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Fepal: 'ao atacar Lula, Conib escancara o real objetivo do PL da mordaça sionista no Brasil'

Federação Palestina critica acusação de “antissemitismo” feita contra Lula e afirma que PL 472/25 busca silenciar denúncias do genocídio em Gaza

Lula e Faixa de Gaza destruída após ataques israelenses (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Forças de Defesa de Israel/Divulgação via REUTERS)
Redação Brasil 247 avatar
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247 - A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) divulgou nota pública nesta segunda-feira (12) rebatendo com veemência as acusações da Confederação Israelita do Brasil (Conib) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a entidade, a Conib teria “escancarado o real objetivo” do Projeto de Lei 472/2025 — que visa criminalizar manifestações consideradas antissemitas — ao atacar Lula por suas declarações a respeito da ofensiva militar israelense contra a população da Faixa de Gaza.

A manifestação da Fepal ocorre em meio à semana da Nakba, marco histórico da expulsão forçada de centenas de milhares de palestinos com a criação do Estado de Israel, em 1948. Para a federação, o momento simboliza “a maior limpeza étnica da história”, com a expulsão ou morte de até 88% dos palestinos da área ocupada.

No centro da polêmica está a fala do presidente brasileiro, que declarou: “na Faixa de Gaza é um genocídio, de um exército muito bem preparado contra mulheres e crianças a pretexto de matar terroristas. Já houve caso de explodirem um hospital e não ter um terrorista, só mulher e criança”. Segundo a Fepal, a declaração de Lula segue o mesmo entendimento de entidades como a ONU, a Anistia Internacional, a Corte Internacional de Justiça, além do Papa Francisco e de vários líderes mundiais.

“Em sua declaração, Lula em nenhum momento citou o judaísmo ou os judeus; ele acusou um regime racista e genocida, que usa o judaísmo como escudo para sua impunidade”, afirma a federação, que ainda classifica o uso do termo “antissemitismo” pela Conib como uma tentativa de distorcer o debate e blindar os crimes do governo israelense com “chantagem acusatória”.

A nota da Fepal ainda traz uma comparação contundente entre os números de crianças mortas em Gaza e na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, sugerindo que a taxa de crianças exterminadas no território palestino seria mais de três vezes superior ao período hitlerista, apesar de este ter durado quatro vezes mais.

A crítica da federação também recai diretamente sobre o PL 472/25, de autoria do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), classificado como “ministro da morte”. Para a entidade palestina, o projeto de lei não busca combater o antissemitismo real, mas sim “criminalizar os defensores da Palestina” e suprimir críticas legítimas aos crimes cometidos por Israel. “Não à mordaça sionista do PL 472/25!”, finaliza o texto.

A Fepal encerra a nota manifestando solidariedade ao presidente Lula e exigindo que a Conib cesse o que define como “defesa do totalitarismo” e a incitação à impunidade diante de crimes cometidos na Palestina.

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