“Prevenção não é empilhar sacos de argila”, critica Maria do Rosário sobre resposta às chuvas
Deputada cobra ações estruturais do governador Eduardo Leite e ironiza prefeito de Porto Alegre: “Será que isso foi ensinado na Holanda, Melo?”
247 - A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) criticou a falta de ações estruturais do governo do Rio Grande do Sul e da prefeitura de Porto Alegre diante das novas enchentes que atingem o estado. Em meio a mais uma tragédia climática, com pelo menos 107 municípios afetados, a parlamentar classificou como “inadmissível” a resposta do poder público frente aos alertas e aos investimentos já feitos após as chuvas de 2024.
“É inadmissível que, após um ano da maior tragédia climática da nossa história e com todo o investimento enviado pelo governo federal, a principal medida de prevenção ainda seja empilhar 200 sacos de argila para tentar conter a água”, escreveu Rosário em sua página nas redes sociais.
As fortes chuvas já causaram três mortes, deixaram uma pessoa desaparecida e provocaram estragos em diversas cidades, incluindo alagamentos, deslizamentos e destruição de estradas, pontes e moradias.
A deputada também cobrou o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), que no ano passado viajou à Holanda para conhecer soluções de contenção de enchentes: “Será que isso foi ensinado na Holanda, Melo?”, questionou.
Após as enchentes de 2024, o governo Lula destinou R$ 6,5 bilhões para obras de prevenção no Rio Grande do Sul.
De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, mais uma morte no estado provocada pelas chuvas que causaram estragos e transtornos em pelo menos 98 dos 497 municípios gaúchos.
Reportagem da Agência Brasil informa que a vítima, Mauro Perfeito da Silva, de 72 anos de idade, não resistiu aos ferimentos causados pela queda de uma árvore sobre seu carro nesta quinta-feira (19), em Sapucaia do Sul, região metropolitana de Porto Alegre.
Silva era advogado e presidente do diretório do Podemos em Sapucaia do Sul. Sua filha, Lilian Soares da Silva, de 38 anos, que também estava no veículo, foi socorrida e encaminhada ao Hospital Municipal Getúlio Vargas. Segundo a assessoria do hospital, Lilian teve alta por volta das 9h de hoje.
Os outros dois óbitos decorrentes das fortes chuvas foram registrados em Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha, a cerca de 100 quilômetros de Porto Alegre, e em Candelária, na região dos Vales, a aproximadamente 190 quilômetros da capital.
A reportagem informa ainda que além das três mortes já confirmadas, há uma pessoa desaparecida desde terça-feira (17), em Candelária, e um óbito, em Santa Tereza, na Serra Gaúcha, na tarde desta quinta-feira (19), que a Defesa Civil estadual está tratando como decorrente de um acidente de trânsito.
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