247 – A Associação Americana de Juristas (AAJ) afirmou, na segunda-feira (14), que há indícios de fraude e múltiplas irregularidades no pleito presidencial do Equador, realizado no último final de semana.
Na noite de domingo (13), o Conselho Nacional Eleitoral do Equador informou que o atual mandatário, Daniel Noboa, superou a adversária Luisa González, com 55,83% dos votos contra 44,17%, após mais de 92% da votação apurada.
Para a AAJ, o processo eleitoral já estaria comprometido antes mesmo do primeiro turno, quando Noboa, contrariando o Código da Democracia, não se afastou do cargo para concorrer, usando a máquina pública em benefício da própria campanha. A entidade acusa o presidente de violar a legislação ao permitir a atuação de ministros em eventos eleitorais e ao não respeitar o silêncio eleitoral.
No dia da votação, a entidade aponta que novas irregularidades teriam ocorrido, incluindo atas sem assinaturas do presidente e do secretário da mesa, encerramento antecipado de locais de votação, mudanças de última hora em centros eleitorais e exclusão de mais de 10 mil eleitores no exterior.
Segundo a associação, os resultados do segundo turno ainda contradizem pesquisas eleitorais e mostram que a candidata Luisa González não só não aumentou seus votos, como viu-os diminuírem, inclusive em províncias onde havia tido maioria no primeiro turno.
Em comunicado, a AAJ cobra ações imediatas das autoridades eleitorais equatorianas, como a apuração das denúncias contra a chapa de Noboa, uma recontagem geral dos votos e a convocação de uma auditoria internacional, com participação da ONU, OEA e outros organismos.

Bianca Penteado

Daniel Noboa foi proclamado presidente reeleito do Equador

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Associação Americana de Juristas aponta fraude nas eleições do Equador e cobra recontagem dos votos

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