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      PF e Polícia Civil apuram assassinato de filho de cacique no Paraná

      Corpo de jovem foi encontrado em milharal

      Sede da PF em Brasília (DF) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
      Bianca Penteado avatar
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      Agência Brasil - A Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Paraná estão investigando o assassinato de uma jovem liderança indígena na cidade de Guaíra, no oeste do estado, na fronteira com o Paraguai.

      O corpo da vítima, Everton Rodrigues, 23 anos, foi encontrado no último sábado (12), abandonado em meio a um milharal e, segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), decapitado.

      Rodrigues era filho de Bernardo Rodrigues Diegro, cacique da Aldeia Yvyju Avary. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, junto ao corpo foi deixada uma carta com graves ameaças às comunidades indígenas e a agentes da Força Nacional de Segurança Pública que atuam na região.

      “Everton foi brutalmente assassinado”, afirma o Cimi, cobrando das autoridades competentes uma investigação imediata e rigorosa, “com a identificação e punição exemplar dos responsáveis por mais este crime bárbaro”.

      Em nota, a PF informou que, tão logo foi informada do caso, adotou as medidas necessárias, realizando as primeiras diligências, a cargo da delegacia em Guaíra. Também em nota, a Polícia Civil confirmou que instaurou um inquérito, que a apuração está em andamento e materiais foram recolhidos no local do crime e estão sendo periciados.

      Já no sábado (12), o ministério afirmou que acompanha o caso, que classificou como um “bárbaro assassinato”.

      “Reiteramos nosso compromisso em defender a vida, a dignidade e os direitos dos povos indígenas, certo de que nenhuma ameaça silenciará a luta ancestral por justiça e território”.

      O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) lamentou, em nota, o assassinato do indígena e informou que acompanha a situação dos territórios indígenas do Paraná. Segundo a pasta, o Ministério da Justiça e Segurança Pública renovou a presença da Força Nacional até o fim de agosto.

      "O MPI também atua em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e seu Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), com vistas à proteção de lideranças indígenas, mantendo um diálogo com os indígenas Avá-Guarani inseridos no programa, que sofrem ameaças constantes por sua atuação em defesa da terra, da cultura e dos direitos fundamentais de seu povo", diz o comunicado.

      Consultada nesta segunda-feira (14), a Funai ainda não se manifestou.

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