No BRICS, Lula afina oportunidades de investimento com Emirados Árabes e Nigéria
O presidente citou áreas importantes como 'energia renovável, mineração e setor petroquímico'
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu neste sábado (5) a parceria com os Emirados Árabes Unidos, e admitiu o “interesse brasileiro em atrair investimento direto estrangeiro, especialmente nos setores de energias renováveis, mineração, petroquímico, comunicações satelitais, cabos submarinos e manufaturas”. Ele teve uma reunião com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Xeique Khaled bin Mohamed bin Zayed al Nahyan, no contexto da Cúpula de Líderes do BRICS, no Rio de Janeiro.
“Destaquei o empenho da presidência brasileira do MERCOSUL em concluir o Acordo de Comércio com os Emirados Árabes Unidos. No contexto da crise climática, reconhecemos a necessidade de maior ambição na redução das emissões de gases do efeito estufa. O príncipe herdeiro emirati enfatizou o apoio de seu país à realização da COP-30, em Belém”, afirmou.
Os Emirados Árabes são um dos 11 países do BRICS, junto com Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
No Rio, Lula também teve um encontro com o presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu. De acordo com o governo brasileiro, a ampliação do intercâmbio comercial e dos investimentos recíprocos foi uma das prioridades tratadas no encontro, tendo em vista o tamanho dos mercados consumidores e o potencial das economias brasileira e nigeriana.
Os presidentes ressaltaram a importância de estabelecer conexões aéreas diretas entre os países, o que alavancaria o turismo e as oportunidades de negócios dos dois lados do Oceano Atlântico.
O mandatário nigeriano apresentou a agenda de reformas em andamento no país e oportunidades de investimento em áreas como infraestrutura, energia e produção de fertilizantes. Ressaltou o interesse em estabelecer cooperação para aumentar a produtividade do setor agropecuário nigeriano, destacando a Embrapa como referência em pesquisa e inovação agrícola.
Ao longo da reunião, foram discutidos também projetos de cooperação em transição energética, ciência, tecnologia e inovação, e observação espacial.
A Nigéria é um dos nove países parceiros do BRICS, junto com Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
COP 30
O presidente Lula reforçou o convite para que o presidente Bola Tinubu participe da COP 30, em Belém, e comprometeu-se a realizar fórum com empresários brasileiros e nigerianos durante a visita de Estado do líder africano a Brasília, prevista para agosto deste ano.
BRICS
O governo federal disse que as nações do BRICS representam 48,5% da população mundial, 36% do território do planeta, 40% do PIB global e 21,6% do comércio (TradeMap; Banco Mundial). A corrente de comércio do Brasil com o Brics totalizou US$ 210 bilhões, representando 35% do total em 2024.
Brics foi o destino de US$ 121 bilhões das exportações brasileiras, representando 36% do total exportado pelo Brasil em 2024 e foi a origem de US$ 88 bilhões das importações brasileiras, representando 34% do total importado pelo Brasil no mesmo ano (ComexStat). No ano anterior, os investimentos dos países do bloco no Brasil totalizaram cerca de US$ 51 bilhões (Banco Central).
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