Israel volta a dificultar acordo de cessar-fogo em Gaza

247 - O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que adiou a votação sobre a trégua, sob o pretexto de que o movimento militante palestino Hamas criou uma crise de última hora, informou o canal HispanTV nesta quinta-feira (16). 

O gabinete israelense afirmou que não se reunirá para aprovar o acordo de cessar-fogo até que o Hamas recue, em meio a crescentes divisões no governo israelense. Ministros da extrema-direita chegaram a ameaçar uma debandada. 

Além disso, Israel continua a lançar ataques mortais em Gaza. Segundo a emissora palestina Al Aqsa, na quarta-feira (15), dezoito pessoas morreram e várias outras ficaram feridas após um ataque aéreo israelense atingir um prédio residencial na parte oeste da Cidade de Gaza. 

O porta-voz militar do braço militar do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, Abu Ubaida, disse nesta quinta que as forças de ocupação israelenses atacaram um local onde se encontrava uma das prisioneiras da primeira fase do acordo previsto. 

Qualquer agressão ou bombardeio nesta fase por parte do inimigo pode transformar a liberdade de um prisioneiro em uma tragédia, disse Ubaida. 

Izzat al-Risheq, membro do birô político do Hamas, disse que o grupo está comprometido com o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, informou a agência Sputnik. 

"O Hamas está comprometido com o acordo de cessar-fogo anunciado pelos mediadores," declarou al-Risheq em comunicado.

Mais cedo na quarta, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, anunciou que as partes envolvidas no conflito em Gaza – Israel e o Hamas – concordaram, com a mediação do Catar, Egito e Estados Unidos, com um cessar-fogo de 42 dias como parte da primeira fase do acordo, que também prevê a libertação de 33 reféns israelenses. O acordo entrará em vigor em 19 de janeiro.