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Governo lança chamada pública para pesquisas na Amazônia com R$ 33,5 milhões

Investimentos fazem parte do Pró-Amazônia e buscam fortalecer cooperação científica internacional, inovação e sustentabilidade na região

A ministra Luciana Santos destacou que a iniciativa representa uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar seu papel de liderança nos debates sobre mudanças climáticas e sustentabilidade (Foto: Luara Baggi/MCTI)
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247 - O governo federal anunciou um novo investimento para impulsionar a ciência na Amazônia. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, assinou um Termo de Autorização para o lançamento de uma chamada pública do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), voltada à seleção de “Projetos de cooperação internacional de pesquisa entre o Brasil e países Pan-Amazônicos”. Com recursos não reembolsáveis do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a iniciativa receberá um aporte de R$ 33,5 milhões.

A assinatura ocorreu na última sexta-feira (14), durante um evento em Belém (PA), no qual o governo apresentou entregas para a cidade em preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da conferência para a visibilidade da região. “Esta COP vai ser na Amazônia para todos a conhecerem do jeito que ela é. Para conhecerem as pessoas do Pará como elas são”, afirmou.

Luciana Santos ressaltou que o investimento reforça o papel do Brasil na agenda climática e na promoção do desenvolvimento sustentável. “Temos a convicção de que, sem ciência, não há enfrentamento aos desafios crescentes da mudança do clima. Esse será também um espaço para a ciência brasileira mostrar a contribuição que estamos dando para as políticas nacionais de adaptação, mitigação e preparação para o cenário que está se apresentando”, declarou a ministra.

Além da chamada pública, o governo anunciou a ampliação dos investimentos em pesquisa na região. O CNPq recebeu autorização para aumentar para R$ 300 milhões as contratações de recursos do FNDCT para projetos da chamada Centros Avançados na Amazônia. A iniciativa integra o Pró-Amazônia, um dos dez programas estratégicos aprovados pelo Conselho Diretor do fundo para 2024. O objetivo é consolidar centros avançados de pesquisa que promovam cooperação entre instituições da Amazônia Legal.

No total, o governo federal destinará cerca de R$ 1 bilhão para projetos científicos e tecnológicos na Amazônia Legal. Desse montante, R$ 400 milhões já foram disponibilizados. O Pró-Amazônia, que se tornou um dos maiores investimentos estratégicos da área, receberá R$ 650 milhões para fomentar inovação, pesquisa e cooperação internacional na região.

Investimentos em infraestrutura científica

Além dos aportes em pesquisa, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou três iniciativas para fortalecer a infraestrutura científica em Belém: a modernização do Herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a revitalização do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e a construção do Museu das Amazônias.

Luciana Santos enfatizou a relevância dessas ações para a difusão do conhecimento sobre a região. “Estamos falando de um equipamento de difusão científica e cultural, que amplia as vozes das florestas, seus povos e biodiversidade. O Museu, que ficará como um legado da COP30, será um espaço de troca, de popularização da ciência e de compartilhamento do conhecimento científico, inovação, desenvolvimento tecnológico e saberes tradicionais”, explicou.

Ciência e combate às mudanças climáticas

O MCTI também participa da elaboração do Plano Nacional de Adaptação, da Estratégia Nacional de Mitigação e do novo Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Entre as iniciativas da pasta, destacam-se investimentos para aprimorar o trabalho do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

“A ciência, a tecnologia e a inovação são fundamentais para a agenda climática. O tempo do negacionismo ficou para trás. É com base na melhor ciência que construiremos um futuro mais sustentável e inclusivo”, afirmou Luciana.

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