segue retida em território israelense, enfrentando constantes alertas de bombardeio e deslocamentos para bunkers. De acordo com reportagem do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/06/15/entre-alertas-de-bombas-e-idas-ao-bunker-prefeitos-brasileiros-em-israel-recebem-treinamento-sobre-sensacao-de-seguranca.ghtml">O Globo</a>, os integrantes do grupo, convidados pelo governo de Israel, passaram mais uma madrugada entre o abrigo subterrâneo e os quartos de hotel, assistindo também a palestras sobre segurança pública e instabilidade social.
No quarto dia consecutivo de confrontos, o Irã e Israel voltaram a trocar ataques. A imprensa iraniana informou sobre uma explosão em Teerã, enquanto autoridades israelenses emitiram novos alertas após mísseis serem disparados do Irã. Segundo balanços oficiais, 13 pessoas morreram em Israel e mais de 390 ficaram feridas; no Irã, os bombardeios registrados desde a sexta-feira (13) deixaram ao menos 128 mortos e centenas de feridos.
Relatos de tensão e treinamentos sobre "sensação de segurança" - Em suas redes sociais, autoridades brasileiras vêm registrando o clima de tensão. O vice-prefeito de Uberlândia (MG), Vanderlei Pelizer Pereira (PL), publicou vídeos dos alertas recebidos por celular e do deslocamento do grupo até o bunker. Já neste domingo (horário de Brasília), ele compartilhou o tema da palestra do dia: “sensação de segurança e ordem pública”.
A vice-prefeita de Goiânia, Cláudia da Silva Lira (Avante), também divulgou imagens da aula, ministrada em espanhol, na qual foram abordados temas como violência urbana e instabilidade institucional. “O treinamento continua”, resumiu.
O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião Vieira da Paz (União Brasil), relatou os momentos de apreensão durante a madrugada: “é assim que se madruga por aqui”, escreveu ao mostrar uma das notificações de emergência. Em outro vídeo, publicado às 3h15 no horário local, ele aparece deixando o abrigo. “Parece que vencemos mais uma noite aqui em Israel. Já é madrugada de domingo. Acredito que agora a gente possa dormir com mais tranquilidade”, afirmou.
Itamaraty em tratativas para retirada da delegação - Com o agravamento dos ataques aéreos, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil está em contato com o governo israelense para garantir a evacuação segura da comitiva, que inclui ainda o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas); o de Macaé, Welberth Rezende (Cidadania); e o de Nova Friburgo, Johnny Maycon (PL), além de representantes do Consórcio Brasil Central.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), telefonou neste sábado (15) para os prefeitos Álvaro Damião e Cícero Lucena. “A ministra transmitiu ao prefeito Damião, que coordena o grupo de brasileiros no local, as tratativas, desde ontem, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil com autoridades de Israel para providenciar o retorno em segurança da delegação e de um grupo de representantes do Consórcio Brasil Central, que também se encontram em território israelense”, informou a pasta em nota oficial.
O Itamaraty avalia agora uma evacuação por via terrestre até a Jordânia, de onde o grupo seguiria de avião para o Brasil. O ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, já manteve contato com o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi, para discutir essa possibilidade.
Fechamento do espaço aéreo e permanência forçada - A embaixada brasileira em Tel Aviv segue em diálogo direto com as comitivas, mas, por enquanto, o espaço aéreo israelense está fechado, inclusive para voos comerciais. Em nota, o Itamaraty esclareceu que “tomou conhecimento da presença de duas comitivas de autoridades estaduais e municipais do País em Israel, a convite do governo local, no momento do início das hostilidades em curso, com o ataque israelense ao Irã, na noite de quinta-feira, 12/6”.
Ainda segundo o ministério, “o secretário de África e Oriente Médio manteve contato telefônico com seu homólogo da chancelaria israelense, ocasião em que pediu tratamento prioritário à saída em segurança das delegações brasileiras”. Até o momento, as autoridades locais seguem recomendando que as delegações estrangeiras permaneçam em Israel, aguardando condições seguras para deslocamento, seja por ar ou por terra.

Guilherme Levorato

Prefeitos brasileiros em palestra em Israel

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Prefeitos brasileiros presos em Israel vivem rotina de tensão e palestras

247 - Uma operação da Polícia Civil de São Paulo resultou na descoberta de 152 armas de fogo escondidas em um bunker atrás de um guarda-roupa na casa de um CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) em Santo Amaro, na zona sul da capital. A ação ocorreu nesta segunda-feira (9) e foi conduzida pela 4ª Cerco (Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas), após a emissão de mandados de busca e apreensão relacionados a uma investigação sobre comércio ilegal de armas, destaca o <a href="https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/12/10/bunker-guarda-roupa-armas-policia-sp.htm">Uol</a>.
De acordo com a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), o homem foi preso em flagrante por porte irregular de armas de uso restrito. Um vídeo gravado durante a operação mostra o momento em que os policiais descobrem o compartimento secreto. Nas imagens, um agente retira objetos de uma prateleira, desliza uma porta camuflada e desce uma escada até o bunker, onde as armas estavam armazenadas.
Arsenal e documentos irregulares
Das 152 armas encontradas, 65 possuíam documentação regular, enquanto 87 não apresentavam nenhum tipo de registro. Além das armas, munições e diversos acessórios também foram apreendidos no local. Todo o material foi encaminhado para perícia.
Até o momento, o nome do CAC preso não foi divulgado pelas autoridades. A defesa do investigado não foi localizada para comentar o caso. O espaço segue aberto para manifestação.
A descoberta reforça as preocupações sobre o desvio de armas no mercado clandestino e o uso indevido do registro de CACs no Brasil, tema de constantes debates no Congresso Nacional e no setor de segurança pública.

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Prefeitos brasileiros presos em Israel vivem rotina de tensão e palestras

Polícia descobre 152 armas escondidas em bunker na casa de CAC em São Paulo

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