Os Jogos Olímpicos de Paris de 2024 marcam um ponto de inflexão histórico para o Brasil. Pela primeira vez na história olímpica, o país encerra a competição com apenas medalhas de ouro conquistadas por mulheres. Este feito não apenas destaca a predominância feminina na atual delegação, mas também sublinha a transformação no cenário esportivo nacional.
A delegação brasileira em Paris foi a primeira na história a ter uma maioria de mulheres: 55% dos 276 atletas eram do sexo feminino. Esta mudança não é apenas um reflexo da crescente presença das mulheres no esporte, mas também uma vitória para o programa Bolsa Atleta, criado pela ex-presidente Dilma Rousseff. O programa, que enfrenta desafios e críticas desde o golpe de Estado de 2016, tem sido crucial para apoiar atletas de origens humildes, permitindo-lhes competir em alto nível e alcançar êxitos notáveis.
Dentre as conquistas femininas, o destaque para Beatriz Souza no judô é particularmente emblemático. A vitória da judoca não apenas evidenciou seu talento excepcional, mas também serviu como um poderoso símbolo de superação e resiliência. Beatriz, que veio de uma origem humilde e recebeu apoio através do Bolsa Atleta, exemplifica como o investimento em atletas de base pode resultar em grandes realizações. Sua performance no judô demonstra a importância de proporcionar oportunidades para jovens com potencial, mas com recursos limitados.
É o mesmo caso da recordista brasileira em medalhas olímpicas, &nbsp;a ginasta Rebeca Andrade, &nbsp;uma de oito irmãos, filha de mãe solteira, faxineira.
Além do apoio direto aos atletas, é crucial reconhecer a relevância da participação estatal na integração da educação física e esportiva como parte fundamental da formação educacional. Investir na educação física nas escolas e em programas esportivos de base não apenas contribui para a formação integral dos cidadãos, mas também cria uma base sólida para o desenvolvimento de futuros atletas. O suporte a programas que aliam a educação ao esporte é essencial para preparar os jovens para a vida, além de potencializar o desempenho de atletas em ascensão.
Este desempenho das mulheres também reflete uma possível nova era para o Brasil. A predominância feminina nas medalhas de ouro e a maior participação de mulheres na delegação evidenciam uma mudança positiva em direção a uma sociedade mais inclusiva e equitativa. A excelência e o sucesso das atletas brasileiras, com destaque para Beatriz Souza, podem servir como um modelo para uma sociedade mais bem-sucedida, caracterizada pela inclusão de mulheres e negros e pela redução das desigualdades. O Brasil possui um vasto potencial humano que muitas vezes é subaproveitado devido à falta de oportunidades. Investir em políticas que promovam a inclusão e a igualdade é essencial para maximizar esse potencial.
O exemplo de Beatriz Souza, superando adversidades e quebrando barreiras, deve inspirar uma reflexão sobre a importância de criar um ambiente mais justo e igualitário. A história olímpica do Brasil, com suas vitórias e desafios, agora se enriquece com um novo capítulo de realizações femininas, apontando para um futuro onde a diversidade e a inclusão se tornam os pilares de uma sociedade mais bem-sucedida e coesa.

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Editoriais

O desempenho das brasileiras nos Jogos de Paris aponta para um novo modelo de sociedade

Agência Gov – As medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Olímpicos de 2024 têm a marca do Programa Bolsa Atleta, que financia o sonho de 9 em cada 10 competidores brasileiros que estão em Paris. Reportagem de Jéssica Gonçalves para o telejornal Brasil em Dia, Canal Gov, traz depoimentos de atletas a respeito da importância do programa lançado <a href="https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202407/20-anos-de-bolsa-atleta-quem-ganha-e-o-brasil" target="_blank">há 20 anos</a> pelo Governo Federal. Lorrane Oliveira e Jade Barbosa, da equipe de ginástica que ficou com o bronze, além de Caio Bonfim, prata na marcha atlética, convergem na avaliação.
O Bolsa Atleta, para todos eles, proporciona a permanência na caminhada. O direito de comer, viver, se vestir, estudar, treinar. A capacidade de organizar sua estrutura e sua rotina, sem perder o foco e o sonho. A possibilidade de colocar necessidades e planos na balança e decidir que dá para seguir em frente. O <a href="https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202407/digital-do-bolsa-atleta-esta-em-271-dos-276-atletas-do-brasil-nos-jogos-olimpicos" target="_blank">Bolsa Atleta é um diferencial</a> não só para um competidor, quase sempre de origem humilde, mas para sua estrutura familiar.
O “time” de políticas públicas, porém, não para por aí. Além da delegação escalada para competir, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) levou a Paris diversos futuros membros dessa delegação, quem sabe já em Los Angeles 2028. São os convidados do Programa Vivência Olímpica, como o velejador Lucas Fonseca, a pequena ginasta Ana Luísa Sales, de 11 anos, e Ryan Kainalo, que com apenas 18 anos já tem um mundial sub-18 de surfe e um bicampeonato sul-americano na categoria.
Eles estão na capital mundial do esporte, com recursos proporcionados pela Lei das Loterias, para mergulhar no ambiente de competição. Conviver com ídolos do passado e da atualidade, superar os medos, semear coragem, cultivar experiência. E investir no sonho. Como alguns anos atrás já o fizeram Rebeca Andrade, Martine Grael, Izaquias Queiroz e Bia Ferreira.
A matéria apresenta ainda o Programa Revelar Talentos, destinado a garimpar talentos, encaixá-los em suas vocações, e proporcionar formação e aperfeiçoamento para atletas até 21 anos. O objetivo é criar condições para chegarem ao patamar do alto rendimento, também com a capacitação de profissionais que compõem a rede de apoio que cada atleta precisa – como treinadores, preparadores, psicólogos. O trabalho inclui e participação em competições, e também em intercâmbios, cursos, seminário e congressos. Está organizado em 15 núcleos de atuação e tem um orçamento de R$ 9 milhões para este ano.

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Esporte

Bolsa Atleta e outras políticas públicas: saiba como o Brasil constrói seu futuro no esporte

247 - A judoca brasileira Beatriz Souza fez história ao conquistar o primeiro ouro do Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024, ao vencer o israelense Raz Hershko, número 2 do ranking mundial, por waza-ari. Após a vitória, Beatriz revelou que a maior luta foi manter-se positiva e focada. "Me manter positiva, focar nas minhas estratégias e me manter confiante, com certeza, foi a luta mais difícil. Sair grandiosa diante de adversárias tão fortes não tem preço", disse.
Após subir ao pódio, Beatriz, que esteve acompanhada de todas as adversárias que derrotou, manifestou seus planos para quando retornar ao Brasil. "Quando voltar ao Brasil, vou pedir um aumento de salário. Tô representando bem demais o judô, eu mereço. Agora sou campeã olímpica", brincou a atleta.
Com essa vitória, o Brasil soma um ouro, três pratas e três bronzes nesta edição dos Jogos Olímpicos. Beatriz celebrou emocionada: "Eu abdiquei de tanta coisa para chegar até aqui, abri mão de tanta coisa, é uma vida por um dia. É inexplicável. É uma das melhores coisas do mundo. Eu consegui. Deu certo, mãe. Eu consegui. Eu consegui. Foi pela vó. Eu amo vocês, eu amo vocês".

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“A luta mais difícil não foi contra as adversárias, mas contra mim mesma, de manter-me positiva”, diz Beatriz Souza

247 - Nesta sexta-feira (2), o Brasil celebra a conquista de sua primeira medalha de ouro nas Olimpíadas de Paris. A judoca Beatriz Souza, na categoria acima de 78 kg, derrotou a israelense Raz Hershko, alcançando o topo do pódio e marcando seu nome na história do esporte. A vitória na final reforça o domínio de Bia sobre Hershko, adversária que já derrotara em quatro ocasiões anteriores. Na semifinal, Beatriz também superou a francesa Romane Dicko, atual número 1 do mundo.
Nascida em Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, Beatriz começou sua jornada no judô aos sete anos, inspirada ao assistir um treino, relata reportagem do <a href="https://sbtnews.sbt.com.br/noticia/olimpiada/beatriz-souza-saiba-quem-e-a-judoca-do-brasil-que-vai-disputar-o-ouro-na-olimpiada-de-paris">SBT News</a>. Filha única entre três irmãs a seguir os passos do pai judoca, Poscedonio José de Souza Neto, Bia teve como primeiro mestre Wagner Silva, da Associação Budokan de Peruíbe.
Determinada a alcançar novos patamares, aos 15 anos, Bia se mudou para São Paulo, onde conciliava os estudos com intensos treinos diários. Sua dedicação e talento a levaram a disputar uma vaga nos Jogos de Tóquio 2020, realizados em 2021 devido à pandemia de Covid-19. Apesar de não ser escolhida para competir naquela ocasião, sua trajetória não foi em vão. Maria Suelen Altheman, que foi a representante brasileira em Tóquio, tornou-se uma das treinadoras de Bia no ciclo olímpico de Paris,.
A carreira de Bia Souza é marcada por conquistas notáveis. Ela possui três medalhas em Mundiais de Judô (duas de bronze e uma de prata), cinco títulos Pan-Americanos e 24 medalhas em Copas do Mundo, incluindo 17 no World Judô Tour, com quatro vitórias. Em 2023, brilhou ao conquistar o ouro no Grand Slam de Baku e no Grand Prix de Linz, na Áustria. Reconhecendo seu talento e contribuição ao esporte, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) a elegeu a melhor judoca do país em 2023.
Com carisma, confiança e uma personalidade cativante, Bia já defendeu o Palmeiras e atualmente representa o Esporte Clube Pinheiros, além de ser atleta militar.

Quem é Beatriz Souza, brasileira campeã olímpica no judô

247 - A judoca brasileira Beatriz Souza garantiu sua vaga na semifinal da categoria acima dos 78kg nas Olimpíadas de Paris 2024, após uma vitória controversa sobre a sul-coreana Hayun Kim nesta sexta-feira (2). O confronto foi decidido após um contragolpe de Bia, que inicialmente foi considerado uma derrota, mas a arbitragem revisou a decisão, concedendo-lhe a vitória por waza-ari.
O combate, que se encaminhava para o Golden Score devido ao equilíbrio entre as competidoras, teve seu momento decisivo quando Kim atacou e Bia respondeu com um golpe de contra-ataque. Ambas caíram ao chão e a vitória foi inicialmente dada à sul-coreana por ippon. Após a revisão da arbitragem, a decisão foi revertida, e Bia foi declarada vencedora, destaca o<a href="https://www.metropoles.com/esportes/olimpiadas-2024/beatriz-souza-semifinal-do-judo"> Metrópoles.</a>
Com a vitória, Beatriz Souza avança para a semifinal e mantém viva a esperança de conquistar ao menos uma medalha de bronze.&nbsp;

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Beatriz Souza avança à semifinal do judô nas Olimpíadas de Paris

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