Em primeira reunião de gabinete, Trump ordena mais demissões, enquanto Musk promove cortes
Governo Trump diz que agências devem se preparar para demissões em larga escala
Reuters - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou na quarta-feira (26) que agências federais realizem mais demissões em larga escala de trabalhadores, enquanto o presidente deixou que Elon Musk, assumisse um papel de destaque em sua primeira reunião de gabinete e discutisse suas ambiciosas metas de corte de orçamento.
Um novo memorando instruiu as agências a enviar planos até 13 de março para uma "redução significativa" na equipe de uma força de trabalho federal já sofrendo com ondas de demissões e cortes de programas pelo chamado Departamento de Eficiência Governamental de Musk. Ele não especificou o número de novas demissões.
O memorando representa uma grande escalada na campanha de Trump e Musk para reduzir o tamanho do governo dos EUA.
Até agora, as demissões se concentraram em trabalhadores em estágio probatório, que têm menos tempo de serviço em suas funções atuais e desfrutam de menos proteções de emprego. A próxima rodada teria como alvo um grupo muito maior de servidores públicos veteranos.
Na reunião do gabinete, Trump disse que Lee Zeldin, o administrador da Agência de Proteção Ambiental, planeja cortar até 65% de seus mais de 15.000 funcionários.
Na terça-feira, uma fonte do Departamento do Interior disse à Reuters que agências como o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA e o Departamento de Assuntos Indígenas receberam ordens de se preparar para reduções de força de trabalho de até 40%.
Cerca de 100 mil dos 2,3 milhões de funcionários civis federais do país foram demitidos ou receberam indenizações.
Trump ofereceu a Musk um sinal extraordinário de apoio ao convidar o bilionário a promover seu trabalho ao gabinete presidencial, parte do qual havia rejeitado sua recente exigência de que todos os seus funcionários justificassem seu trabalho ou seriam demitidos.
Musk não é um funcionário de nível ministerial — e não recebeu aprovação do Senado dos EUA — e a Casa Branca alegou em documentos judiciais que ele não é o responsável pelo DOGE, embora Trump tenha dito que ele é e que os assessores de Musk são funcionários do DOGE.
Trump deixou claro que apoiava o esforço de Musk, dando-lhe a palavra no início da reunião e depois perguntando às autoridades reunidas: "Alguém está descontente com Elon?", provocando risadas esparsas.
Trump assinou uma ordem executiva orientando as agências a trabalharem com o DOGE para revisar e rescindir todos os contratos "desnecessários" e instruindo a Administração de Serviços Gerais, que administra os imóveis do governo, a criar um plano para descartar qualquer propriedade desnecessária.
Até agora, Trump e Musk falharam em diminuir a taxa de gastos . De acordo com uma análise da Reuters, o governo gastou 13% a mais durante o primeiro mês de Trump no cargo do que no mesmo período do ano passado, em grande parte devido aos maiores pagamentos de juros sobre a dívida e aos crescentes custos de saúde e aposentadoria incorridos por uma população envelhecida.
Trump reiterou sua promessa de não cortar benefícios populares de saúde e aposentadoria, que representam quase metade do orçamento.
"Não vamos tocar nisso", disse Trump.
Trump está simultaneamente pressionando o Congresso para estender seus cortes de impostos de 2017, programados para expirar no final do ano. O apartidário Committee for a Responsible Federal Budget estima que os cortes de 2017 adicionaram US$ 2,5 trilhões à dívida da nação, agora US$ 36 trilhões, e que estender os cortes de impostos pode custar mais de US$ 5 trilhões ao longo de uma década.
Os republicanos estão avaliando cortes na assistência médica e na assistência alimentar aos pobres para ajudar a pagar os cortes de impostos, embora detalhes específicos ainda não tenham surgido.
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