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Israel viola cessar-fogo e comete crime de guerra ao atacar Beirute e assassinar dirigente do Hezbollah

Bombardeio israelense atinge civis e intensifica tensões no Oriente Médio

Bandeiras do Hezbollah e de Israel (Foto: Dado Ruvic / Reuters)
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247 - Um ataque aéreo israelense nos subúrbios ao sul de Beirute, na terça-feira (1), resultou na morte de quatro pessoas, incluindo um dirigente do Hezbollah. A investida, que também feriu sete civis, representa mais uma violação do cessar-fogo e intensifica a instabilidade na região. A agência de notícias Reuters informou que o alvo do bombardeio foi Hassan Bdeir, comandante de nível médio do Hezbollah, que estava acompanhado de seu filho, também morto no ataque.

Os militares israelenses alegaram que Bdeir auxiliava o Hamas no planejamento de um "ataque terrorista significativo e iminente contra civis israelenses". No entanto, o Hezbollah classificou o ataque como uma "agressão severa", denunciando-o como uma escalada perigosa da violência. O parlamentar do Hezbollah, Ibrahim Moussawi, declarou: "O ataque israelense representou uma agressão grave e elevou a situação a um nível totalmente diferente". Ele também cobrou do governo libanês uma resposta diplomática contundente para conter as ofensivas israelenses.

O bombardeio ocorreu apenas cinco dias após outro ataque israelense na mesma região, o que demonstra um padrão de violações do cessar-fogo. O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, defendeu a ação, afirmando que Bdeir representava "uma ameaça real e imediata" e que o Líbano deveria "erradicar organizações terroristas que agem dentro de suas fronteiras contra Israel".

Por outro lado, líderes libaneses condenaram o ataque, ressaltando que ele viola a Resolução 1701 da ONU, que estabeleceu os termos do cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. O presidente libanês, Joseph Aoun, declarou que o bombardeio é um "aviso perigoso" e acusou Israel de agir deliberadamente para desestabilizar o país. O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, reforçou essa posição, afirmando que a ofensiva representa "uma violação flagrante do acordo de cessar-fogo e do direito internacional".

A escalada de tensões no Líbano ocorre em meio à retomada dos ataques israelenses a Gaza, após uma trégua de dois meses, e às ofensivas dos Estados Unidos contra os houthis no Iêmen, aliados do Irã. O Departamento de Estado dos EUA reafirmou seu apoio a Israel, culpando "terroristas" pelo reinício das hostilidades e justificando os bombardeios israelenses como uma resposta a ataques com foguetes vindos do Líbano.

A escalada da violência reforça a preocupação da comunidade internacional com um novo conflito de grandes proporções no Oriente Médio, enquanto Israel continua a violar os acordos firmados e a intensificar seus ataques na região. 

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