247 – A Associação de Engenheiros da Petrobras (AEPET) avaliou que a redução nos investimentos foi o principal fator que permitiu os pagamentos elevados de dividendos pela empresa de 2021 a 2023. Segundo a entidade, a estratégia compromete a sustentabilidade financeira da companhia no longo prazo.
De acordo com a associação, a relação entre os dividendos pagos e o investimento líquido foi de 804% em média nos anos de 2021 e 2022. Já em 2023, o percentual caiu para 232,63%, e em 2024 ficou em 133,19%. Entre 2005 e 2020, a razão média havia sido 12,7%.
A AEPET alerta que os lucros hoje são resultados dos investimentos realizados no passado. A associação ainda afirma que priorizar a distribuição de dividendos em detrimento dos investimentos pode afetar o desempenho futuro da empresa.
Na quinta-feira (27), a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a empresa está otimista para 2025, apesar do prejuízo de R$ 17 bilhões no último trimestre de 2024, que derrubou o lucro anual em 70%, para R$ 36,6 bilhões.&nbsp;
“Sabemos que todo mundo esperava um lucro um pouquinho maior da Petrobras”, disse a executiva, afirmando que 2024 foi um ano “extremamente proveitoso”.

Bianca Penteado

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Brasil

AEPET avalia que redução nos investimentos foi principal fator que permitiu pagamentos elevados de dividendos pela Petrobras

247 - A Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) emitiu, nesta quarta-feira (15), uma nota crítica a tanto o ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, quato a Magda Chambriard, que assumirá o cargo após a decisão do presidente Lula de demitir o primeiro.&nbsp;
Da sua parte, diz a Aepet, "Prates foi entusiasta da quebra do monopólio estatal do petróleo exercido pela Petrobrás, no governo FHC, em 1997. Defendeu a privatização da Petrobrás, participou da elaboração da Lei do Petróleo (Lei No 9478/97) e foi redator do Contrato de Concessão. Desde 1991, atuou como empresário e consultor das petrolíferas que pretendiam explorar o petróleo e o mercado brasileiros, através da Expetro Consultoria".&nbsp;
"Enquanto Chambriard promoveu quatro leilões de petróleo, entre os quais o 1º leilão do pré-sal, da área de Libra. Defendeu a maior participação de petrolíferas estrangeiras na exploração do petróleo brasileiro. Elogiou a facilitação do governo Temer para a privatização do campo de Carcará pela Petrobrás, em favor da estatal norueguesa Statoil (atual Equinor). Foi contrária a interferência do governo para alteração da política de preços da Petrobrás, em especial com relação ao Preço Paritário de Importação (PPI) do diesel", segue o documento, cuja íntegra está anexada abaixo:&nbsp;
A Petrobrás e a imprensa informam a demissão de Prates e a indicação da Magda Chambriard para a presidência da petrolífera estatal.
A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) avaliou o histórico dos dois, em dezembro de 2022, enquanto eram considerados candidatos para assumir a presidência da Petrobrás no início do terceiro governo Lula.
Leia na íntegra <a href="https://aepet.org.br/artigo/jean-paul-prates-revelado/" target="_blank">Jean Paul Prates Revelado</a> e <a href="https://aepet.org.br/artigo/magda-chambriard-revelada/" target="_blank">Magda Chambriard Revelada</a>.
Encontramos muito em comum, Prates foi entusiasta da quebra do monopólio estatal do petróleo exercido pela Petrobrás, no governo FHC, em 1997. Defendeu a privatização da Petrobrás, participou da elaboração da Lei do Petróleo (Lei No 9478/97) e foi redator do Contrato de Concessão. Desde 1991, atuou como empresário e consultor das petrolíferas que pretendiam explorar o petróleo e o mercado brasileiros, através da Expetro Consultoria.
Enquanto Chambriard promoveu quatro leilões de petróleo, entre os quais o 1º leilão do pré-sal, da área de Libra. Defendeu a maior participação de petrolíferas estrangeiras na exploração do petróleo brasileiro. Elogiou a facilitação do governo Temer para a privatização do campo de Carcará pela Petrobrás, em favor da estatal norueguesa Statoil (atual Equinor). Foi contrária a interferência do governo para alteração da política de preços da Petrobrás, em especial com relação ao Preço Paritário de Importação (PPI) do diesel.
Prates não nos surpreendeu enquanto <a href="https://aepet.org.br/artigo/direcao-da-petrobras-mantem-investimentos-baixos-e-dividendos-insustentavelmente-altos-em-2023/" target="_blank">a direção da Petrobrás manteve investimentos baixos e dividendos insustentavelmente altos em 2023</a>. Também não ao <a href="https://aepet.org.br/artigo/direcao-da-petrobras-mantem-preco-do-diesel-acima-do-ppi-apesar-da-reducao-do-preco/" target="_blank">manter a política dos Preços Paritários de Importação (PPI)</a>, mudando apenas seu nome e a frequência dos reajustes.
Prates deixa a Petrobrás fiel e coerente com seu passado, infelizmente para o Brasil e a estatal.
Pelo histórico de Prates e Chambriard, a substituição do primeiro pela segunda nos parece trocar seis por meia dúzia. O tempo é o senhor da verdade e, mais uma vez, nos mostrará.
Felipe Coutinho
Presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET)
Maio de 2024

Economia

Aepet diz que substituição de Prates por Chambriard é troca de “seis por meia dúzia”

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Aepet diz que substituição de Prates por Chambriard é troca de “seis por meia dúzia”

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