247 - O Parlamento da Ucrânia aprovou nesta quinta-feira (8) um acordo de parceria econômica com os Estados Unidos, concedendo a Washington acesso preferencial aos recursos minerais ucranianos e estabelecendo um fundo de investimento para a reconstrução do país. As informações são da agência Reuters.
A ratificação ocorreu com 338 votos favoráveis e nenhum contrário, apesar de algumas preocupações entre os legisladores sobre a transparência e os compromissos do acordo.
A vice-primeira-ministra Yulia Svyrydenko anunciou a ratificação em sua conta na rede social X, destacando que o documento "não é apenas uma construção jurídica — é a base de um novo modelo de interação com um parceiro estratégico fundamental".
O acordo, assinado no final de abril em <a href="https://www.brasil247.com/search?term=EUA">Washington</a>, prevê a criação de um fundo de investimento conjunto entre os dois países, destinado à reconstrução da Ucrânia nos próximos dez anos. Embora o pacto não inclua garantias explícitas de segurança, Kiev espera que ele fortaleça o apoio militar dos EUA, especialmente no fornecimento de sistemas de defesa aérea Patriot.
Durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, Svyrydenko abordou as preocupações dos parlamentares sobre a falta de detalhes em algumas disposições do acordo, como a administração do fundo de investimento. Ela afirmou que o fundo estará operacional em algumas semanas e que seu sucesso dependerá do nível de envolvimento dos EUA. Dois suplementos explicando os detalhes serão publicados posteriormente.
A ratificação ocorre em um momento crítico, um dia antes de a Rússia realizar um desfile militar para comemorar o 80º aniversário da derrota da Alemanha nazista. Os preparativos russos foram ofuscados por ataques de drones ucranianos, e Kiev espera que a ratificação do acordo de minerais fortaleça sua posição nas negociações de cessar-fogo, que até agora têm sido infrutíferas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira que planeja conversar com o presidente ucraniano, Volodymyr <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Zelensky">Zelensky</a>, após a conclusão do acordo. Ele fez o comentário durante um evento para anunciar um acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido.
A Ucrânia expressou disposição em aceitar uma proposta dos EUA para um cessar-fogo imediato e provisório de 30 dias, que poderia ser estendido por acordo mútuo. No entanto, o Kremlin propôs um cessar-fogo de apenas três dias, de 8 a 10 de maio.
O acordo de minerais também representa uma vitória para Kiev, pois não exige a devolução da ajuda que Trump afirma que a Ucrânia deve e reconhece a intenção ucraniana de ingressar na <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Uni%C3%A3o+Europeia">União Europeia</a>. Além disso, é visto como um passo para desbloquear a entrega de novas armas dos EUA, embora o pacto não ofereça garantias claras nesse sentido.

Luis Mauro Filho

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Mundo

Parlamento ucraniano aprova acordo de minerais com EUA; Trump planeja contato com Zelensky

247 - Ucrânia e Estados Unidos assinaram, nesta quarta-feira (30), um acordo estratégico para a criação do Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia, voltado ao desenvolvimento conjunto de recursos minerais e energéticos no país. A informação foi divulgada pela agência Sputnik, citando declarações da vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, que destacou a "gestão paritária" e a "manutenção da soberania ucraniana sobre seus recursos naturais".​
"O fundo está sendo criado no formato 50/50. Vamos gerenciá-lo conjuntamente com os Estados Unidos. Nenhum dos lados terá voto decisivo, o que refletirá uma parceria igualitária entre Ucrânia e <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Estados+Unidos">Estados Unidos</a>", afirmou Svyrydenko em publicação no Facebook.​
A vice-primeira-ministra também enfatizou que todos os recursos localizados no território ucraniano permanecerão sob propriedade e controle de Kiev. "Todos os recursos em nosso território e em nossas águas territoriais pertencem à Ucrânia. É o Estado ucraniano que determina onde e o que extrair. O subsolo permanece sob propriedade ucraniana – isso está consagrado no acordo", declarou.​
O acordo compreende um documento-quadro e dois acordos técnicos, conforme explicou Mykhailo Podolyak, assessor do presidente <a href="https://www.brasil247.com/search?term=ucr%C3%A2nia">ucraniano </a>Volodymyr Zelensky. "O acordo possui vários elementos. O principal é um acordo-quadro, que define nossa parceria econômica. Isso é o que nós e os EUA faremos juntos em nosso território. E então há dois acordos técnicos: sobre a criação de um fundo soberano entre agências estatais e a distribuição de responsabilidades no fundo como tal", detalhou Podolyak durante uma transmissão nacional.​
O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, informou que o governo adotou as decisões necessárias para a assinatura do acordo com os Estados Unidos sobre recursos minerais, especialmente no que diz respeito à criação do fundo de investimento para reconstrução.​
(Com informações da agência Sputnik)

O presidente da Ucrânia, Zelensky, encontra-se com o presidente dos EUA, Trump, no Vaticano


Ucrânia e EUA firmam acordo de minerais com gestão conjunta e "soberania preservada"

247 - Ucrânia e Estados Unidos firmaram um memorando de intenções visando um acordo sobre minerais estratégicos nesta quinta-feira (17), conforme anunciado por Yulia Svyrydenko, primeira vice-primeira-ministra e ministra da Economia da Ucrânia. O documento estabelece as bases para uma futura parceria econômica e a criação de um fundo de investimento para a reconstrução do país. No entanto, os detalhes específicos do acordo ainda não foram divulgados.​
Apesar do avanço, o Departamento de Estado dos EUA esclareceu que o acordo de minerais não está relacionado às negociações de cessar-fogo na Ucrânia. A porta-voz Tammy Bruce declarou à Fox News: “Isso é algo separado. Não faz parte das conversas de cessar-fogo. Não é um elemento dentro do acordo para parar essa catástrofe”. Ela acrescentou que o presidente Donald Trump “espera que isso seja assinado até o final da próxima semana”.​
O memorando surge após um impasse em fevereiro, quando uma reunião entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy terminou sem a assinatura do acordo, devido a divergências sobre os termos propostos.&nbsp;
Em março, Kiev recebeu uma nova versão do acordo, considerada significativamente mais rigorosa, exigindo o reembolso de mais de US$ 120 bilhões em ajuda e concedendo aos EUA supervisão sobre o fundo de reconstrução, financiado por receitas de licenças e concessões de extração. Desde então, autoridades ucranianas têm afirmado que ainda estão finalizando sua posição sobre o acordo, enquanto Zelenskyy criticou Washington por alterar os termos previamente acordados.​
O primeiro-ministro ucraniano Denys Shmyhal planeja viajar a Washington na próxima semana para concluir as discussões técnicas sobre o acordo. As equipes de negociação esperam finalizar os termos até 26 de abril, com a assinatura ocorrendo em seguida.​
O acordo proposto prevê que os EUA tenham acesso preferencial aos recursos minerais da Ucrânia, incluindo terras raras, petróleo e gás, como forma de reembolso pela ajuda militar fornecida. Além disso, estipula que os lucros provenientes da extração de recursos sejam compartilhados entre os dois países, com os EUA tendo direito a uma parte significativa das receitas.​
Apesar das críticas, Svyrydenko afirmou que o memorando representa um passo positivo na cooperação entre Ucrânia e EUA, ressaltando o desejo compartilhado de apoiar uma Ucrânia livre, soberana e segura. Ela enfatizou que o documento destaca a intenção dos povos americano e ucraniano de investir juntos na reconstrução do país.​
No entanto, o acordo ainda precisa ser ratificado pelos parlamentos de ambos os países, e as negociações continuam em curso. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, especialmente diante das exigências americanas e da ausência de garantias de segurança para a Ucrânia.​

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, discursa durante sua primeira coletiva de imprensa no Departamento de Estado em Washington, DC, EUA, em 6 de março de 2025

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Governo dos EUA afirma que acordo de minerais com a Ucrânia não tem relação com negociações de paz

Reuters - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta terça-feira que as conversas com os Estados Unidos sobre um acordo de minerais foram "positivas" e que mais reuniões são esperadas.
Zelensky disse que as reuniões sobre o acordo continuarão em nível técnico durante a semana.
Saiba mais - (Reuters) O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, disse que visitou a cidade ucraniana de Odessa com o presidente Volodymyr Zelenskiy nesta terça-feira e que o apoio da Otan à Ucrânia é inabalável.
"Hoje visitei Odessa junto com @ZelenskyyUa. O povo ucraniano tem sofrido muito -- como no ataque da Rússia no Domingo de Ramos em Sumy. O apoio da Otan é inabalável. Continuaremos a ajudar a Ucrânia para que ela possa se defender hoje e impedir futuras agressões, garantindo uma paz justa e duradoura", afirmou Rutte no X.

Guilherme Levorato

Zelensky diz que conversas com EUA sobre acordo de minerais foram positivas

247 - Os Estados Unidos apresentaram à Ucrânia uma nova proposta de acordo mineral mais abrangente, que inclui a criação de um fundo de investimento conjunto, mas não oferece garantias de segurança ao governo de Kiev. A informação foi divulgada pela Reuters, com base em relatos de pessoas familiarizadas com as negociações e em um resumo de um rascunho da proposta obtido pela agência de notícias.
Segundo as fontes, a proposta revisada exige que a Ucrânia contribua com todas as receitas provenientes do uso de seus recursos naturais — explorados tanto por empresas estatais quanto privadas — para o fundo conjunto. O acordo também prevê que os Estados Unidos tenham prioridade na compra dos minerais extraídos e estipula que Washington devolva os valores concedidos à Ucrânia desde 2022 em ajuda financeira e militar, somados a uma taxa de juros anual de 4%, antes que Kiev tenha acesso aos lucros do fundo.
A nova proposta foi apresentada após a reunião controversa entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, em 28 de fevereiro. As negociações estão sendo conduzidas pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que, segundo a Reuters, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
James Hewitt, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, afirmou que o acordo tem o objetivo de reforçar os laços econômicos entre os dois países. “O acordo mineral oferece à Ucrânia a oportunidade de formar um relacionamento econômico duradouro com os Estados Unidos, que é a base para a segurança e a paz a longo prazo”, declarou Hewitt.
O presidente Trump defende que o acordo ajudaria a garantir um futuro estável para a Ucrânia, ao mesmo tempo em que permitiria aos EUA recuperar parte dos bilhões de dólares investidos em assistência militar e financeira desde o início da guerra, há três anos. “Um acordo de minerais ajudará a garantir um acordo de paz ao dar aos Estados Unidos uma participação financeira no futuro da Ucrânia”, disse Trump em uma declaração recente.
O governo ucraniano ainda está avaliando os termos do acordo. Na terça-feira, Zelensky confirmou a existência de uma nova proposta “importante” e afirmou que as autoridades em Kiev estão revisando os detalhes. O presidente ucraniano também disse que os EUA têm alterado constantemente os termos do acordo, mas ressaltou que Kiev não quer ser vista como resistente à proposta.

José Reinaldo

EUA propõem acordo mineral abrangente com Ucrânia

247 - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deveria se desculpar após o encontro com o presidente Donald Trump no Salão Oval, nesta sexta-feira (28). Rubio descreveu a reunião como um “fiasco” e levantou dúvidas sobre o real interesse do líder ucraniano em encerrar a guerra contra a Rússia.
Em entrevista à <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/rubio-diz-que-zelensky-deveria-se-desculpar-apos-reuniao-no-salao-oval/">CNN</a>, Rubio pediu que Zelensky "se desculpasse por transformar essa coisa no fiasco que para ele se tornou", após o encontro com Trump e o vice-presidente JD Vance ter acabado em uma discussão. “Não havia necessidade de ele entrar lá e se tornar antagônico. Quando você começa a falar sobre isso agressivamente, e o presidente é um negociador – ele fez acordos a vida inteira –, você não vai levar as pessoas à mesa”, afirmou o secretário.
Rubio também sugeriu que Zelensky pode não estar comprometido com um acordo de paz. “Ele diz que quer, mas talvez não queira”, acrescentou. As declarações de Rubio reforçam o desgaste nas relações entre Washington e Kiev, no mesmo período em que líderes do Reino Unido e da França visitaram a capital americana para defender que os Estados Unidos assumam um papel de mediador no conflito sem priorizar os interesses da Rússia.&nbsp;
A entrevista de Rubio &nbsp;aconteceu poucas horas após o término da reunião, que terminou sem um acordo sobre os minerais de terras raras da Ucrânia, um ponto que poderia aproximar a guerra de três anos de um desfecho. Em vez disso, Trump e Vance criticaram Zelensky por, segundo eles, demonstrar ingratidão pelo apoio que os EUA já forneceram à Ucrânia e por superestimar sua capacidade de negociação.
Após o encontro, Trump ordenou que Zelensky deixasse a Casa Branca – apesar do interesse da Ucrânia em continuar as negociações –, cancelou a entrevista coletiva conjunta e deixou sem respostas o futuro da assistência americana ao esforço de guerra ucraniano.
Questionado sobre as declarações do senador republicano Lindsey Graham – que, após a reunião, sugeriu que Zelensky deveria considerar renunciar –, Rubio afirmou que Trump "não tomou nenhuma posição sobre isso".
“O que ele disse hoje foi: ‘Deixe-o voltar quando estiver pronto para fazer a paz’. Foi o que ele disse”, afirmou Rubio. O secretário acrescentou que a postura de Trump em relação a Putin continua sendo “confiar, mas verificar”.&nbsp;
Rubio também discordou do tom adotado por Zelensky ao se dirigir a JD Vance durante a reunião. Após o vice-presidente afirmar que o caminho para a paz e a prosperidade passa, possivelmente, pelo envolvimento diplomático, Zelensky rebateu citando uma série de compromissos diplomáticos dos quais Putin participou antes de invadir a Ucrânia em 2022. “De que tipo de diplomacia, JD, você está falando?”, questionou Zelensky.
A resposta foi mal recebida por Vance, que acusou o líder ucraniano de ser “desrespeitoso” e de tentar “litigar isso na frente da mídia americana”. Rubio declarou que a reunião “saiu dos trilhos” após esse momento e criticou a postura de Zelensky.
“Esse enfraquecimento dos esforços para trazer a paz é profundamente frustrante para todos que estiveram envolvidos nas negociações até hoje. Acho que ele deveria se desculpar por desperdiçar nosso tempo com uma reunião que terminou da forma como terminou”, afirmou o secretário.
Rubio reiterou que Zelensky será bem-vindo de volta à Casa Branca quando estiver “pronto para levar a paz a sério”. “Como você vai colocar Vladimir Putin e a Federação Russa em uma mesa para discutir, mesmo que seja apenas para explorar uma oportunidade de paz? Você não vai fazer isso chamando-os de nomes”, declarou. O secretário de Estado também considerou prematuro especular se Trump, Putin e Zelensky poderiam eventualmente se reunir para negociações de paz.
“Há muito trabalho a ser feito antes de chegarmos a esse ponto. Esta é uma guerra complexa, com causas que remontam a vários anos. Há muito a ser considerado. Ambos os lados já investiram demais nesse conflito”, ponderou Rubio.“Hoje à noite, pessoas morrerão na Ucrânia. Pessoas morrerão neste conflito. Estamos tentando pôr fim a ele. É uma guerra insustentável e sangrenta que tem que acabar. E, neste momento, o único líder no mundo que pode ter uma chance de fazer isso é Donald Trump. Precisamos dar a ele a oportunidade de tentar”, concluiu.

Paulo Emilio

Rubio critica Zelensky após reunião com Trump e diz que ucraniano "deveria se desculpar pelo fiasco"

REUTERS - O presidente Donald Trump disse na quinta-feira que um acordo de minerais com a Ucrânia é a garantia de segurança que Kiev precisa contra a Rússia, ignorando um apelo do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, por um compromisso de maior apoio militar dos Estados Unidos.
Starmer, que se reuniu com Trump na Casa Branca pela primeira vez desde que o líder americano começou seu segundo mandato, usou de charme, dizendo que a paz na Ucrânia só se tornou possível graças a Trump.
No Salão Oval, Starmer entregou uma carta de convite do Rei Charles para uma visita de Estado. Trump aceitou. Uma data ainda não foi definida.
Mas as diferenças subjacentes entre os aliados permaneceram sobre a mesa para a conversa privada que se seguiu. Isso inclui atritos transatlânticos sobre as negociações entre EUA e Rússia destinadas a encerrar a guerra na Ucrânia.
Antes da reunião, Starmer havia argumentado que não poderia haver paz de longo prazo na Ucrânia sem garantias de segurança firmes dos EUA - um argumento que Trump praticamente descartou.
"Somos um apoio porque estaremos lá, estaremos trabalhando", como resultado da parceria econômica, disse Trump. "Vamos ter muita gente lá."
Starmer é o mais recente líder europeu a se encontrar com Trump depois que o presidente francês Emmanuel Macron veio à Casa Branca na segunda-feira para um encontro amigável que, no entanto, mostrou diferenças marcantes sobre a guerra da Rússia com a Ucrânia e o impulso dos EUA por um cessar-fogo rápido.
"Está avançando rapidamente", disse Trump sobre a diplomacia do cessar-fogo, expressando otimismo de que o presidente russo Vladimir Putin cumpriria sua parte em qualquer acordo. "Será muito em breve ou não será de forma alguma."
"Temos que acertar", disse Starmer em uma coletiva de imprensa conjunta com Trump. "Não pode ser uma paz que recompense o agressor."
CHOCANDO ALIADOS - Trump, que assumiu o cargo em 20 de janeiro, chocou os aliados tradicionais dos EUA na Europa ao se aproximar de Putin, chamando o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy de "ditador" e exigindo o reembolso pelo apoio financeiro dos EUA a Kiev. Na quinta-feira, Trump se distanciou do comentário sobre o ditador e disse que se dá bem com o líder ucraniano.
Zelenskiy deve estar em Washington na sexta-feira para assinar um acordo com Trump sobre minerais de terras raras, um acordo que o líder ucraniano disse que dependeria de mais ajuda dos EUA. Trump retrata o acordo como uma forma de recuperar o dinheiro americano que foi gasto para apoiar a Ucrânia. O acordo não inclui garantias de segurança específicas para a Ucrânia.
Starmer sinalizou que o Reino Unido aumentará os gastos com defesa e deve tentar tranquilizar o presidente dos EUA de que a Europa fornecerá apoio e garantias de segurança a Kiev se as negociações de paz com a Rússia forem bem-sucedidas.
Um alto funcionário do governo Trump disse a repórteres que estavam satisfeitos com as promessas de Starmer de aumentar os gastos com defesa.
Putin advertiu na quinta-feira as "elites ocidentais" contra tentativas de sabotar uma possível reaproximação entre a Rússia e os Estados Unidos, dizendo que Moscou usaria seus diplomatas e serviços de inteligência para frustrar tais esforços. Os comentários foram uma aparente referência à União Europeia e ao Reino Unido.
Trump quebrou normas de política externa e doméstica desde o início de seu segundo mandato, alarmando aliados ao defender a propriedade americana da Faixa de Gaza e prometendo tarifas comerciais tanto para amigos quanto para inimigos dos EUA.
Trump disse que os EUA fechariam um acordo comercial com o Reino Unido "muito em breve", horas depois que um de seus auxiliares disse a repórteres que estavam buscando uma "relação econômica com o Reino Unido baseada em comércio recíproco e igualitário".
No Salão Oval, Trump reclamou das relações comerciais com a União Europeia, da qual o Reino Unido saiu em 2020.
"Em nosso comércio, obviamente, é justo e equilibrado", interrompeu Starmer, "e, na verdade, você tem um pouco de superávit, então estamos em uma posição diferente." Os EUA têm um superávit comercial em bens com o Reino Unido, de acordo com estatísticas do governo americano.
Enquanto isso, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, que também participou da reunião, disse que os líderes discutiriam o que ele descreveu como "violações à liberdade de expressão" no Reino Unido que afetaram empresas de tecnologia americanas.
"Tivemos liberdade de expressão por muito, muito tempo no Reino Unido", respondeu Starmer.
RELAÇÕES AMISTOSAS - A relação de Trump com Starmer começou de forma amistosa em setembro com um jantar de duas horas em Nova York, no Trump Tower. A equipe do líder britânico disse que a atmosfera foi calorosa, com um "anfitrião gracioso".
Como Macron, Starmer argumentará que um acordo de paz apressado com a Rússia, sem a participação da Ucrânia ou das nações europeias, pode levar a mais instabilidade na Europa, o que não seria bom para os Estados Unidos.
Starmer disse que está aberto a tropas britânicas fornecerem garantias de segurança à Ucrânia, mas apenas junto com outras nações europeias e com "as condições certas estabelecidas".
Os países europeus estão preocupados com o alto nível de conflito na Ucrânia agora, disse o funcionário americano, enquanto um cessar-fogo lhes daria mais conforto de que seu papel é mais sobre manutenção da paz do que dissuasão de conflitos ativos.
"O tipo de força depende muito do acordo político que for feito para encerrar a guerra", disse o funcionário americano. "Essa troca é parte do que os líderes hoje vão discutir."

Guilherme Paladino

Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, e Donald Trump, presidente dos EUA

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