Interesse por Bitcoin despenca na América Latina: apenas El Salvador e Brasil resistem à tendência
Enquanto grande parte da América Latina reduz seu interesse pelo Bitcoin, apenas dois países continuam em destaque na conversa global sobre criptomoedas.
Nos últimos 12 meses, o entusiasmo pelo Bitcoin na América Latina perdeu força, marcando uma queda que contrasta com o protagonismo que a região teve na adoção inicial das criptomoedas.
Dados recentes mostram que o interesse por buscas relacionadas ao ativo digital no Google caiu de forma significativa, ficando restrito a poucos países que ainda lideram essa tendência.
El Salvador e Brasil seguem na liderança em meio à queda regional
Apesar do recuo generalizado, El Salvador e Brasil continuam sendo os países latino-americanos com maior interesse pelo Bitcoin. O caso salvadorenho é particularmente emblemático: a decisão histórica de adotar o Bitcoin como moeda de curso legal mantém o país na liderança das pesquisas sobre a criptomoeda.
Mesmo com as críticas e polêmicas geradas, a aposta do governo local no universo cripto permanece firme.
O Brasil, por sua vez, consolida-se como o segundo país da região mais interessado em Bitcoin e figura entre os dez primeiros do mundo nesse quesito.
Com 40% do interesse global, o mercado brasileiro demonstra maturidade tecnológica e crescente abertura a novas formas de investimento — características que colocam o país como referência regional no universo dos ativos digitais.
Por que o interesse caiu no restante da América Latina?
A queda no interesse pelo Bitcoin em boa parte da América Latina pode ser explicada por diversos fatores. Um dos principais é a volatilidade do mercado cripto.
As bruscas variações no valor do Bitcoin, que sofreu quedas expressivas nos últimos meses, criaram um ambiente de insegurança para muitos investidores, especialmente em economias instáveis.
Além disso, a falta de educação financeira segue sendo um obstáculo relevante. Em muitos países latino-americanos, o conhecimento sobre criptomoedas ainda é limitado, o que dificulta a adoção consciente e segura.
Apesar dos esforços de governos e empresas para incentivar o uso desses ativos, grande parte da população ainda desconhece os benefícios e os riscos associados a eles.
Esse cenário traz desafios importantes para o futuro do mercado cripto na região. Embora a infraestrutura tecnológica tenha avançado e alguns governos apostem fortemente na inovação financeira, a confiança do cidadão comum parece ter sido abalada diante da instabilidade econômica e da ausência de iniciativas educativas eficazes.
A evolução do interesse pelo Bitcoin na América Latina será fundamental para entender o futuro do ecossistema cripto no mundo. Por enquanto, apenas El Salvador e Brasil continuam como protagonistas, enquanto o restante da região observa com cautela os rumos da criptomoeda mais popular do planeta.
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