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OMS estima em 10 bilhões de dólares a soma necessária para reerguer sistema de saúde em Gaza destruído por Israel

A destruição do sistema de saúde em Gaza foi um crime hediondo de Israel

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, se emociona ao falar sobre as condições infernais provocadas pelo genocídio israelense em Gaza (Foto: DENIS BALIBOUSE/REUTERS)

247 - A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a reconstrução do sistema de saúde da Faixa de Gaza exigirá mais de 10 bilhões de dólares, diante da devastação provocada pelos ataques de Israel. Desde o início da ofensiva militar em outubro de 2023, Israel tem desrespeitado flagrantemente o direito internacional e o direito internacional humanitário, ao atacar indiscriminadamente infraestruturas civis, incluindo hospitais e centros de saúde.

O regime israelense passou a considerar qualquer localização não militar como alvo legítimo, resultando no bombardeio sistemático de instalações médicas. Mais de mil profissionais de saúde perderam a vida enquanto tentavam atender a população agredida pelo exército sionista. Essas ações constituem sérias violações das Convenções de Genebra e são qualificadas como crimes de guerra por diversas organizações internacionais.

Com a possibilidade de cessar-fogo ganhando força, organizações globais começam a dimensionar a destruição causada pelas forças israelenses. Rik Peeperkorn, chefe da OMS para os territórios palestinos, afirmou em coletiva de imprensa que "serão necessários mais de 3 bilhões de dólares para o primeiro ano e meio e 10 bilhões para os próximos cinco a sete anos", informa o canal HispanTV. Ele enfatizou que a magnitude da destruição é inédita e que a reconstrução de Gaza deve ser uma responsabilidade coletiva dos Estados-membros da OMS, incluindo Israel, diretamente responsável pela catástrofe humanitária.

A Organização das Nações Unidas (ONU) já alertou que o sistema de saúde de Gaza está em colapso, classificando a situação como crime de guerra devido aos bombardeios indiscriminados. A destruição deliberada de infraestrutura civil viola princípios fundamentais do direito internacional humanitário, que proíbem ataques a alvos civis e exigem proteção a instalações médicas.

O Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou que menos da metade dos hospitais de Gaza estão operacionais, agravando a crise sanitária e humanitária. A promessa de cessar-fogo e troca de prisioneiros, prevista para iniciar com uma trégua de seis semanas, surge como um alívio temporário, mas não apaga as graves violações cometidas.

Diante desse cenário, é imperativo que a comunidade internacional responsabilize Israel por suas ações, exigindo investigações independentes e punições adequadas por crimes de guerra. A reconstrução de Gaza não deve ser apenas um esforço humanitário, mas também um compromisso com a justiça e a proteção dos direitos humanos.

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