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      Senado cortou transmissão de câmeras para conter motim bolsonarista no plenário

      Durante motim de bolsonaristas, Davi Alcolumbre bloqueou câmeras do plenário e vetou entrada de jornalistas e faixas para restringir acesso e visibilidade

      (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado )
      Aquiles Lins avatar
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      247 - Durante o motim ocorrido no Congresso Nacional, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), determinou o corte da transmissão das câmeras de segurança do plenário. A medida, segundo relatos obtidos internamente, visava dificultar a divulgação de imagens dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na presidência do Senado. A informação é da Folha de S.Paulo, baseada em depoimentos de servidores e senadores, que confirmaram a interrupção inesperada da transmissão.

      Diferentemente da Câmara dos Deputados, que manteve o acesso relativamente aberto, o Senado adotou uma postura restritiva durante o protesto. Alcolumbre ordenou que jornalistas e assessores sem credenciais fossem proibidos de entrar, e ainda determinou à polícia legislativa que impedisse a entrada de faixas, bandeiras e cartazes no plenário. Sem a transmissão oficial e com o acesso limitado, as poucas imagens do motim só foram captadas e divulgadas por senadores presentes no local.

      Um chefe de gabinete, que pediu anonimato, relatou que as câmeras do plenário e das comissões do Senado são normalmente monitoradas em tempo real para controle interno. Ele contou que percebeu a interrupção da transmissão sem qualquer aviso prévio: “Costumo acompanhar a câmera da mesa diretora para monitorar a movimentação dos senadores. Fui até a administração para relatar o problema, mas depois soube que a interrupção foi intencional.”

      O motim ocorreu após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi protagonizado por apoiadores que ocuparam os plenários da Câmara e do Senado. Eles pressionavam os presidentes das duas Casas a votarem o chamado "pacote da paz", que inclui o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, o fim do foro privilegiado e anistia aos envolvidos no ataque ao Congresso em 8 de janeiro de 2023.

      Na Câmara, o protesto gerou cenas de constrangimento para o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que ficou impedido de ocupar a cadeira da presidência por mais de seis minutos durante a noite de quarta-feira (6). Já no Senado, Alcolumbre só retornou ao plenário na manhã de quinta-feira (7), quando os manifestantes já haviam desocupado a mesa diretora. O senador registrou sua volta com um vídeo publicado nas redes sociais em que aparece se sentando na cadeira de presidente.

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