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Ex-vereador e cantor Netinho de Paula fez empréstimos com agiota do PCC, segundo denúncia do MP

Ministério Público de São Paulo denuncia 12 pessoas por envolvimento com a facção criminosa; artista não é investigado, mas aparece em conversas com agiota

(Foto: Reprodução/Instagram)
Laís Gouveia avatar
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247 - O cantor e ex-vereador Netinho de Paula foi mencionado em uma denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por ter realizado empréstimos com Ademir Pereira de Andrade, apontado como agiota e operador financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi divulgada pelo portal G1.

Embora Netinho não seja alvo direto da investigação, seu nome surgiu durante apurações que resultaram na denúncia de 12 pessoas, incluindo Ademir e oito policiais civis, por crimes como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, corrupção e associação com a facção criminosa. As investigações estão relacionadas ao assassinato de Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado no ano anterior.

De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Ademir atuava como operador financeiro do PCC e era referido por Netinho como "Banco da Gente". Conversas obtidas após a quebra de sigilo telemático do celular de Ademir revelam que o cantor solicitou empréstimos de valores expressivos. Em uma mensagem de 12 de maio de 2023, Netinho escreveu: "As questões dos juros eu vou pagando para você o que for dando aí, pode ficar tranquilo tá bom?". 

Além das transações financeiras, as mensagens indicam que Netinho e Ademir discutiram estratégias para beneficiar membros do PCC detidos na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), como os líderes conhecidos como Décio Português e Fuminho. Entre julho e agosto de 2023, o cantor enviou anexos contendo informações sobre inspeções do Ministério dos Direitos Humanos em presídios e visitas técnicas da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados para apurar denúncias de violações de direitos na referida penitenciária. 

Em resposta às alegações, Netinho afirmou ao portal Leo Dias que conhece Ademir há oito anos e que o mesmo é seu fã. O artista mencionou ter sido contratado para apresentações por Ademir e admitiu ter realizado operações financeiras e empréstimos com ele, mas declarou surpresa ao descobrir o envolvimento de Ademir com atividades ilícitas. 

O MP-SP solicitou que os acusados na denúncia restituam ao menos R$ 40 milhões pelos danos causados pelos crimes, incluindo ressarcimento por danos morais coletivos e sociais. A Justiça de São Paulo avaliará se aceita a denúncia para dar prosseguimento às investigações. 

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