Família sobre a morte de Ozzy Osbourne: 'ele estava cercado de amor'

247 - A família de Ozzy Osbourne divulgou um comunicado para confirmar o óbito do cantor, que morreu aos 76 anos semanas após subir ao palco pela última vez ao lado dos colegas do Black Sabbath, banda que o projetou internacionalmente.

“É com mais tristeza do que palavras podem expressar que temos que informar que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava com sua família e cercado de amor”, afirmou o texto.

John Michael Osbourne iniciou a carreira no início dos anos 1970 como vocalista do Black Sabbath, interpretando clássicos como “Paranoid”, “War Pigs” e “Sabbath Bloody Sabbath”. Além disso, sua trajetória solo contabilizou mais de 100 milhões de discos vendidos globalmente.

Famoso por suas performances teatrais e temas sombrios — que iam da depressão à guerra e ao apocalipse —, Ozzy ganhou o apelido de “Príncipe das Trevas”. Foi no palco que, em 1982, ele acidentalmente mordeu a cabeça de um morcego, pensando tratar-se de um brinquedo, um episódio que virou lenda e que o levou a receber doses de vacina antirrábica.

O músico enfrentou críticas de grupos conservadores e religiosos, que acusavam o rock de influenciar negativamente a juventude. Apesar disso, Ozzy sempre negou qualquer envolvimento real com práticas satânicas.

No início dos anos 2000, o músico conquistou uma nova geração ao estrelar o reality show “The Osbournes”, transmitido nos EUA. O programa mostrava o cotidiano de seu lar, com presença constante da família — a esposa e empresária Sharon, e os filhos Jack, Kelly e Aimee.

Ozzy enfrentava, há anos, problemas de saúde, inclusive a Doença de Parkinson, diagnosticada em 2019. Em 5 de julho de 2025, ele fez seu último concerto, sentado em um trono decorado com morcegos, ao lado dos membros originais do Black Sabbath em um show de despedida em Birmingham, sua cidade natal. 

Como legado, Ozzy deixa uma carreira de quase cinco décadas, influenciando gerações de fãs de rock e heavy metal. Ele havia sido introduzido duas vezes no Rock and Roll Hall of Fame: em 2006 com o Sabbath e, em 2024, como artista solo (com Reuters).