China registra crescimento de 19,39% na indústria de robôs inteligentes em 2024
Setor conta com 451,7 mil empresas e capital total de 64,44 trilhões de yuans, reforçando a meta do país de liderar a inteligência artificial até 2030
247 - A indústria de robôs inteligentes na China segue em expansão, refletindo a ambição do país de se consolidar como potência global em inteligência artificial (IA). Segundo a agência Prensa Latina, o setor alcançou 451.700 empresas em 2024, um crescimento de 19,39% em relação ao ano anterior. O avanço acompanha uma tendência de alta que, desde o final de 2020, resultou em uma expansão de 206,73%.
Dados do Centro de Monitoramento de Mercado de Big Data indicam que essas empresas movimentam um capital total de 64,44 trilhões de yuans (mais de 998 bilhões de dólares). A maior parte das companhias está concentrada em pesquisa científica e serviços tecnológicos, além de desenvolvimento de software e comércio, que, juntos, representam cerca de 80% do setor.
O crescimento é impulsionado pelo avanço de algoritmos de aprendizado profundo e pela integração da robótica com IA, aspectos fundamentais do Plano de Desenvolvimento de IA de Próxima Geração da China. O objetivo do governo é que o país se torne líder global na área até 2030.
A competitividade chinesa no setor se reflete nos registros de patentes. Dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) apontam que, entre 2014 e 2023, Pequim registrou mais de 38.000 invenções relacionadas à inteligência artificial generativa, correspondendo a cerca de 70% do total mundial.
Além disso, o financiamento de robôs humanoides tem sido um fator relevante para o avanço da indústria. Entre janeiro e outubro de 2024, foram registrados pelo menos 69 eventos de captação de recursos para o setor no mundo, totalizando mais de 11 bilhões de yuans (US$ 1,51 bilhão). Desses, 56 ocorreram na China, segundo a consultoria GGII, especializada em indústrias emergentes.
No cenário global, a disputa pela liderança em IA segue acirrada. Enquanto os Estados Unidos se destacam na inovação básica e desenvolvimento de algoritmos, a China aposta na aplicação prática e na escalabilidade das tecnologias. Esse movimento está alinhado ao plano estratégico “Made in China 2025”, que busca reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras e fortalecer a autonomia do país no setor de alta tecnologia.
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