Desenrola Rural beneficia mais de 56 mil famílias de agricultores, diz Paulo Teixeira
Ministro destaca impacto da renegociação de dívidas e prevê recorde histórico de lotes entregues até o fim do ano
247 - O programa Desenrola Rural já beneficiou mais de 56 mil famílias de agricultores familiares em apenas três meses. O balanço foi apresentado nesta terça-feira (10), pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, durante entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”. A iniciativa do governo federal visa facilitar a renegociação de dívidas rurais e restabelecer o acesso ao crédito para pequenos produtores, elemento central para a produção de alimentos no país.
De acordo com dados divulgados na entrevista, o Desenrola Rural resultou na renegociação de R$ 1,78 bilhão em dívidas, com até 95% de desconto nos valores devidos. Foram 89.571 operações registradas entre 24 de fevereiro e 23 de maio, abrangendo modalidades diversas, como contratos vinculados à Dívida Ativa da União, fundos constitucionais, crédito de instalação e operações do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
“Já conseguimos que 56 mil pessoas e 89 mil contratos fossem repactuados. Isso representa que essas pessoas podem retomar o crédito agrícola”, afirmou o ministro, destacando que a medida impulsiona a produção de alimentos no país. “Tem gente que tem desconto de 95% da dívida. O programa ‘pegou’. Ele é muito vantajoso”, completou.
Teixeira ressaltou que o retorno ao crédito é estratégico para os agricultores familiares, especialmente pelas taxas acessíveis. “É a hora de, quem tem pendência, fazer o Desenrola e voltar a tomar o crédito agrícola. O Brasil precisa disso. São juros de 3% para produção de alimentos, 2% para agroecologia e 0,5% para compra de máquinas”, explicou.
Além do Desenrola Rural, o ministro celebrou a retomada da política de reforma agrária, interrompida nos últimos anos. Desde o início da atual gestão, em 2023, mais de 15 mil novos lotes foram destinados a famílias assentadas. A meta do governo é assentar 60 mil famílias até o final de 2026 — 30 mil até 2025 e mais 30 mil no ano seguinte.
“Nós já pusemos R$ 1,1 bilhão para a compra de terras e estamos usando também terras públicas e de adjudicação. Voltamos a assentar famílias”, informou Teixeira. Segundo ele, só em junho e julho está prevista a seleção de mais 16 mil lotes. O ministro afirmou que há condições de ampliar a meta de 2024. “Estamos com possibilidade de conseguir, só numa operação de adjudicação, ampliar a meta do ano para 26 ou 27 mil, o que nos possibilita fazer com que seja o ano de maior entrega na história do Brasil de lotes para a reforma agrária”, declarou.
A política de reforma agrária, segundo Teixeira, vai além da entrega de terra: envolve crédito, assistência técnica e acesso a mercados. “Reforma agrária para nós é terra, mas também é crédito. Já foram entregues R$ 1,5 bilhão de crédito. Estamos também desenvolvendo programas com universidades e institutos federais, além dos programas de compras públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de Alimentação Escolar.”
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