Jovem desmentida pela Nasa apresenta novos documentos após agência negar qualquer vínculo com brasileira
Laysa Peixoto publicou certificados e medalha de honra após agência espacial negar qualquer vínculo oficial com ela
247 - O caso da brasileira Laysa Peixoto, 22 anos, ganhou um novo capítulo neste sábado (14), quando a jovem publicou novos documentos em suas redes sociais na tentativa de sustentar suas alegações de ligação com o setor espacial. As informações são da CNN Brasil.
Em sua publicação, Laysa apresentou imagens da Medalha de Honra ao Mérito concedida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), entregue em reconhecimento à descoberta do asteroide LpS0003 (2021 PS59). A homenagem foi realizada com a participação do ex-ministro Marcos Pontes e de Patrick Miller, do programa de ciência The International Astronomical Search Collaboration (IASC). Também exibiu um certificado emitido pelo IASC, que reconhece sua participação na "7ª Edição Caça Asteroides MCTI-30", realizada entre 2 e 27 de agosto de 2021.
Apesar da nova tentativa de validar suas credenciais, Laysa tem sido alvo de questionamentos desde que a NASA negou oficialmente qualquer vínculo com ela. Em nota enviada à CNN Brasil, a agência norte-americana afirmou que Laysa "não é funcionária, líder de pesquisas ou candidata a astronauta".
Natural de Contagem (MG), Laysa havia afirmado anteriormente em suas redes sociais que foi selecionada como astronauta de carreira e que participaria do voo inaugural da empresa privada Titans Space, previsto para 2029. A jovem afirmou que representaria o Brasil em missões futuras de exploração espacial, incluindo viagens para estações espaciais privadas e possíveis missões à Lua e Marte.
Em seu currículo publicado no LinkedIn — que foi desativado na última quarta-feira (11) —, Laysa dizia ter liderado pesquisas na Nasa aos 19 anos, ser fellow da Sociedade Max Planck em Física Teórica e Matemática, além de ter concluído formações no MIT e na Universidade Columbia, em Nova York.
As alegações, no entanto, entraram em xeque após os esclarecimentos da Nasa. Sobre a participação de Laysa no programa L'Space, mencionado por ela como uma das experiências na agência, a Nasa foi categórica: "O programa L'Space é um workshop para estudantes, e não é um estágio da Nasa ou trabalho na agência. Seria inapropriado reivindicar a afiliação à Nasa como parte dessa oportunidade", explicou a agência.
Com relação ao voo da Titans Space, a Nasa também negou qualquer envolvimento. Não há registro da empresa na Administração Federal de Aviação (FAA), responsável por autorizar voos espaciais nos Estados Unidos, o que coloca em dúvida a viabilidade do projeto anunciado para 2029.
Na última quinta-feira (12), após a repercussão das negativas da Nasa, Laysa gravou vídeos em seu Instagram tentando esclarecer suas declarações: "Em nenhum momento da minha declaração, eu cito que a Nasa foi responsável por essa seleção para esse voo de 2029, ou que a Nasa me selecionou como astronauta de carreira. Em nenhum momento, menciono a Nasa nesse sentido", afirmou.
Ainda segundo Laysa, a única menção à agência seria referente ao comandante da missão, que seria um astronauta veterano da Nasa. "Quem fez a minha seleção, o programa espacial que faço parte, é um programa privado, com o voo inaugural previsto para 2029", concluiu. Entretanto, ela não abordou as demais informações de seu currículo que também foram questionadas.
Procuradas pela CNN Brasil, tanto Laysa Peixoto quanto a Titans Space não responderam até o fechamento desta reportagem. O espaço permanece aberto para manifestações.
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