247 – Em cerimônia realizada nesta sexta-feira (23), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o presidente de Angola, João Lourenço, para uma visita oficial de Estado que marcou os 50 anos de independência do país africano e meio século do início das relações diplomáticas com o Brasil. No encontro, foram assinados novos acordos bilaterais em áreas estratégicas como segurança, energia, direitos humanos e agricultura, segundo <a href="https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202505/brasil-e-angola-celebram-50-anos-de-relacoes-com-novos-acordos-bilaterais-durante-visita-do-presidente-joao-lourenco">informa a Agência Gov</a>.
“Essa visita de Estado é importante por vários motivos: celebra os 50 anos da independência de Angola e os 50 anos do estabelecimento de nossas relações diplomáticas. O Brasil se orgulha de ter sido o primeiro país a reconhecer a independência angolana”, afirmou Lula.
<h3>Parcerias estratégicas e ampliação da cooperação</h3>
Durante o encontro, foram assinados quatro instrumentos de cooperação:
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 <li>&nbsp;Direitos humanos: Memorando entre o Ministério dos Direitos Humanos do Brasil e o Ministério da Ação Social de Angola para intercâmbio de boas práticas na proteção de pessoas com deficiência, afetadas pela hanseníase e crianças e adolescentes.</li>
 <li>&nbsp;Energia: Acordo entre a Petrobras e a Sonangol para desenvolver projetos conjuntos em petróleo, gás e energias renováveis, com foco em pesquisa e inovação.</li>
 <li>&nbsp;Segurança: Memorando entre a Polícia Federal e a Polícia Nacional Angolana para o combate ao crime organizado transnacional, tráfico de drogas, terrorismo, lavagem de dinheiro, entre outros crimes.</li>
 <li>&nbsp;Agricultura e sustentabilidade: Projeto de fortalecimento de instituições angolanas de pesquisa agropecuária e florestal, voltado ao desenvolvimento sustentável de regiões semiáridas e fortalecimento da agricultura familiar.</li>
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<h3>Reforço à presença brasileira na África</h3>
João Lourenço destacou o simbolismo da visita e o retorno ativo do Brasil ao continente africano: “O presidente Lula dizia, em Luanda, que o Brasil estava de volta ao continente africano. De lá para cá, nós constatamos que, efetivamente, o Brasil está de volta à África”.
Segundo Lula, Angola é um parceiro comercial confiável: “Ampliar e diversificar a pauta comercial são prioridades. Angola sempre foi um bom pagador e quitou sua dívida com cinco anos de antecedência”.
Entre janeiro e abril de 2025, o intercâmbio comercial entre os dois países somou US$ 282,3 milhões, com destaque para exportações brasileiras de carnes e açúcares e importações angolanas de petróleo bruto.
<h3>Defesa, consulado e meio ambiente</h3>
Lula também anunciou apoio da Embraer na modernização das frotas aérea e naval angolanas, incluindo o fornecimento de cargueiros KC-390. Além disso, celebrou a recente inauguração do Consulado-Geral do Brasil em Luanda, que atenderá os cerca de 30 mil brasileiros que vivem em Angola — a maior comunidade brasileira na África.
Sobre questões ambientais, Lula ressaltou a responsabilidade compartilhada entre os dois países: “Com territórios que abrigam parte das duas maiores florestas tropicais do planeta, a Amazônia e o Congo, Brasil e Angola devem assegurar que a preservação desses biomas seja remunerada pelos serviços ecossistêmicos que prestam”.
<h3>Diálogo Brasil-África</h3>
A visita ocorreu no contexto da Semana da África e do II Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, realizado em Brasília com representantes de 44 países. O evento reforça o compromisso brasileiro com o intercâmbio de experiências no combate à fome e promoção da agricultura sustentável no continente africano.

Redação Brasil 247

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Poder

Novos acordos entre Brasil e Angola envolvem segurança, energia, direitos humanos e agricultura

247 – No encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Japão, realizado nesta terça-feira (26) em Tóquio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou o compromisso do Brasil com a estabilidade política, a retomada do crescimento econômico e a transição energética como pilares para uma nova etapa na relação bilateral com o Japão.
“O Brasil é um porto seguro. Estamos consolidando com o Japão uma nova estratégia de relacionamento. Queremos vender e queremos comprar, mas, sobretudo, queremos compartilhar alianças entre as empresas japonesas e brasileiras para que a gente possa crescer juntos”, declarou Lula, ao lado do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba.
O presidente brasileiro ressaltou que o país está mais atrativo a investimentos graças a avanços como a aprovação da reforma tributária — que simplificará processos, reduzirá custos e aumentará a previsibilidade para os negócios —, além da correção de distorções no Imposto de Renda, que favorece o consumo das famílias. “Aprovamos uma histórica reforma tributária. Estamos corrigindo injustiças no Imposto de Renda para beneficiar milhões de brasileiros, aumentando o consumo das famílias e fazendo a roda da economia girar”, pontuou.
Durante o fórum, Lula anunciou a assinatura de dez acordos de cooperação em diversas áreas e quase 80 instrumentos de parceria entre empresas, bancos, universidades e instituições dos dois países. Um dos resultados já concretos da aproximação foi a venda de 15 aeronaves da Embraer ao Japão.
O presidente também deu destaque à transição energética como um eixo estratégico da cooperação bilateral. “O Brasil vai aumentar o percentual de etanol na gasolina de 27% para 30%, e no diesel vamos chegar a 20% até 2030. É positivo que, com o Plano Estratégico de Energia, o Japão eleve o percentual de bioetanol para até 10% até 2030 e até 20% a partir de 2040”, disse Lula, enfatizando a importância da descarbonização. “A descarbonização não é uma escolha, é uma necessidade e grande oportunidade. O envolvimento do setor privado é fundamental. O Brasil sempre será um aliado para reduzir a dependência global de combustíveis fósseis”, afirmou.
Lula convidou o primeiro-ministro Ishiba para comparecer à COP30, que será realizada em novembro em Belém, no Pará. “Espero que o primeiro-ministro esteja participando da COP, para ter contato com a Amazônia, de que todo mundo fala e que pouca gente conhece”, disse.
No plano geopolítico, Lula defendeu três pilares para a estabilidade global: democracia, livre-comércio e multilateralismo. “Temos que primeiro brigar muito pela democracia. A democracia corre risco no planeta com eleição de extrema-direita negacionista, que não reconhece sequer vacina, sequer a instabilidade climática e sequer partidos políticos”, alertou o presidente. Ele também condenou o retorno do protecionismo. “Queremos comércio livre para que a gente possa fazer com que nossos países se estabeleçam no movimento da democracia, no crescimento econômico e na distribuição de riqueza”, completou.
Sobre o multilateralismo, Lula enfatizou a importância da cooperação internacional em ciência, educação e tecnologia: “Não queremos mais muros. Não queremos mais ser prisioneiros da ignorância. Nós queremos ser livres e prisioneiros da liberdade”.
O Brasil foi representado no Japão por uma ampla comitiva de lideranças políticas, empresariais e institucionais. A delegação incluiu o presidente do Senado, Davi Alcolumbre; o presidente da Câmara, Hugo Motta; o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira; o embaixador do Brasil no Japão, Octávio Henrique Dias Garcia Côrtes; a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros; o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana; e o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa.
Mais cedo, Lula também participou de um encontro com representantes sindicais brasileiros e japoneses, no qual destacou as políticas de valorização do trabalho promovidas por seu governo. Ele citou a medida que garante salário igual para homens e mulheres que exercem a mesma função, a retomada da política de valorização do salário mínimo com ganho real, e a redução histórica da taxa de desemprego. O encontro contou com a presença de representantes da Central Única dos Trabalhadores, da Força Sindical e dos Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e de Sorocaba, além da Confederação Sindical do Japão (Rengo).
A visita de Lula ao Japão marca um passo decisivo na reaproximação econômica e diplomática entre os dois países, após uma década de queda no comércio bilateral, que passou de US$ 17 bilhões em 2011 para US$ 11 bilhões em 2024. O presidente sinalizou que a meta agora é reverter essa tendência, com base em confiança mútua, investimentos sustentáveis e parcerias estratégicas de longo prazo.

Lula assina acordos no Fórum Brasil-Japão

Lula brilha no Japão, atrai grandes investimentos e diz que Brasil "é um porto seguro"

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acompanhado por uma comitiva de ministros e parlamentares, chegou nesta segunda-feira (24) a Tóquio, no Japão, para uma visita oficial que marca os 130 anos de relações diplomáticas entre os dois países. O avião presidencial aterrissou no Aeroporto Internacional de Tóquio (Haneda) às 10h02, horário local.
“Cheguei a Tóquio para uma visita oficial em celebração aos 130 anos de amizade entre Brasil e Japão. Aqui no Japão, terei encontros com o Imperador Naruhito e o Primeiro-Ministro, Shigeru Ishiba, além de encontro com empresários e de acompanhar a assinatura de acordos estratégicos em ciência e tecnologia, saúde e educação. Uma parceria histórica que se fortalece rumo a um futuro de inovação, crescimento e novas oportunidades para nossos povos”, disse Lula.
A visita se estende até quinta-feira (27), quando Lula segue para Hanói, no Vietnã, para a segunda parte de sua viagem à Ásia. Esta é a quinta vez que o presidente visita o Japão, sendo a primeira em caráter oficial. Entre os principais compromissos de sua agenda, nesta terça-feira (25) ocorrerá a Cerimônia de Boas-Vindas no Palácio Imperial, seguida de encontros com o Imperador Naruhito e a Imperatriz Masako. À noite, o presidente participará de um jantar em sua homenagem no Palácio Imperial.
A agenda cheia – Na quarta-feira (26), Lula terá um dia repleto de compromissos. Ele participará de um encontro com sindicatos japoneses e do Fórum Empresarial Brasil-Japão, que reunirá empresários dos setores de alimentos, agronegócio, aeroespacial, bebidas, energia, logística e siderurgia, entre outros. À tarde, o presidente se encontrará com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba no Palácio Akasaka. A agenda ainda inclui uma cerimônia de assinatura de acordos bilaterais nas áreas de ciência e tecnologia, combustíveis sustentáveis, educação, pesca e recuperação de terras agrícolas, seguida de um jantar oferecido em sua homenagem.
Fortalecimento da parceria comercial – Em uma entrevista concedida a jornalistas japoneses na semana passada, Lula destacou a importância de ampliar a relação comercial entre Brasil e Japão. "O Brasil e o Japão têm uma relação comercial de 11 bilhões de dólares. É pouco para a grandeza do Japão e do Brasil. Eu espero dessa visita que o Japão conheça mais o Brasil. Estou levando vários ministros, sindicalistas, parlamentares. O que queremos é que a gente possa atrair mais investimentos e que o Brasil possa fazer parcerias com empresas japonesas para discutir sobretudo a questão da transição energética, que é uma coisa muito poderosa e que o mundo está precisando", afirmou o presidente, acrescentando ainda: “Espero que cresça o nosso fluxo de comércio, que o Japão venda mais para o Brasil e que o Brasil venda mais para o Japão. Sei que o Japão importa praticamente 60% de todo o alimento que consome. E o Brasil hoje é um país que está se transformando num shopping center de alimentos do planeta. O que espero é mais amizade, mais democracia, mais multilateralismo, mais troca de experiência científica e tecnológica.”
Relações comerciais – Em 2025, os dois países celebrarão 130 anos de relações diplomáticas, com o Brasil sendo lar da maior população nipodescendente fora do Japão, estimada em mais de 2 milhões de pessoas, e o Japão abrigando a quinta maior comunidade brasileira no exterior, com 210 mil brasileiros. Em 2024, os dois países mantiveram um intercâmbio comercial de US$ 11 bilhões, com superávit brasileiro de US$ 146,8 milhões. O Brasil exporta produtos como carne de aves, alumínio, carne suína, celulose, café e minério de ferro, enquanto o Japão envia ao Brasil partes e acessórios de veículos, instrumentos de medição, motores de pistão, entre outros.
Investimentos japoneses no Brasil – O Japão também é um dos principais investidores estrangeiros no Brasil, com cerca de US$ 35 bilhões em estoque de investimentos no país em 2023, um aumento de 24% em relação ao ano anterior. O setor automotivo, em particular, tem atraído aportes significativos, como os investimentos anunciados pela Toyota (R$ 11 bilhões até 2030) e pela Honda (R$ 4 bilhões, também até 2030), reforçando ainda mais os laços econômicos entre as duas nações.

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