Lula vai à China para fórum da Celac que desafia tarifaço de Trump
A principal aposta dos países do bloco latino-americano é a parceria com a China
247 - A relação China-América Latina-Caribe, marcada por princípios como igualdade, benefício mútuo e respeito à soberania, tem ganhado força em meio ao cenário comercial internacional cada vez mais tenso, destaca reportagem do canal RT nesta sexta-feira (9).
Nesse contexto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca de Moscou, Rússia, rumo à China, onde participará do fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). O presidente vai a Pequim na manhã de sábado (10). A reunião ocorre nos dias 12 e 13.
Após uma série de acordos estratégicos firmados na Rússia, o presidente Lula se volta para a China, onde, durante a visita de Estado, assinará ao menos 16 atos bilaterais. O esforço do governo em ampliar os canais de comércio surge em meio ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil. De acordo com a Casa Branca, o Brasil sofrerá uma taxa-base de 10% sobre exportações aos EUA.
A Celac também vê em Pequim um parceiro estratégico diante da guerra comercial. A postura da China com seus parceiros comerciais latino-americanos se distancia radicalmente do tipo de relação desigual predominante nos acordos defendidos por Trump, onde a prioridade está na espoliação, em acordos desvantajosos, nos interesses políticos e individuais dos grandes conglomerados industriais e núcleos de poder.
Por sua vez, a nação asiática concentra esforços em apoiar o desenvolvimento e a prosperidade na América Latina por meio de mecanismos de cooperação em áreas estratégicas como comércio, investimento, infraestrutura e tecnologia, sempre sob o marco do benefício mútuo e respeito à soberania.
Segundo confirmou a chanceler colombiana ao RT, Laura Sarabia, até o momento está prevista a participação de 17 chanceleres neste encontro ministerial, além dos presidentes Lula, Gustavo Petro, da Colômbia, e Gabriel Boric, do Chile. No último dia 9 de abril, Bogotá assumiu a presidência pro tempore da Celac.
Nesta reunião ministerial, segundo adiantou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, serão debatidas estratégias de desenvolvimento, desafios, solidariedade e estabilidade no Sul Global, conforme o site do órgão.
O presidente Lula já manifestou publicamente apoio às medidas chinesas de responder com tarifas recíprocas aos EUA e expressou disposição a trabalhar junto a Pequim na defesa do livre comércio, na proteção dos acordos internacionais e na oposição às violações da justiça internacional.
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