Reuters - A Bulgária pedirá que os gastos com defesa sejam excluídos de seu déficit orçamentário, disse nesta segunda-feira o primeiro-ministro do país, Rosen Zhelyazkov, segundo a agência de notícias BTA, enquanto Sófia tenta atender aos principais requisitos para ingressar na zona do euro no ano que vem.
Em março, a Bulgária aprovou um orçamento para 2025 visando um déficit de 3%. Mas os estados-membros da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Uni%C3%A3o+Europeia">União Europeia</a> estão sendo encorajados a aumentar os gastos com defesa sob os planos de rearmamento do bloco, motivados pela guerra da Rússia com a Ucrânia e pelo temor de que a Europa não possa mais ter a proteção norte-americana.
A Comissão Europeia, o órgão executivo da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Uni%C3%A3o+Europeia">UE</a>, já propôs que os gastos com defesa sejam isentos dos limites impostos pelas regras do bloco sobre dívida pública.
A BTA citou Zhelyazkov dizendo, durante conversas com o presidente do Conselho <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Uni%C3%A3o+Europeia">Europeu</a>, Antonio Costa, que Sófia pediria à Comissão para adotar uma cláusula de suspensão para defesa contra o não cumprimento das regras orçamentárias da UE.
Os gastos com defesa na Bulgária representarão mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, disse Zhelyazkov, com um possível aumento adicional se uma cláusula de suspensão estiver em vigor.
(Reportagem de Daria Sito-Sucic)

Luis Mauro Filho

Primeiro-ministro da Bulgária, Rosen Zhelyazkov - 15/01/2025

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Mundo

Bulgária pedirá à UE exclusão do gasto com defesa do déficit orçamentário

André Richter - Repórter da Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou atrás e decidiu revogar sua própria decisão que concedeu prisão domiciliar ao búlgaro Vasil Georgiev Vasilev, alvo de um pedido de extradição do governo da Espanha.
A revogação foi assinada no dia 18 de abril após o ministro constatar que Vasilev não tem endereço fixo no Brasil, circunstância que impede a prisão domiciliar. Diante do fato, Moraes decidiu manter a prisão do búlgaro em uma penitenciária de Ponta Porã (MS).
Em fevereiro deste ano, Vasilev foi preso ao cruzar a fronteira do Paraguai com o Brasil. Ele é procurado na Espanha por tráfico drogas e responde por transportar uma mala com 52 quilos de cocaína, que seriam entregues para outro investigado, em Barcelona. O crime ocorreu em 2022. 
Na terça-feira (15), Alexandre de Moraes decidiu suspender o pedido de extradição solicitado ao Brasil pela Espanha e determinou a prisão domiciliar. 
A decisão foi tomada após a Justiça da Espanha negar o pedido do governo brasileiro para extraditar o <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2025-04/justica-da-espanha-nega-extradicao-de-blogueiro-investigado-pelo-stf" target="_blank">blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio</a>, investigado pelo Supremo pelo envolvimento em atos antidemocráticos.
De acordo com a decisão da Justiça espanhola, o blogueiro não pode ser enviado para o Brasil porque é alvo de uma investigação com "motivação política".
No entendimento do ministro, o tratado de extradição entre Brasil e Espanha envolve o requisito da reciprocidade, ou seja, o cumprimento do acordo pelos dois países.
Dessa forma, Moraes entendeu que houve desrespeito à reciprocidade, determinou a suspensão do processo de extradição do búlgaro e deu prazo para o embaixador da Espanha no Brasil prestar esclarecimentos.
Oswaldo Eustáquio está com mandado de prisão em aberto no Brasil e fugiu para o país europeu em meio às investigações que apuraram a suspeita de que ele atuou para impulsionar ataques extremistas contra o STF e o Congresso por meio das redes sociais.

Leonardo Sobreira

Brasil

Caso Eustáquio: Moraes revoga prisão domiciliar de búlgaro procurado pela Espanha

(Reuters) - A Romênia e a Bulgária abandonaram controles de fronteira para se tornarem membros plenos da zona Schengen, a área de livre viagem da União Europeia, se unindo ao crescente bloco de países nos quais os residentes podem viajar sem checagem de passaporte.
Fogos de artifício iluminaram o céu próximo da cidade búlgara de Ruse, perto da fronteira, logo após a meia-noite, enquanto os ministros do Interior da Bulgária e da Romênia erguiam simbolicamente uma barreira na Ponte da Amizade, que atravessa o rio Danúbio. A travessia é um importante ponto de trânsito para o comércio internacional, frequentemente sujeito a congestionamentos.
“Este é um momento histórico", declarou o primeiro-ministro búlgaro, Dimitar Glavchev. "Do sul, na Grécia, até o norte, na Finlândia, e até o oeste, em Portugal – agora você pode viajar sem fronteiras".
Os controles para viagens aéreas e marítimas entre a Bulgária e a Romênia foram suspensos em março de 2024, mas os controles terrestres continuaram até que a Áustria, no mês passado, retirou um veto que havia mantido sob o argumento de que eram necessárias mais medidas para conter a migração irregular.
Os controles de fronteira entre França, Alemanha, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo foram abolidos pela primeira vez em 1985. Atualmente, a área Schengen abrange 25 dos 27 países membros da União Europeia, além de Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.
Irlanda e Chipre não são membros da zona Schengen.

Guilherme Paladino

Romênia e Bulgária se tornam membros plenos da zona Schengen da União Europeia

(Reuters) – O partido de centro-direita GERB venceu a eleição parlamentar na Bulgária neste domingo, segundo resultados preliminares, mas precisará buscar um parceiro de coalizão para formar um governo. De acordo com os dados preliminares da comissão eleitoral, baseados em uma contagem parcial dos votos, o GERB obteve 26,08% dos votos.
O partido reformista Continuamos a Mudança (PP) ficou em segundo lugar com 14,76%, enquanto o partido ultra-nacionalista Revival ficou em terceiro com 13,8%, segundo o site da comissão na manhã de segunda-feira, após a contagem de mais de 82% dos votos. A eleição de domingo, a sétima em quatro anos, foi desencadeada pelo fracasso dos partidos em formar uma coalizão após uma eleição inconclusiva em 9 de junho.
Na manhã de segunda-feira, o líder do GERB, Boyko Borissov, agradeceu aos eleitores pelo apoio e disse que seu partido formaria um novo governo. "Vamos trabalhar junto com todos, exceto o Revival", afirmou. A Bulgária tem sido governada por administrações de curta duração desde 2020, quando protestos contra a corrupção ajudaram a encerrar uma coalizão liderada pelo GERB.
O país precisa de um governo estável e funcional para acelerar o fluxo de fundos da União Europeia em sua infraestrutura desgastada e avançar em direção à adoção do euro. Os planos para ingressar na zona do euro já foram adiados duas vezes devido ao não cumprimento de metas de inflação, e a adesão está prevista para 25 de janeiro de 2025.
Muitos eleitores temem mais incertezas pela frente. “Mesmo que consigam formar um governo, não dou muitas chances de ele ter uma vida útil longa e saudável nos próximos quatro anos”, disse Stoyan Danin, de 37 anos, em Sófia, à Reuters.

Boyko Borissov, ex-primeiro-ministro búlgaro e líder do partido de centro-direita GERB, fala após as primeiras pesquisas de boca de urna, durante as eleições parlamentares antecipadas, em Sófia, Bulgária, 27 de outubro de 2024

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