DUBAI (Reuters) - O Irã atualmente não tem nenhum plano para se reunir com os Estados Unidos, disse o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, nesta quinta-feira em uma entrevista na TV estatal, contradizendo a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, de que Washington planejava ter conversas com o Irã na próxima semana.
O chanceler iraniano disse que Teerã estava avaliando se as negociações com os EUA eram de seu interesse, após cinco rodadas anteriores de negociações que foram interrompidas por Israel e os EUA atacando as instalações nucleares do Irã.
Os EUA e Israel disseram que os ataques tinham o objetivo de restringir a capacidade do Irã de criar armas nucleares, enquanto o Irã afirma que seu programa nuclear é voltado exclusivamente para uso civil.
Araqchi disse que os danos às instalações nucleares "não foram pequenos" e que as autoridades relevantes estavam avaliando a nova situação do programa nuclear iraniano, o que, segundo ele, influenciaria a futura postura diplomática do Irã.

Bianca Penteado

Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi
22/06/2025


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Mundo

Irã nega qualquer reunião com EUA na próxima semana, diz ministro das Relações Exteriores

247 – Em meio à intensificação dos conflitos no Oriente Médio, o Irã deixou claro que as negociações marcadas para esta sexta-feira (20) em Genebra tratarão exclusivamente da questão nuclear. A informação foi divulgada pela agência iraniana Tasnim News, que entrevistou o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi.
Falando à emissora estatal IRIB, Araqchi reiterou que o Irã não aceitará qualquer discussão sobre seu programa de mísseis. “Nossos mísseis existem para defender o país e criar dissuasão”, afirmou. Ele foi enfático ao declarar que a República Islâmica “jamais negociará ou fará concessões em relação às suas capacidades de defesa”.
Araqchi criticou a pressão implícita dos Estados Unidos para que o Irã participe de negociações em meio ao que classificou como uma “guerra de agressão do regime sionista”. Segundo ele, Washington tem enviado múltiplas mensagens propondo diálogo, mas Teerã rejeita qualquer iniciativa enquanto prosseguirem os ataques israelenses. “Vamos deixar claro. Não buscamos negociar com ninguém nas atuais circunstâncias, enquanto a agressão do regime sionista estiver em andamento”, declarou.
O vice-chanceler reforçou que o Irã está exercendo o direito à legítima defesa e não interromperá essa resposta. “Não realizamos — e não realizaremos — qualquer conversa com os Estados Unidos, que são cúmplices dos crimes (israelenses)”, disse. “Não houve nenhum contato ou diálogo com os americanos, e isso não mudará sob as condições atuais.”
As declarações ocorrem no contexto dos ataques realizados por Israel contra alvos militares, nucleares e civis no Irã desde o dia 13 de junho. A ofensiva provocou a morte de diversos comandantes das forças armadas iranianas, cientistas nucleares e cidadãos. Em resposta, a Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária Iraniana iniciou imediatamente contra-ataques com mísseis.
Até esta sexta-feira (20), já haviam sido realizadas 16 ondas consecutivas de ataques retaliatórios como parte da operação batizada de True Promise III (Promessa Verdadeira III). Araqchi participa nesta sexta, na Suíça, de uma reunião com representantes da troica europeia (Alemanha, França e Reino Unido) e com o chefe de política externa da União Europeia. O encontro ocorre sob o pano de fundo do agravamento da crise regional.
A posição inflexível de Teerã evidencia o grau de tensão e desconfiança que paira sobre as relações entre o Irã, os Estados Unidos — presididos por Donald Trump em seu segundo mandato desde 2025 — e os aliados europeus, especialmente diante da escalada militar promovida por Israel.
A insistência iraniana em separar as negociações nucleares de qualquer outro tema estratégico, como sua capacidade de mísseis, sinaliza que o espaço para avanços diplomáticos continua extremamente limitado enquanto o conflito armado persistir.

Redação Brasil 247

Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi - 18/04/2025

Irã restringe negociações em Genebra ao tema nuclear, diz Araqchi

DUBAI, 16 de abril (Reuters) - O direito do Irã de enriquecer urânio não é negociável, disse o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, na quarta-feira, antes de uma segunda rodada de negociações programadas para ocorrer em Roma neste fim de semana com os Estados Unidos sobre o controverso programa nuclear de Teerã.
As negociações , que começaram em Omã no sábado com o estado do Golfo atuando como mediador, são as primeiras entre os dois adversários sob o comando do presidente dos EUA, Donald Trump , que ameaçou uma ação militar se não houver acordo.

Luis Mauro Filho

Chanceler iraniano afirma que direito do país ao enriquecimento de urânio é inegociável

CGTN – O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, concedeu uma entrevista exclusiva ao Grupo de Mídia da China (CMG, na sigla em inglês) durante sua visita ao país entre os dias 27 e 28 de dezembro de 2024. Na entrevista, Araqchi afirmou que as relações amistosas entre o Irã e a China se refletem, em primeiro lugar, nas interações de alto nível. Os contatos de alto nível entre os dois países têm progredido bem, enquanto as delegações de outros níveis do governo também estão se visitando ativamente. A cooperação bilateral abrange uma ampla gama de áreas, incluindo economia, comércio, investimentos, cultura, segurança, juventude, educação e turismo.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250105120156_934983d8b3e27f0705bced37fa433f3bcf11375851a16479c53c347e7cd40f25.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20250105120156_934983d8b3e27f0705bced37fa433f3bcf11375851a16479c53c347e7cd40f25" data-rendition-name="original" width="1920" height="1080" loading="lazy" alt="Ministro das Relações Exteriores do Irã concede entrevista ao CMG"></figure>  Araqchi destacou que os países do Oriente Médio devem se unir para ajudar a Síria a estabelecer um governo amplo e inclusivo, que represente todas as etnias e facções. É crucial defender a unidade nacional e a integridade territorial da Síria. O país não deve se tornar um refúgio ou um local de aglomeração de terroristas, nem deve representar uma ameaça para seus vizinhos e as nações da região. A entrada de Israel na Faixa de Gaza tinha como objetivo destruir o Hamas, mas agora o país foi forçado a se sentar e negociar um cessar-fogo com o grupo, o qual Israel deseja eliminar. “Dissemos várias vezes que qualquer acordo de trégua aceito pela Palestina e pelo Hamas será apoiado pelo Irã”, enfatizou Araqchi. “A China é um país respeitado e confiável. Acredito que tal credibilidade permite que a China desempenhe um papel político no Oriente Médio, ajudando os países da região a resolver suas divergências e a encontrar soluções pacíficas. O Irã agradece as contribuições feitas pela China e está disposto a continuar cooperando com o governo chinês”, acrescentou ele. Tradução: Zhao Yan Revisão: Gabriela Nascimento&nbsp;

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