247 - O desempenho do mês de abril de 2025 foi o melhor da série histórica na movimentação dos portos brasileiros, registrando 107,6 milhões de toneladas de cargas, com crescimento de 1,12% em relação ao mesmo mês de 2024. Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), com dados do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), no acumulado do ano, de janeiro a abril, a movimentação alcançou 412 milhões de toneladas.
De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, “este foi o melhor abril da série histórica e pelo segundo mês consecutivo estamos batendo recorde de movimentação de cargas nos portos brasileiros”. “O que reforça o trabalho do Governo Federal e do MPor de fortalecimento da infraestrutura portuária, alinhado à boa performance da produção e do comércio exterior brasileiro”, afirmou.
Ele lembrou dos leilões de portos previstos para este ano, como o do canal de acesso de Paranaguá e o terminal de contêineres Santos 10, que vão ampliar a capacidade de movimentação.
A navegação por longo curso, que inclui exportação e importação, registrou em abril um aumento de 1,71% frente ao mesmo mês de 2024, com 76,6 milhões de toneladas de cargas. Na cabotagem, a movimentação atingiu 23,3 milhões e, na navegação interior, a movimentação foi de 7,6 milhões de toneladas.
Os terminais autorizados registraram, no mês, crescimento de 4% em relação ao mesmo período de 2024, com 69,8 milhões de toneladas, enquanto nos portos públicos foi de 37,8 milhões de toneladas. Na abertura por produtos, houve alta de 2,27% nos granéis sólidos, com 65,1 milhões de toneladas, e de 1,94% em granéis líquidos, com 25,7 milhões de toneladas de cargas.

Leonardo Lucena

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Economia

Brasil bate recorde na movimentação portuária pelo segundo mês seguido

Reuters - A Cargill, o BTG Pactual Commodities e um consórcio formado por Louis Dreyfus Company e Amaggi arremataram direitos de arrendamento de terminais portuários para escoamento de produtos agrícolas em Paranaguá (PR), nesta quarta-feira, em leilão na B3.
Em disputa acirrada no viva voz pela área PAR15, a Cargill bateu a Arco Norte Infraestrutura e Logística com oferta de outorga de R$ 411 milhões.
O consórcio ALDC, formado por Louis Dreyfus Company e Amaggi, arrematou a área portuária PAR25, com oferta de outorga de R$ 219 milhões.
Em nota, a Amaggi e a Dreyfus afirmaram que o "feito está em linha com a estratégia de desenvolvimento das duas empresas e pautado pelo compromisso de investir no escoamento de grãos pelo corredor de exportação de Paranaguá".
Já o BTG Pactual Commodities arrematou o direito de arrendamento de área portuária PAR14 em Paranaguá, com oferta de outorga de R$225 milhões.
O BTG disputou a área para escoamento de granéis sólidos agrícolas em viva voz com o ICTSI Américas B.V, operadora global de terminais.
A ICTSI havia perdido mais cedo a disputa por outra área em Paranaguá para o consórcio ALDC.
O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Caio Farias, celebrou em discurso os valores das outorgas obtidas, que totalizaram R$ 855 milhões de reais, considerando as três áreas de Paranaguá.
Ele destacou que os contratos somados do primeiro leilão portuário do ano resultarão em investimentos de R$ 2 bilhões.
Mais cedo, uma área no Rio de Janeiro também foi leiloada.

Paulo Emilio

Agro

Consórcio Dreyfus-Amaggi, Cargill e BTG arrematam áreas portuárias em Paranaguá

247 - A movimentação portuária no Brasil atingiu um novo recorde em 2024, com um total de 1,32 bilhão de toneladas, alta de 1,18% em relação ao ano anterior. Os números foram divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Como 95% das exportações brasileiras passam pelos portos, o volume se reflete nos ganhos da balança comercial, que atingiu o segundo maior resultado da série histórica em 2024, com superávit de US$ 74,5 bilhões.
Segundo comunicado emitido pelo governo federal, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, foram investidos mais de R$ 1 bilhão na modernização e expansão da infraestrutura portuária em 2024, e a expectativa para este ano é de R$ 1,7 bilhão.
A carga conteinerizada aumentou 20%, com 153,33 milhões de toneladas movimentadas nos portos do país. O maior fluxo veio dos segmentos de plásticos, produtos químicos orgânicos e ferro e aço, segundo os dados da Antaq.
Entre os destaques percentuais das mercadorias movimentadas estão o trigo, com crescimento de 39,51% (9,03 milhões de toneladas de cargas); o gás de petróleo, com alta de 35,31% (5,29 milhões de toneladas de cargas); e os combustíveis, óleos e produtos minerais, com aumento de 23,63% (4,06 milhões de toneladas de cargas).
Os portos de Santos (SP), Itaguaí (RJ) e Paranaguá (PR) foram os que mais se destacaram, com altas de 2,05%, 8,78% e 1,65%, respectivamente.
As estatísticas ajudaram a impulsionar a balança comercial brasileira, de US$ 74,6 bilhões no ano passado, o segundo maior da série histórica, atrás apenas do registrado em 2023, que foi de US$ 98,9 bilhões. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, os números de 2024 foram resultado das exportações, que totalizaram US$ 337 bilhões, menos as importações, que somaram US$ 262,5 bilhões.
Durante cerimônia na Antaq, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou a importância das estatísticas e falou sobre o anúncio previsto para o próximo dia 27, da concessão do Túnel Santos-Guarujá (SP), obra que há quase um século foi imaginada e deve sair do papel. Serão investidos R$ 6 bilhões, divididos entre os governos federal e estadual.
"O Brasil precisa de convergência, unidade, trabalho conjunto e ações integradas entre o Governo Federal e os governos estaduais. Isso é fundamental para o desenvolvimento do país", disse.
PRIVADOS — Os terminais autorizados, que apresentaram resultado constante frente a 2023, atingiram a movimentação de 845,98 milhões de toneladas de cargas. Na categoria, o maior desempenho foi o do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA), com 175,98 milhões de toneladas e crescimento de 5,68%.
O Porto de Itapoá Terminais Portuários (SC) teve destaque percentual entre os 20 terminais de uso privado que mais movimentaram no ano, com o crescimento de 16,03% e 13,61 milhões de toneladas de cargas.
INTERIOR — As secas que assolaram parte do país em 2024 tiveram impacto na navegação interior, que apresentou uma queda de 4,7%, chegando a transportar 115,34 milhões de toneladas de cargas, além de impactos nas operações nas hidrovias do Paraguai e do Amazonas. No Rio Paraguai, a hidrovia movimentou 3,3 milhões de toneladas, 58,24% a menos do que no ano passado.

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