247 - O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, iniciou nesta sexta-feira (20) uma reunião com autoridades da França, Alemanha e Reino Unido, em Genebra, na Suíça, para discutir os recentes confrontos armados entre Israel e Irã. As informações são do <a href="https://www.metropoles.com/mundo/com-ministros-europeus-premie-do-ira-acusa-israel-crimes-de-guerra">Metrópoles</a>.
Durante o encontro, Araghchi afirmou que o Irã está sendo alvo de “uma guerra injusta imposta ao povo iraniano” e acusou Israel de cometer “crimes de guerra graves”. Segundo ele, os ataques israelenses às instalações nucleares do país representam também um “perigo de catástrofe ambiental e de saúde”, por conta do risco de vazamentos radiológicos.
A ofensiva israelense teve início na semana passada, após repetidas ameaças por parte de Tel Aviv. O governo de Israel classificou a ação como um “ataque preventivo” com o objetivo de impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear. Como resposta, o Irã lançou drones e mísseis contra o território israelense.
“Israel lançou uma agressão não provocada ao Irã, em uma flagrante violação do Artigo 2, parágrafo quatro, da Carta da ONU”, declarou Araghchi. Ele afirmou ainda que os ataques começaram na madrugada de sexta-feira, 13 de junho, atingindo militares fora de serviço, professores universitários e civis.
O ministro iraniano também destacou que os bombardeios ocorreram em meio a um esforço diplomático. “Deveríamos nos reunir com os americanos em 15 de junho para elaborar um acordo muito promissor para uma resolução pacífica das questões inventadas sobre nosso programa nuclear pacífico”, disse. Segundo ele, instalações nucleares e o próprio Ministério das Relações Exteriores foram atingidos pelos ataques israelenses.
Enquanto os europeus buscam intermediar um caminho para evitar o agravamento do conflito, os Estados Unidos ainda avaliam sua posição. A Casa Branca informou, na quinta-feira (19), que o presidente Donald Trump decidirá nas próximas duas semanas se o país participará ou não do conflito. A porta-voz Karoline Leavitt disse que a decisão será baseada no andamento das negociações entre os dois países.

Otávio Rosso

Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi - 22/05/2025

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Mundo

Em reunião com europeus, premiê iraniano acusa Israel de crimes de guerra

247 - O encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, marcou mais um capítulo na aproximação estratégica entre Moscou e Teerã. Durante a reunião, o chanceler iraniano entregou pessoalmente ao presidente russo uma carta do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei. Segundo o chanceler iraniano, a correspondência tem um significado que vai além da relação bilateral entre os dois países
O presidente russo, Vladimir Putin, demonstrou grande satisfação com o encontro realizado na quinta-feira (17), afirmou o chanceler russo, Sergey Lavrov, durante uma reunião com o próprio Araghchi. A notícia foi publicada originalmente pela agência Sputnik Internacional.
“O presidente russo, Vladimir Putin, teve uma longa e intensa conversa ontem e ficou muito satisfeito com essa conversa”, relatou Lavrov ao lado do ministro iraniano, evidenciando a importância política da reunião no Kremlin.&nbsp;
“Esta mensagem não é, na verdade, endereçada apenas ao líder russo, mas é também um sinal para o mundo inteiro de que o Irã considera a Rússia sua parceira estratégica e uma vizinha importante”, afirmou Araghchi, enfatizando o peso simbólico e diplomático do gesto.&nbsp;
As declarações revelam o esforço conjunto de Rússia e Irã para consolidar uma aliança sólida em meio à crescente tensão internacional. &nbsp;
A visita de Araghchi a Moscou se insere em um contexto de crescente coordenação entre os dois governos em áreas como energia, segurança e cooperação regional, com destaque para a situação no Oriente Médio e na Ásia Central. Analistas observam que a entrega da carta de Khamenei é um movimento para reafirmar o compromisso de longo prazo entre Teerã e Moscou, especialmente diante dos desafios geopolíticos que os dois países enfrentam no cenário internacional.
A aproximação entre Moscou e Teerã, consolidada em momentos como este, revela um cenário internacional em reconfiguração, no qual novas alianças desafiam a hegemonia ocidental e apontam para uma ordem multipolar em ascensão.
Programa nuclear - Em declarações feitas na quinta-feira, Araghchi revelou ter comunicado a Putin o status atual das negociações entre o Irã e os EUA sobre o programa nuclear de Teerã.

José Reinaldo

Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, durante entrevista coletiva em Moscou - 18/04/2025 

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Reunião entre Putin e chanceler iraniano fortalece parceria estratégica

247 - O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou neste domingo (23) que o acordo nuclear não poderia ser renovado em sua forma atual após Teerã fazer progressos significativos em sua pesquisa nuclear.
"O Plano de Ação Conjunto Global [JCPOA, na sigla em inglês] em sua forma e redação atuais, na minha opinião, não pode ser renovado. Isso não nos trará nenhum benefício por causa do nosso progresso significativo na esfera nuclear", disse Araghchi em entrevista à agência de notícias Online Khabar.
O Irã assinou um acordo nuclear com a China, França, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e União Europeia (UE) em 2015. O objetivo era reduzir o programa nuclear iraniano em troca de alívio de sanções. 
Os EUA se retiraram do acordo em 2018 durante o primeiro mandato do atual presidente norte-americano, Donald Trump, e restabeleceram sanções a Teerã, levando ao colapso do acordo.
Em resposta, o governo iraniano disse que não cumpriria parte de seus compromissos com o pacto nuclear, abandonando as restrições à pesquisa nuclear e ao nível de enriquecimento de urânio. Araghchi argumentou que o Irã vai fazer o que seja de seu melhor interesse (com Sputnik).

Leonardo Lucena

Acordo nuclear não pode ser renovado como está, diz chanceler do Irã

Sputnik Brasil - Os países ocidentais não podem impor suas vontades ao Irã por meio de sanções, disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi.
"Os países ocidentais deveriam saber, e é surpreendente que eles ainda não saibam, que as sanções são uma ferramenta fracassada e que eles não podem impor sua vontade ao Irã por meio de sanções, tanto na questão nuclear quanto em outras questões", disse Araghchi, conforme citado pela agência de notícias Fars.
O chanceler iraniano também pediu que os países ocidentais mudassem de rumo, acrescentando que Teerã está pronto para dialogar com base no respeito mútuo, em vez de ameaças e pressões.
Em declaração conjunta feita recentemente, Alemanha, Reino Unido e França ameaçaram o Irã com novas sanções, incluindo o cancelamento de acordos bilaterais de serviços aéreos, por conta supostas entregas de mísseis balísticos de curto alcance de Teerã à Rússia para uso em operações de combate na Ucrânia.
O Irã negou as acusações de fornecer apoio militar à Rússia, dizendo que não está envolvido no conflito na Ucrânia. Vladimir Zelensky, inclusive, admitiu que não tinha evidências de que o Irã transferisse mísseis balísticos para a Rússia.

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Chanceler iraniano: Ocidente não pode impor sua vontade ao Irã por meio de sanções

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