247 - Os Estados Unidos estão criando tensões na região da Ásia-Pacífico, transformando a zona em um “barril de pólvora”, aponta uma declaração no site do Ministério das Relações Exteriores da China. A entidade diplomática chinesa comentou no domingo o discurso do secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, na conferência de segurança Shangri-La Dialogue, em Cingapura.
"Os Estados Unidos são, de fato, um país hegemônico no verdadeiro sentido da palavra e também o principal fator que mina a paz e a estabilidade na região da Ásia-Pacífico. Buscando prolongar sua hegemonia, os EUA estão promovendo a chamada 'Estratégia do Indo-Pacífico', implantando armas ofensivas no mar do Sul da China, incitando e criando tensão na região, transformando a região em um 'barril de pólvora' e causando profunda preocupação dos países da região", disse um representante oficial da chancelaria chinesa.
Porta-voz do Ministério da Defesa Nacional chinesa, Zhang Xiaogang também se pronunciou. "Os fatos provaram repetidamente que é perigoso ser inimigo dos Estados Unidos, mas ser amigo deles pode ser fatal", disse Zhang, acrescentando que os países relevantes são aconselhados a não incitar problemas e se tornar "peões de outros", o que prejudicaria a paz e a estabilidade duramente conquistadas na região.
No evento em Cingapura, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth atacou o país asiático. “A ameaça que a China apresenta é real e pode ser iminente”, afirmou o integrante do governo Trump.
Conforme o governo chinês, a questão de Taiwan é exclusivamente um assunto interno da China e fez um apelo aos EUA para cumprir o princípio de Uma Só China. Em fevereiro foi divulgada a informação de que os EUA vão fornecer mais um pacote de armas para Taiwan, apesar das exigências de Pequim para que Washington pare de vender armas para a ilha.
Pelos detalhes do contrato publicados na plataforma de compras da administração de Taipé, Taiwan vai gastar US$ 761 milhões (cerca de R$ 4,3 bilhões) para adquirir três Sistemas Nacionais Avançados de Mísseis Terra-Ar (NASAMS) dos EUA.
A China também afirmou que os EUA querem estabelecer uma grande instalação militar nas Filipinas para armazenamento de armas e suprimentos logísticos. Outro ponto de preocupação é sobre a guerra comercial. Os dois países concordaram em reduzir temporariamente as chamadas "tarifas recíprocas" entre os dois países durante 90 dias.
As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas diminuirão de 145% para 30%. As taxas da China sobre os produtos americanos cairão de 125% para 10% (com informações da Sputnik e da Xinhua).

Leonardo Lucena

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China alerta: EUA estão transformando Ásia-Pacífico em um 'barril de pólvora'

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