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      Morre Cristina Buarque, cantora e irmã de Chico Buarque

      Irmã de Chico Buarque e filha do sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, artista morreu aos 74 anos e foi homenageada com emoção pelo filho nas redes sociais

      Cristina Buarque (Foto: Reprodução)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - A cantora Cristina Buarque morreu neste sábado (20) aos 74 anos. A informação foi divulgada por seu filho, Zeca Ferreira, em publicação no Instagram. A causa da morte não foi informada. As informações são do portal UOL.

      Conhecida por sua trajetória musical marcada pela discrição e por uma relação intensa com o samba, Cristina foi lembrada com emoção pelo filho. Em um texto comovente, Zeca destacou a personalidade reservada da mãe e sua entrega à arte. “Uma cantora avessa aos holofotes. Como explicar um negócio desses em qualquer tempo? Mas como explicar isso nesse tempo específico? Mas foi isso a vida inteirinha dessa mulher que tivemos, nós 5, a sorte grande de ter como mãe. Uma vida inteira de amor pelo ofício e pela boa sombra”, escreveu ele.

      Além da carreira artística, Cristina Buarque pertence a uma das famílias mais influentes da cultura brasileira. Era filha do sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, autor do clássico “Raízes do Brasil”, e de Maria Amélia Alvim Buarque de Holanda. Era também irmã dos músicos Chico Buarque e Miúcha e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

      Zeca Ferreira também exaltou o caráter da mãe, em palavras que emocionaram os admiradores da artista. “Ser humano mais íntegro que eu já conheci. Farol, chefia, braba, a dona da porra toda. Vai em paz, mãe.”

      Ao longo da carreira, Cristina construiu uma sólida reputação como grande intérprete do samba tradicional, tendo lançado álbuns dedicados a compositores como Nelson Cavaquinho, Cartola e Paulinho da Viola. Apesar da proximidade com o estrelato – tanto pela família quanto pelo talento – ela optou por uma vida longe da exposição midiática, se dedicando à música com seriedade, pesquisa e paixão.

      Sua despedida deixa uma lacuna no cenário cultural, mas também reforça o legado de quem viveu “na boa sombra” da arte, sem abrir mão da intensidade e da integridade.

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