247 - Após nove horas de um apagão que atingiu cerca de 19 milhões de pessoas — quase 95% da população do Chile —, 90% da energia elétrica foi restaurada na madrugada desta quarta-feira (26). O blecaute, considerado o maior em 15 anos, começou por volta das 15h16 de terça-feira (25) e afetou praticamente todo o país, incluindo a capital Santiago. O Coordenador Elétrico Nacional, responsável pelo sistema de transmissão, informou que a maioria dos imóveis residenciais já contava com energia por volta da meia-noite, desta o <a href="https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2025/02/26/queda-energia-chile.htm">Uol</a>.
O corte de energia levou o governo a decretar toque de recolher em parte do território nacional, proibindo a circulação de pessoas entre 22h e 6h. O presidente Gabriel Boric responsabilizou as empresas privadas que administram o sistema elétrico pela falha. "Não é possível que a rotina de milhões de chilenos e chilenas seja alterada dessa forma por empresas que não fazem o seu trabalho direito", criticou Boric, anunciando sanções às companhias envolvidas. A ministra do Interior, Carolina Tohá, descartou a hipótese de um ataque ou boicote. "Não há nenhuma razão para supor que por trás disso exista um ataque. Seria uma falha de funcionamento do próprio sistema", afirmou em coletiva de imprensa.
O apagão paralisou serviços essenciais e causou transtornos em todo o país. O Metrô de Santiago ficou inoperante, obrigando milhares de pessoas a caminharem por horas sob temperaturas de 30ºC. Ônibus superlotados e relatos de pessoas presas em elevadores e brinquedos de parques de diversão marcaram o caos nas cidades. Além disso, o tradicional Festival Internacional de Viña del Mar teve seus shows cancelados e reprogramados para o próximo sábado (1º).
Este foi o apagão mais grave desde 2010, quando uma queda na rede elétrica na região de Biobío deixou grande parte do país sem energia. O presidente Gabriel Boric responsabilizou as empresas privadas que administram o sistema elétrico pela emergência. "Não é possível que a rotina de milhões de chilenos e chilenas seja alterada dessa forma por empresas que não fazem o seu trabalho direito", criticou o presidente, que sinalizou o anúncio de sanções.

Camila França

Pessoas deixam o anfiteatro do Festival Internacional de Viña del Mar durante um apagão

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América Latina

Chile recupera 90% da energia após maior apagão em 15 anos

SANTIAGO (Reuters) - Um apagão de energia atingiu grandes áreas do Chile nesta terça-feira, interrompendo as operações de mineração no maior produtor de cobre do mundo e deixando os moradores de Santiago sem eletricidade.
A estatal chilena Codelco, maior produtora de cobre do mundo, disse que a queda de energia afetou todas as suas divisões e que as minas de Chuquicamata, Andina, Salvador e El Teniente ficaram sem energia.
Escondida, a maior mina de cobre do mundo, ficou sem eletricidade, afirmou uma fonte próxima ao assunto à Reuters. A mineradora Antofagasta disse que estava usando geradores para manter a operação em suas minas.
A falta de energia afetou desde as regiões de Arica e Parinacota, no norte, até a região sul de Los Lagos, segundo o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile (Senapred). Não houve registros de situações de emergência.
Luzes nas ruas em Santiago não estavam funcionando, segundo testemunhas da Reuters. O metrô de Santiago, que transporta milhões de passageiros por dia, também foi afetado.
Empresas de transmissão de eletricidade investigam quais as origens da falha e trabalham para restabelecer o serviço, disse a Senapred.

Guilherme Paladino

Pessoas se reúnem em rua de Santiago após apagão de grande proporção no Chile

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Chile recupera 90% da energia após maior apagão em 15 anos

Apagão no Chile afeta da maior mina de cobre do mundo às ruas de Santiago

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Revista Brasil 247

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