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Coco Gauff vira sobre Sabalenka e conquista título inédito em Roland Garros

A jovem americana de 21 anos supera número 1 do mundo em jogo marcado por erros e ventania, e confirma renascimento dos Estados Unidos no tênis feminino

Coco Gauff (Foto: USTA)
Laís Gouveia avatar
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Reuters -  Em uma final marcada por condições climáticas adversas e muitos erros, a americana Coco Gauff conquistou neste sábado (7) seu primeiro título de Roland Garros ao vencer de virada a bielorrussa Aryna Sabalenka, atual número 1 do mundo. A vitória por 6-7(5), 6-2 e 6-4 consolida a ascensão da jovem de 21 anos e confirma o excelente momento das tenistas dos Estados Unidos nos torneios de Grand Slam em 2025. A informação é da Reuters.

Com o resultado, Gauff se torna a primeira americana a vencer em Paris desde Serena Williams, em 2015, e a mais jovem a alcançar esse feito desde a própria Serena, em 2002. O título também representa uma volta por cima após a dura derrota que sofreu na final de Roland Garros em 2022, diante da polonesa Iga Swiatek.

Eu estava passando por muitas coisas quando perdi aqui há três anos”, relembrou Gauff após a partida. “Estou apenas feliz por estar de volta. Eu estava com muitos pensamentos sombrios. Três finais... acho que conquistei a mais importante. É isso que importa.”

A conquista de Gauff segue o triunfo de Madison Keys no Aberto da Austrália, consolidando uma temporada histórica para o tênis feminino americano, que volta a dominar os palcos principais do esporte.

Final abaixo do esperado

Apesar de reunir as duas melhores tenistas do ranking mundial, a decisão em Roland Garros frustrou as expectativas de um duelo técnico e equilibrado. Em meio a ventos fortes, o confronto no saibro parisiense teve 100 erros não forçados somados — 51 deles de Sabalenka, que chegou à sua terceira final consecutiva de Grand Slam.

A bielorrussa começou melhor, abrindo 4-1 no primeiro set com uma combinação de bolas curtas e potentes. Gauff, no entanto, reagiu e empatou em 4-4, empurrada pela torcida na quadra Philippe Chatrier. Apesar da reação, a americana perdeu a primeira parcial no tiebreak.

A virada começou a se desenhar no segundo set, quando Gauff passou a errar menos e impôs um ritmo mais firme, vencendo quatro dos cinco primeiros games e fechando a parcial em 6-2. “Foi super difícil quando entrei na quadra e senti o vento, porque havíamos aquecido com o teto fechado”, contou Gauff. “Eu pensei: 'vai ser um dia difícil' e sabia que tudo ia depender da força de vontade. No fim das contas, só estou muito feliz com a luta que mostrei hoje.”

Não foi bonito, mas funcionou, e é isso que importa”, resumiu a campeã.

Emoção, lágrimas e um gesto simbólico

No set decisivo, Gauff chegou a abrir 3-1, mas Sabalenka voltou ao jogo, empatando a parcial. Ainda assim, Gauff se manteve firme, voltou a liderar e selou a vitória em seu segundo match point. Emocionada, caiu no chão, chorou e correu até seu box para comemorar com a equipe. Em um momento divertido, deixou cair a tampa do troféu Suzanne Lenglen enquanto posava para fotos.

Na entrevista coletiva, fez um discurso comovente: dedicou a vitória a “americanos que se parecem comigo”, em referência ao impacto que tem como jovem mulher negra no esporte.

Sabalenka admite frustração

Sabalenka, visivelmente abalada, parabenizou a rival: “Você é uma guerreira, uma trabalhadora, então parabéns a você e à sua equipe”, disse a número 1. A tricampeã de Grand Slam foi dura consigo mesma ao avaliar sua atuação. “Foi, honestamente, o pior tênis que joguei nos últimos meses”, lamentou. “As condições estavam terríveis e ela simplesmente foi melhor nelas. Foi a pior final que já joguei.”

O resultado impede Sabalenka de se tornar a única tenista em atividade com títulos em três dos quatro torneios do Grand Slam — ela já venceu o Aberto da Austrália (2023 e 2024) e o US Open (2023).

Gauff, por sua vez, soma agora dois títulos de Grand Slam — o primeiro veio no US Open de 2023 — e consolida-se como uma das grandes estrelas do tênis mundial.

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