Agência Brasil
A fatia de mercado ocupada pelos filmes brasileiros nas salas de cinema do país aumentou em 2025. Dados preliminares divulgados nesta quinta-feira (25) pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) mostram que um em cada dez brasileiros que foi ao cinema em 2025, até agosto, assistiu a um filme nacional.
Segundo a Ancine, a participação no mercado subiu de 1,4% do público, nos oito primeiros meses de 2023, para 11,2% em 2025. Crescimento semelhante ocorreu no número de sessões ocupadas por filmes brasileiros: nos oito primeiros meses, passou de 4%, em 2023, para 14,1%, em 2025.
Em nota, a Ancine considera que os números revelam “efetividade” da obrigatoriedade de as empresas exibidoras, proprietárias das salas de cinema, de incluírem na sua programação filmes brasileiros de longa-metragem, a chamada “cota de tela”.
A cota de tela para 2026 está em discussão neste momento na Ancine. Nesta quinta-feira, a agência realizou audiência com produtores, distribuidores e exibidores de filme para tratar dos parâmetros que serão válidos no próximo ano.
<h2>Recuperação pós-pandemia</h2>
Os dados também confirmam a recuperação do número de salas de exibição de filmes no Brasil após os prejuízos causados pela pandemia de covid-19. Até 31 de agosto deste ano, 3.534 salas estiveram em funcionamento – número superior a todo o ano de 2019 (3.507), o último antes da pandemia de covid-19, que ocorreu entre 2020 e 2022.
A alta, apontada no documento Panorama de Mercado, confirma retomada dos anos anteriores. Em 2024, 3.510 era o número de salas de exibição em uso. Apesar do crescimento número de salas de exibição, a superação do patamar pré-pandemia ainda não foi verificada em número de sessões, em número de filmes lançados nem em público.
Até 31 de agosto de 2025 (8 meses), o público total dos cinemas no país foi 81,9 milhões de pessoas, contingente que se aproxima dos 12 meses de 2024 (88,1 milhões de pessoas), mas é 36,6% menor do que antes da pandemia (129,1 milhões em 2019). O número de filmes lançados este ano (349) ainda está distante do número de filmes lançados no ano passado (456) e em 2019 (452).
O número de sessões por ano antes da pandemia também segue insuperado. Foram 2,94 milhões de sessões nos oito primeiros meses de 2019 e 2,91 milhões em 2025.

Leonardo Lucena

original

1250x600

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

320x320

thumbnail

viewImage

Cultura

Público de filmes brasileiros no cinema registra alta e chega a 11,2% em 2025

247 – O cinema brasileiro celebrou uma conquista histórica com a vitória de "Ainda Estou Aqui" no Oscar 2025, consolidando-se como um dos maiores sucessos da cinematografia nacional. De acordo com dados inéditos da Agência Nacional do Cinema (Ancine), divulgados pela Agência Gov, o longa dirigido por Walter Salles não apenas atingiu a marca de 5 milhões de espectadores e arrecadou R$ 104,7 milhões, mas também foi responsável por impulsionar significativamente o mercado de exibição no Brasil.
Desde sua estreia no Festival de Veneza, em setembro de 2024, onde conquistou o prêmio de Melhor Roteiro, "Ainda Estou Aqui" trilhou uma trajetória impressionante. O filme começou com exibição restrita a uma única sala em Salvador (BA) e, pouco tempo depois, já estava presente em centenas de cinemas pelo país. Seu impacto se tornou ainda mais evidente após a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro, em janeiro de 2025, que resultou em um crescimento expressivo da audiência: aumento de 57% na semana seguinte e um salto de 122% na posterior.
A aclamação internacional teve reflexo direto no público. A indicação ao Oscar, anunciada em 23 de janeiro, gerou nova alta de 89% na bilheteria semanal. No mês seguinte, durante a Semana do Cinema, o longa registrou um aumento impressionante de 174% no público, alcançando a segunda maior semana de exibição desde a estreia.
O desempenho de "Ainda Estou Aqui" foi determinante para a retomada da indústria cinematográfica brasileira. Apenas em 2025, o filme respondeu por 32% do público dos filmes nacionais, elevando o market share do cinema brasileiro para 30,1%. Sem ele, a participação cairia para 22,1%. Esses números reforçam a importância de produções nacionais de grande alcance e a relevância das políticas públicas de incentivo ao audiovisual.
O reconhecimento da crítica também foi avassalador. Além do Globo de Ouro, o filme conquistou prêmios como Melhor Filme Ibero-Americano no Goya e Melhor Filme no Festival de Cinema de Roterdã. Em fevereiro, foi um dos grandes vencedores do Gold Derby Film Awards, levando quatro prêmios: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional, Melhor Roteiro e Melhor Atriz para Fernanda Torres.
No dia 2 de março de 2025, "Ainda Estou Aqui" escreveu definitivamente seu nome na história ao vencer o Oscar de Melhor Filme Internacional. Com isso, reafirmou a força do cinema brasileiro no cenário global, abrindo caminho para futuras produções e fortalecendo a presença do Brasil na indústria audiovisual mundial.
A Ancine destacou o impacto desse sucesso, ressaltando que o desempenho do longa marca "um novo encontro do cinema brasileiro com a sociedade", ao atrair o público de volta às salas e contribuir para a descentralização da exibição cinematográfica, levando o cinema a novas cidades e regiões. A agência também parabenizou a equipe do filme, incluindo Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello, celebrando "o talento e a maestria do cinema brasileiro".
Com essa trajetória brilhante, "Ainda Estou Aqui" se torna um marco do cinema nacional, provando que as produções brasileiras têm não apenas qualidade técnica e artística, mas também enorme apelo junto ao público. Seu sucesso reforça a importância de continuar investindo no setor, garantindo que mais histórias brasileiras conquistem o mundo.

Redação Brasil 247

360x640

'Ainda estou aqui' faz história no cinema brasileiro e arrecada mais de R$ 100 milhões em bilheteria

247 - O secretário de regulação da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Tiago Mafra, disse que o filme “Ainda Estou Aqui” é uma “locomotiva” para a retomada do cinema nacional. O longa foi assistido por mais de 5 milhões de pessoas no Brasil e rendeu mais de R$ 100 milhões em bilheteria. A obra conta a história da luta de Eunice Paiva após o marido, o deputado Rubens Paiva, ter sido levado pelos agentes da ditadura militar nos anos 70.
“A impressão é de que houve mesmo uma disruptura, um retorno ao cenário anterior à pandemia, sendo ‘Ainda Estou Aqui’ a grande locomotiva, por ter sido premiado. Se abre caminho para as divulgações dos próximos filmes. É uma verdadeira locomotiva, em que vão se encarrilhando outros filmes”, disse em entrevista à <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/economia/negocios/ancine-ainda-estou-aqui-e-locomotiva-para-retomada-do-cinema-nacional/">CNN Brasil</a>.
A partir das 21h (Brasília) de domingo (2), o filme dirigido pelo cineasta Walter Salles e protagonizado pela atriz Fernanda Torres disputa o Oscar em três categorias: Melhor Filme, Filme Internacional e Melhor Atriz.&nbsp;
“Ainda Estou Aqui” coincide com o avanço do cinema nacional, pois 10,4% do público das salas em 2024 procurou filmes brasileiros. O percentual não ultrapassou 5% em 2022 e 2023. O ano de 2025 foi recorde no número de salas em funcionamento no Brasil: existem 3.517, distribuídas por todas as regiões, em 460 cidades. O número supera aquele atingido em 2019, quando o país contava com 3.478 salas, em 433 municípios brasileiros.
De acordo com o secretário, o longa “parece puxar o retorno da sinergia entre cinema, campanhas de divulgação e público; parece abrir espaço para que ações de divulgação, novos lançamentos se beneficiem deste engajamento com o cinema”.
“Precisamos de mais filmes com orçamentos mais robustos, que foram trabalhados pensando em romper barreiras de público e renda. Junto ao parque exibidor forte, isso fortalecerá o cinema nacional”, complementou Mafra.&nbsp;
<h2>O filme</h2>
O longa foi baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, que narrou a história de sua mãe, a advogada e ativista pelos direitos humanos Eunice Paiva, durante a ditadura militar (1964-1985) no Brasil.&nbsp;
O enredo aborda a força da mulher, a resistência à opressão, a busca por desaparecidos políticos e a importância da memória, a partir do desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva em 1971. Ele teve seus direitos políticos cassados em 1964, com o golpe militar, foi torturado e assassinado, no Rio de Janeiro. O corpo nunca foi encontrado.
Em 1996, foi emitido o atestado de óbito de Rubens Paiva. Em 2025, a certidão de óbito foi corrigida para constar a informação de que a morte foi causada por agentes do Estado no período ditatorial.&nbsp;

"Ainda Estou Aqui" impulsiona a retomada do cinema nacional, afirma Ancine

247 - O filme 'Ainda Estou Aqui', dirigido por Walter Salles, se tornou a quinta maior bilheteria da história do cinema nacional, segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine) reportados pelo Estadão Conteúdo. Desde sua estreia, em novembro de 2024, o longa já arrecadou R$ 85,41 milhões e atraiu um público de 3.868.458 espectadores.
O sucesso do filme se deve, em parte, às suas três indicações ao Oscar 2025, que impulsionaram ainda mais o interesse do público. A produção de Salles já figurava entre os destaques do ano, mas o reconhecimento internacional contribuiu para manter sua trajetória ascendente nas bilheteiras brasileiras.
O ranking dos filmes brasileiros com maior arrecadação no país é liderado por 'Minha Mãe É Uma Peça 3' (2020), que alcançou impressionantes R$ 169,8 milhões. Em segundo lugar está 'Minha Mãe É Uma Peça 2' (2016), com R$ 124,6 milhões, seguido de perto por 'Nada a Perder' (2018), cinebiografia do bispo Edir Macedo, que arrecadou R$ 120,2 milhões.
Na quarta posição, aparece 'Os Dez Mandamentos – O Filme' (2016), que acumulou R$ 116,8 milhões. Agora, 'Ainda Estou Aqui' ocupa o quinto lugar, consolidando-se como um dos maiores sucessos do cinema nacional recente.

Guilherme Paladino

Ancine: 'Ainda Estou Aqui' entra para o Top 5 de maiores bilheterias do cinema nacional

247 – Em novembro deste ano, o Brasil alcançou o maior número de salas de cinema em funcionamento da última década, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine).
Atualmente, o Brasil possui 3.481 salas de cinema ativas, comparado a 2.755 salas registradas há dez anos. Desde 2014, o número de salas foi aumentando, atingindo o pico de 3.478 unidades há cinco anos. A quantidade de salas, porém, voltou a sofrer uma queda devido à pandemia de Covid-19.
De acordo com o painel atualizado no site da Ancine, essas 3.481 salas estão distribuídas por 861 complexos de cinema em todo o território nacional.

Tudo sobre ancine

Público de filmes brasileiros no cinema registra alta e chega a 11,2% em 2025

'Ainda estou aqui' faz história no cinema brasileiro e arrecada mais de R$ 100 milhões em bilheteria

"Ainda Estou Aqui" impulsiona a retomada do cinema nacional, afirma Ancine

Ancine: 'Ainda Estou Aqui' entra para o Top 5 de maiores bilheterias do cinema nacional

Brasil tem maior número de salas de cinema ativas em 10 anos

Cortes da TV 247